Prologue

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Destino

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Destino. Substantivo masculino. Significa sucessão de acontecimentos que não se consegue evitar; fatalidade a que estariam sujeitas todas as pessoas e coisas do mundo.

Eu nunca acreditei em destino, sempre me achei dona das minhas próprias ações, da minha própria vida. Só que, com toda a minha ingenuidade e ignorância, não percebi que o meu destino havia sido traçado quando eu era um bebê.

Hoje eu me questiono muito a respeito do poder do destino, pois só pode ter sido ele.

Às vezes o destino coloca sua alma gêmea na sua vida do nada, você está atravessando a rua e esbarra com ela, e você sabe que foi o destino. Mas, às vezes, o destino te apresenta sua alma gêmea tão cedo que você leva anos para perceber que aquela pessoa era a sua outra metade.

E, no meu caso, minha alma gêmea esteve ao meu lado desde sempre.

Eu me apaixonei pelo meu melhor amigo, pela pessoa com quem eu cresci e compartilhei mais momentos que a minha memória é capaz de lembrar.

Acho que fui minha vida inteira apaixonada por ele, pelo seu sorriso cheio de covinhas e pelo seu olhar intenso, pela forma como ele brilhava sempre no meio da multidão e pelo jeito que ele me abraçava apertado.

Fora que estar ao lado dele sempre foi meu porto seguro, com ele eu conseguia me libertar de todas as minhas inseguranças, de todos os meus demônios, de todas as minhas amarras. Eu me sentia livre ao seu lado pois sabia que ele nunca me julgaria e eu sabia que ele se sentia da mesma forma ao meu lado.

Nós éramos o porto seguro um do outro.

Definitivamente, eu amei ele durante toda a minha vida, pois não me lembro de acordar em uma manhã qualquer e não amá-lo.

Mas eu me lembro do momento em que percebi o quanto eu o amava, foi como se a gravidade tivesse deixado de existir e fosse ele quem me prendesse na Terra, foi como se eu precisasse dele na mesma proporção em que eu precisava de ar.

Foi como se todo o meu corpo, de repente, tivesse entrado em chamas e nunca mais parado de queimar.

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