🌒 Cortês

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Ele não chegou chutando a porta
Ele foi cortês, pediu licença, se apresentou 
E eu quem dei permissão para entrar.
Pela primeira vez meu coração teve  opção, ele não foi invadido, nem sequestrado.
Ele foi conquistado, convencido
Convidado para uma dança
E como é doce a dança da conquista.
Cada vez que eu disse sim pra ele
Eu disse sim pra mim mesma
Sim, deixe-se ser querida
Sim, deixe-se ser alcançada
E cada vez que eu permiti que ele se aproximasse
Eu me permiti sentir
O frio na barriga, o bailar das borboletas no estômago
O bambear nas pernas
A ansiedade do pré encontro
E a saudade do pós
Eu me permiti pensar nele
E mentalizar o seu rosto ao ouvi músicas clichês
Eu permiti que ele aparecesse nos meus sonhos
Eu permiti que ele conhecesse meus devaneios
E um pouco do caos que mora em mim
E agora eu o tenho dado a permissão
De entrar nos meus versos
E dessa forma se imortalizar na minha poesia.
Tudo isso porquê ele foi cortês
E todo poeta ama uma cortesia.

Claudia Emilly 30/09/19

Pedaços de mim Where stories live. Discover now