Capítulo 22

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Christopher subiu as escadas correndo, estava aflito e nervoso por estar preocupado com Dulce e com o que Rodrigo poderia estar fazendo com ela nesse momento. Ao chegar no segundo andar, saiu olhando os números das portas que estavam no corredor.

— Oh meu Jesus, aqui tem tanta porta...— Disse preocupado olhando os números que sua vista alcançava.

O corredor era imenso e era divido em dois. Christopher andou o primeiro corredor inteiro e nada do número do apartamento dele.

— Meu Deus a proteja. — Já podia sentir seus olhos lacrimejarem de tanta preocupação, quando ouviu gritos vindo do corredor ao lado.

— Dulce...— Sem perder tempo algum, saiu correndo ouvindo cada vez mais perto seus gritos e chegou em frente a porta do apartamento que continha o número que a recepcionista havia dado.

— Socorrooo

Após ouvir seus gritos, não teve outra alternativa a não ser arrombar a porta com tudo causando um baque estrondoso e ensurdecedor. Olhou para os lados tentando saber onde a ruiva estava e mais uma vez escutou seus gritos vindo do corredor.

— Sua vagaunda, você vai dar pra mim por bem ou por mal. — Soltou seus pulsos  apertou forte seu braço esquerdo, fazendo Dulce gritar de dor. — Cala a boca senão eu te mato Dulce.

— N... não me machuca...— Disse soluçando tentando empurra-lo, mais estava sem força alguma. — Eu...eu prometo que não digo pra ninguém, só me deixa ir embora por favor...

Rodrigo começou a beija-la a força, que em momento algum abriu a boca.

Christopher sentiu a raiva lhe invadir e com apenas um chute arrombou a porta, fazendo a mesma bater contra parede violentamente e viu a pior cena de sua vida. Rodrigo beijava Dulce à força, seu vestido estava todo rasgado revelando seu sutiã, seu rosto avermelhado e o lábio inferior sangrando pelas devidas agressões que sofreu. Rodrigo se assustou e olhou Christopher que o fuzilava com os olhos e fechou os punhos.

— O que faz aqui seu filho da puta? — Perguntou saindo de cima de Dulce.

— SEU DESGRAÇADO.

Christopher partiu com tudo pra cima de Rodrigo e ambos começaram uma luta corporal.

— ISSO É PRA VOCÊ NUNCA MAIS ENCOSTAR UM DEDO NA MINHA MULHER SEU FILHO DA PUTA. — Meteu um soco no queixo de Rodrigo que urrou de dor.

— ELA É UMA VADIA GOSTOSA UCKERZINHO. — Revidou com um murro em seu rosto.

— INFELIZ...— Deu mais outro soco em seu rosto. — DESGRAÇADO...— E mais outro e outro. — VOCÊ VAI ME PAGAR...— Deu vários socos seguidos no rosto dele, que já se encontrava inchado e com vários hematomas graves e quase inconsciente.

— Chris...

Escutou o sussurro de Dulce e se levantou rapidamente indo em seu encontro. Ela estava em um estado deplorável, tinha hematomas em seus braços, rosto e lábio.

— Eu estou aqui meu amor, eu vou te proteger. — Ele a olhou e reparou bem, pegou no closet uma camisa de Rodrigo. — Vista isso.

Dulce não protestou e vestiu a camisa com a ajuda de Christopher com muita dificuldade, seu braço esquerdo estava com hematomas roxo e inchado.

— Eu vou levar você ao hospital meu amor. — Disse sentindo seus olhos lacrimejarem, vê-la daquele estado o deixada destruído e com raiva.

— Eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse chegado Chris...— Sentiu suas lágrimas descerem mais uma vez. — Obrigada.

— Não precisa agradecer Dulce.

Dulce e Christopher saíram do apartamento de Rodrigo e pegaram o elevador. Assim que chegaram a recepção, as pessoas os olharam assustados e com pena. Dulce abaixou a cabeça evitando olhar aquelas pessoas, foram até o carro e Christopher ajudou Dulce entrar no mesmo, deu meia volta e entrou também.

— Como vou chegar em casa dessa forma? — Perguntou olhando fixamente para a rua, seu olhar estava perdido. — Eu sai para fazer um trabalho e...— Novamente começou a chorar lembrando de tudo que tinha acabado de passar.

— Eiii princesa. — Com cuidado ele virou o seu rosto fazendo ela o encarar. — Você não teve culpa disso, ninguém iria adivinhar que aquele desgraçado poderia fazer isso com você Dulce.

Tinha vontade de beija-la e dizer que estava tudo bem, mas não iria forçar nada naquele momento. Deu partida com o carro e saiu em busca do hospital mais próximo que havia no bairro.

Durante o caminho, Dulce não falava nada, apenas ficou com a cabeça baixa e só se podia ouvir seus soluços. Christopher tinha medo de que isso afetasse a sua cabeça e a deixasse com traumas sérios.

— Dulce? — A ruiva o olhou com um olhar meio distante. — A gente chegou no hospital.

— Ucker só me leva para casa, por favor.

— Eu vou levar meu anjo, eu só preciso te levar para fazer exames e saber se não teve nenhuma sequela. — Disse calmo e ela assentiu.

Após Dulce ter feito todos os procedimentos médicos e ter pegado alguns remédios pra dor, foram enfim para sua casa.

Ao chegar na frente da casa de Dulce, Christopher deixou o carro ali mesmo e desceu em seguida com uns papéis na mão e uma sacola de remédios, deu a volta e abriu a porta para que Dulce descesse.

— Meus materiais ficaram lá Ucker. — O olhou descendo do carro, parecia anestesiada.

— Isso não importa agora, eu só quero saber de você agora Dulce, quero cuidar de você e ficar ao seu lado. — Com cuidado deu um abraço na ruiva que não segurou as lágrimas novamente. — Não chora pequena...

— Chris, o que vão falar? O que vão pensar Christopher? — Soluçou ao dizer. — Eu não quero enfrentar Christopher, eu não consigo...

— Dulce calma, você não vai precisar fazer nada, somente descansar e deixa que o resto eu cuido tá? — Deu um beijo em sua testa e entraram pelo portão.

Antes de entrarem, ouviram risadas e gente conversando, com certeza estariam toda a família em casa, inclusive o pai de Dulce.

Ao entrarem, todos olharam espantados para Dulce e Christopher.

— O que aconteceu Dulce María? — Perguntou o pai de Dulce se levantando do lado da esposa caminhando até eles. — Christopher?

— Eu...eu...papai eu...— Tentava buscar palavras para explicar o que tinha acontecido horas atrás.

— Falem pelo amor de Deus, olha o estado da minha neta. — Disse Sofia avó de Dulce. — Você brigou na rua Dulce?

— Gente calma. — Christopher se pronunciou e sentiu Dulce o abraçar em lágrimas. — Eu vou levá-la para o quarto e depois desço para explicar o que aconteceu sim?

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Desejo Proibido (Finalizada)  em revisão Where stories live. Discover now