Capítulo 31

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Paula 🌙


Alguns meses depois...

Já se passaram vários meses, e o meu namoro com o menor não ta nada bem.

A gente só briga, ele é muito ciumento e eu não tenho paciência.

Sei lá... Talvez não seja pra ser. Vou esperar o momento certo pra falar isso pra ele.

Hoje completa 2 anos que a minha avó morreu, é um dia meio triste pra mim. Pois minha avó era tudo pra mim. É difícil acreditar que você não vai ver mais aquela pessoa. Ainda mais, quando é alguém que você ama.

Sinto muito a falta dela! 

Menor : Cheguei morena. - Olhei pra ele respondi um "oi" seco. - Como tu ta, mandada?

Paula : Bem! - Ri falsa.

Menor :  Tu não parece bem não. - Riu.

Paula : Ah... Sei lá. - Ele sentou do meu lado.

Menor : Fala, pô!

Paula : Hoje completa 2 anos que a minha avó morreu - Falei olhando pra baixo.

Menor : Porra, morena! - Me abraçou.

Comecei a chorar... Chorar de saudades.

Eu era sozinha. Não tinha mais mãe, pai nem minha avó.

Paula : Tudo bem.. - Falei enxugando as lágrimas que tinha caído. -

Ele deu um beijo na minha testa e eu deitei ali mesmo.

Menor : Quer comer? - E eu assenti.

Paula : Quero açaí - Falei com a voz rouca de tanto chorar e ele concordou beijando minha testa.

Ele saiu e eu fiquei lá deitada.

Minutos depois ele chega com o Açaí.

Menor : Te perguntar um bagulho. - Me entregou e eu assenti olhando pra ele. - Quer visitar ela?

Paula : Você não pode sair da favela! - Ri fraca.

Menor : Ah morena, faço meus corres aí! - Olhei pra ele. 
Paula : De verdade? - Concordou. - Claro que quero! - Abracei ele forte.

Banhei e depois coloquei meu açaí na geladeira.

Menor saiu o mais rápido.. Até por que não era tão longe. Chegando no cemitério, já sabia aonde era de tanto que eu ia.

Cheguei no túmulo e tava tudo sujo, as flores estavam desgastadas e tinha areia por todo lado.

Paula : Não limpam nada direito! - Falei pegando as flores e organizando.

Menor : Era essa? - Falou olhando pra foto que tinha no túmulo.

Paula : Era sim! Linda né? - Olhei pra ele.

Menor : Parecia contigo, morena! - Riu.

Fiz uma pequena oração e pedi pro menor me deixar sozinha um pouco.

Ele saiu olhando  o dia que a pessoa nasceu e quando morreu.

Fazia muito isso mané, papo reto.

Paula : Oi vozinha, 2 anos sem a senhora. Tá doendo muito aqui. - Coloquei a mão no coração.

Juro que não sou maluca de falar com os mortos, mas sinto a presença dela.

Senti um frio percorrer o meu corpo.

Paula : Sim vó, to com muitas saudades - Deixei algumas lágrimas escaparem. - Eu te amo muito, e a saudade de você tá muito grande!

Menor: Morena, desculpa interromper, mas a gente tem que ir. - Pegou no meu ombro devagar.

Paula : Tá, vou só me despedir! - Ele concordou saindo.

Fiz outra oração e saí.

Chegamos na favela e eu entrei.

Dormi e nem comi o Açaí.

Menor 🎭

Falar pa tu, as vezes tenho vontade de dar uns socão na Paula, mas ver ela chorando daquele jeito é foda.

Morena deitou e dormiu.

Eu fiquei na sala assistindo TV.

Paula : Que horas são? - Apareceu coçando os olhos.

Menor : 1:24 da madrugada. - Ela deitou do meu lado.

Paula : Nossa.. Dormi muito! - Fiz carinho no cabelo dela.

Fiquei lá abraçado com ela.

Tudo Aconteceu. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora