I 12 I linária

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Demorei, mas voltei kkkkk' e o capítulo está maior que o usual pra compensar um pouco. Novamente, agradeço pelos comentários, sempre leio todos com um sorriso x.


Aquela manhã não amanheceu como um típico dia de verão, o vento não tocava as árvores calmamente, nem aquecia gradualmente a pele de quem sai sob o céu. 

O céu estava cinzento, o dia estava silencioso e calmo. Remus observava isso pela janela de seu quarto, as cortinas claras vez ou outra balançavam com o vento, tocando o ombro do jovem.

Iniciara a pouco o livro que tinha entre as mãos. Quatro dias depois da visita do Sr. Black, Remus retornou à biblioteca para tomar outros livros emprestados.

Nesse dia estava com pressa, tinha vários documentos a serem organizados a pedido do Sr. Lupin, entretanto resolveu passar rapidamente por lá antes que a sua inquietude o consumisse por inteiro.

Assim como da última vez, refez o caminho sozinho, normalmente Anne gostaria de acompanhá-lo, a jovem se divertia conversando com o Sr. Slughorn, então sempre que podia acompanhava Remus à biblioteca, no entanto, neste momento ela estava ocupada.

Por esses dias, a jovem andava muito disposta a ir, sempre que necessário (ou nem tão necessário), comprar frutas secas e temperos no empório, bastava a Sra. Lupin fazer menção de colocar um lenço e buscar uma cesta que Anne se prontificava a ir em seu lugar. 

Remus não duvidaria da gentileza de Anne, nunca duvidou, e considerava apenas um acaso do destino o Sr. Thomas ser um dos jovens responsáveis pelo local.

Sabia que Anne era ajuizada, e que o jovem Thomas era tímido ao ponto de ficar carmim apenas observando Anne sorrir diretamente para ele, sem contar que também era ajuizado e cavalheiro, foi criado por suas três tias e sua irmã mais velha, tinha bons exemplos.

O mais jovem Lupin sabia que não precisava se preocupar, pelo contrário, apenas ria silencioso ao observar Anne retornar, sempre com um sorriso sonhador nos lábios e uma pequena linária roxa entre os dedos. 

Chegou rapidamente à biblioteca, cumprimentou gentilmente o senhor grisalho que trajava um pesado casaco cor de limão, mas essa vez não se demorou tanto, sabia exatamente o que precisava, e o Sr. Slughorn sabia exatamente em qual prateleira encontrar. 

Lembrava-se de que em certo momento o Sr. Slughorn arqueou a sobrancelha espessa e questionou:

- Homero, Sr. Lupin? - porém não esperou uma resposta do mais jovem - Me surpreende a diversificação de seus atuais gostos.

Minutos depois Remus agradeceu em voz alta, colocando moedas no jarro e saindo rapidamente pela porta de madeira escura.

- Os jovens estão sempre com pressa... - pensou alto ao ouvir o sino tintilar após a porta ser fechada, e voltou para o meio das prateleiras.

Após todos esses acontecimentos nos últimos quatro dias, Remus agora estava encarando o céu cinzento.

Ouviu um som distante, não soube identificar com exatidão, apesar de se assemelhar ao som de um trovão não havia nuvens escuras e carregadas espalhadas céu.

Mudou a página novamente e apoiou um dos braços na pequena mesa de madeira escura. Quando iniciou um trecho mais interessante do livro se empertigou e focou toda a atenção nas páginas ali.


...



O vento ainda soprava calmamente quando o jovem adormeceu sob o início do décimo capítulo. 

incandescência || wolfstarWhere stories live. Discover now