11- suas proprias conclusões...

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Tom Ellis...

Ouvir por ela que não temos nada só fez ser mais verdade ainda, e eu digo isso por que fui eu quem pediu pra terminarmos, e se quer sabe, me arrependi no minuto seguinte. Mas ainda assim o que ela disse me deixou encaralhado.
Ela dirige sussurrando a letra da musica que esta tocando no carro mas ainda assim seria, bate as mãos no volante vez ou outra, nem me da moral. Ela estaciona o carro, ergue o freio de mão e olha alguma coisa no celular dela e finalmente me olha.

--- Ouviu isso?- ela pronuncia pela primeira vez e eu nego com a cabeça- Fica aqui- ela abre o porta-luvas e pega um revolver preto e coloca em sua cintura.

--- Tenho escolha?

--- Obvio que não- diz e sai do carro sem paciencia

Ela fica um tempo lá fora e abre a porta, senta no banco e se inclina pra pegar algo que esta na porta do carona, desvio o olhar na hora, foda viu.

Chloe

Dirijo cantando as musicas da minha playlist favorita, sinto um frio no estomago e paro no acostamento, encosto no banco e pego meu celular pra responder a Lesley que chamou a gente pra jantar na casa deles, ouço um barulho estranho e olho pro Tom com a sobrancelha arqueada.

--- Ouviu isso?- ele nega com a cabeça- Fica aqui- pego meu revolver e coloco na minha cintura.

--- Tenho escolha?

--- Obvio que não- apenas digo e saio, encaixo o silenciador e verifico as coisas ao meu redor, entro no carro antes que realmente apareça algo. Pego um chiclete que comprei recentemente na porta do carona e sinto algo familiar que há tempos não sentia.

Coloco o endereço da casa da Lesley no GPS e volto a dirigir, coloco a mão no freio de mão e fico apertando o botão.

Sinto falta dele, bem repentino esse assunto mas tudo bem, sinto falta de dormir abraçada com ele, de todas as vezes que ele tentava fazer um café na cama mas que sempre dava errado por que eu acordava e estragava a surpresa, sinto a falta de quando ele comprava comida e dizia que ele tinha feito, de quando ele me fazia rir em horas inapropriadas e dele tornar até as piores coisas em coisas boas. Sinto a falta do que a gente tinha.

Quando olho no retrovisor meus olhos cheios de agua e vermelhos por todas as coisas boas que vivemos , olho pra cima e pisco rápido.

Chegamos e eu desço primeiro evitando contato, sigo na frente e ele atrás de mim, entramos e somos recepcionados pelos nossos amigos mais próximos, eles vão falar com ele e me sento no lado da Lesley, de todos aqui, quem sempre esteve comigo nos meu melhores e piores momentos foi ela.

Ela seria a pessoa que eu ligaria caso eu matasse alguém pra me ajudar a arrastar o corpo, ela é a minha pessoa e eu sou a pessoa dela. Encosto a cabeça no ombro dela.

--- Voce tem que falar com ele- ela diz depois de perceber que eu estava encarando ele.

--- Não vou ir lá, eu falei que não tinhamos nada e não temos nada, não vou voltar atrás nisso. Afinal, é a verdade. E ele quis assim.

--- Mas voce tem certeza que ele ainda quer assim?- filha da mãe, me pegou de jeito. Reviro os olhos.

--- Ele quer, eu sei disso.- ela ri.

--- Voce está tirando suas próprias conclusões- eu franzo a testa, confusa.

--- O que voce sabe que eu não sei?- ela da uma pigarreada.

--- Tudo o que voce acha que sabe, mas que não sabe.- não entendi mas to compreendendo

--- Fala logo, por favor.

--- Ele me ligou semana passada, ele disse que queria conversar comigo por que eu te entendo melhor do que qualquer outra pessoa. Disse que estava louco convivendo com voce e voce sendo fria com todos a sua volta, mas que ele sabia que era tipo um mecanismo de defesa. Resumo, ele ainda te ama e acha que não tem mais reciprocidade.- ela diz e eu desvio o olhar pra ele, que também esta me olhando e desvia o olhar- Em, voce soube que o Henry e a Charlotte estão juntos?

Apenas nego com a cabeça, eu estou feliz por eles, mas eu realmente não estou tão preocupada com isso agora. Levanto, aliso a calça na minha bunda e ela sorri. Eu realmente quero ele de volta, mas não vou esperar por isso a minha vida toda, não vou ficar nessa de chove e não molha pra sempre. Não vou esperar por isso pelas boas memórias, não vou entregar o livro da minha vida pra ele e deixar ele escrever a minha história. Eu realmente não vou.

...continua...

~I still love you~  |concluida|Onde histórias criam vida. Descubra agora