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TAEHYUNG

Há alguns dias, perto do meu apartamento, teve a abertura de uma nova boate. Puzzle. É muito barulhenta e sempre cheia de carros de luxo obstruindo as ruas a partir das 21h. É o inferno tentar sair ou passar aqui por perto.

Sou TaeHyung, nascido e crescido em Seoul. Desde o fim da faculdade, há cinco anos, comando as empresas da família. Da faculdade de arquitetura ao ramo imobiliário.

Aos 27 anos estou estafado dessa vida de Presidente de uma das maiores empresa Incorporadora Imobiliária de Seoul, 마천루 SKYSCRAPER Corporation, está a mais de 50 anos criando e recriando grandes prédios pelo pais.

Com minha grande influência no ramo de projetos, prédios e tudo que sai do chão por concretos, já tive a felicidade de fechar pelo menos cinco boates nesse mesmo prédio, que a Puzzle hoje sobrevive.

Apenas cansei de fechar boates. Simplesmente desço e peço um drink ou dois e volto para meu apartamento. Se não quero ir contra eles, me junto a eles.

O que mais me irritava das outras boates é que pessoas mais novas ou da minha idade viviam com suas vidas perfeitas e badaladas, e eu enfiada em um computador dia e noite.

Depois de uma crise ansiedade e pânico há um pouco mais de um ano, tenho deixado a direção em partes com um codiretor. O Senhor Yang. Ele tem feito muito mais que eu possa pedir. De total confiança desde que meu pai era o presidente.

Quando tinha quatro anos, ainda pequeno, minha mãe nos deixou. Alegou que meu pai não tinha tempo para a família. Em partes isso era verdade. Mas isso não lhe dava o direito de me abandonar. Meu pai lutou entre a direção da Imobiliária e minha criação. O sonho dele era que eu liderasse todo seu império. Mas um pouco antes da sua morte, a empresa vendeu parte das ações, deixando 58% sobre o domínio da família Kim. Meu domínio.

Não é meu sonho continuar tudo que meus avós construíram, nem perto disso, mas eu precisava fazer pelo menos um pouco em retribuição do que ele fez por mim.

Minha mãe apareceu no dia do enterro do meu pai, mas não falou comigo. Quase seis meses depois ela marcou uma "reunião" comigo na empresa. Eu não sabia como reagir ao ver ela. Apenas via fotos dela quando eu era ainda bebê, mas tudo se tornou ácido depois que ela se foi.

Fui frio e calculista com ela, e desde então tenho tratado boa parte das pessoas assim. Não me engrandeço disso, mas sei que ela só quer o que herdei.

Não sou do tipo que só porque tenho que preciso pisar em alguém. Pelo contrário. Mas ver ela ali, me tirou isso da mente, e não quis conversar como mãe e filho. Apenas a tratei como uma qualquer. Não me orgulho.

Desde que nos vimos há quase quatro anos, lhe vi em uma festa beneficente. Ao lado do seu terceiro marido. Apenas ignorei sua presença. Mas algo dentro de mim corroía e isso me fez beber o que tinha e o que não tinha naquela festa. Saí quase de ambulância. Graças aos meus empregados, fui encaminhada por uma porta dos fundos e me levaram em sigilo a uma clínica 24h.

Os que estavam comigo, e que me ajudaram, ganharam 20% de aumento nos seus salários. Desde então nessas festas nunca mais faltou nenhum empregado que poderia entrar. Porém não cometi a mesma proeza de encher a cara.

☀️

Em especial ao aniversário de um dos meus três amigos, Jimin. Fomos a essa boate e tentar descontrair. Os três resolveram levar seus respectivos namorados e noivos. E aparentemente, estou solteiro há três anos, quase quatro. E isso me incomoda em parte. Uma porque combinamos que seríamos apenas nós três, "da faculdade para a vida", e outra porque foi combinado. Deviam ter dito.

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