CAPÍTULO VINTE - JANTAR DE CASAMENTO

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[NOTAS] PENÚLTIMO CAPITULO!

Não tenho muito o que dizer, só espero que gostem!

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JEON JEONGGUK


Ele sempre estava lá, nos sonhos, em lembranças, na voz dos meus pais, no uniforme da policia, nas recusas da Força de Paz por um trauma que carregava há anos. Meu irmão era como um fantasma, rondando por perto, que somente eu via e somente eu era atormentado por seu espectro, o que tornava tudo pior. Ter lembranças felizes sobre ele sempre me pareceu errado, porque eu era o culpado por tudo que houve, quando naquela manhã no mar ele pulou pra salvar minha vida, mas perdeu a própria.

Havia um foto de nós dois juntos, quando eu tinha quase 5 anos e o hyung devia estar perto dos 25. Eu era o filho da velhice de nossos pais, a mamãe dizia que meu nascimento foi um milagre, que passei os primeiros meses depois de nascido sofrendo pelas complicações de um parto prematuro, mas que Deus teve piedade de mim. Éramos apenas nós quatro e quase todos os dias eram bons.

Jeonhyun poderia ter sido o favorito de um deus, ele tinha essas feições perfeitas que só quem era um favorito devia ter, lembrava quando saímos, uma das poucas lembrança infantis que guardava, e achavam que ele era um servo de Eros, as pessoas em Busan o paravam na rua pra tirar fotos e entregar flores, igual faziam com os servos do templo. Eu achava aquilo incrível.

— Então, nossas memorias foram comprometidas — Poseidon questionou, depois que tentei explicar o que podia sobre as lembranças sem entrar em detalhes demais. Estávamos no escritório-biblioteca da casa, não parecia ser algo particular, havia dezenas de peças e símbolos de vários deuses diferentes, provavelmente todos que a usaram alguma vez — E acredita que queiram começar uma guerra?

Fechei a pasta que Taehyung me entregou, com tudo meu que pode descobrir enquanto tentava achar onde eu estava, me levantei em seguida, porque com tanta coisa passando pela minha mente, não conseguia ficar quieto no lugar.

— Eu com certeza não sou o investigador que vocês queriam, mas... Um de vocês cometeu o crime e tudo que se lembram do dia do assassinato é uma mentira. Não sobrou nada e até esse o momento, ninguém sabe como trazer essas memorias de volta — disse, tentando colocar as palavras de forma clara — Um dos grandes no panteão matou Namjoon e apagou todos os rastros. Sei que não sou um bom detetive, mas Seokjin me deixou pra procurar e intencionalmente ou não, ele deu tempo pra vocês.

— Tempo?

— O Universo está em desequilíbrio, vocês precisam parar os espíritos que cresceram em poder na brecha que o assassinato deu ou achar o assassino e restaurar o dano que a morte de Namjoon causou no arranjo cósmico ou sei lá como chamam isso. Sem suspeitos, vocês começariam a se acusar, obrigar a tomar lados e talvez matar um deus inocente.

— Que causaria um desequilíbrio maior e deixaria os espíritos ainda mais fortes — Taehyung concluiu — Isso parece uma escada pra ascensão dos espíritos, mas porque qualquer deus do panteão faria algo assim?

— Talvez ele não soubesse que causaria isso — falei, tentando colocar em ordem tudo que tentei pensar na Casa azul — O assassino matou Namjoon e escolhido apagar as memorias pra se livrar da culpa ou do julgamento. Acabou dando sem querer o que os espíritos precisavam para ficarem mais fortes.

— E se não fosse o que houve na ponte com você, provavelmente estaríamos brigando como loucos, começando uma guerra interna que elevaria os espíritos ainda mais e em bem menos tempo... — ele concluiu o pensamento antes de rir soprado. Taehyung deu um pequeno sorriso pra mim antes de concluir — Tudo estaria muito pior se não fosse por você. Jeon Jeongguk, o pior policial da Coreia.

HAG: Human Among Gods - LIVRO 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora