Último Capítulo

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Depois de algumas horas Dulce já estava na sala de partos completamente exausta 

—Força Dulce—a médica dizia e ela fez força agarrando a mão de Christopher— isso continua assim

—Eu não consigo mais—disse respirando com dificuldade

—Consegues amor.. Pensa na nossa bebé —sorriu e ela fez novamente força ao vir outra contração 

—Isso Dulce mais duas e tem a sua menina aqui fora—disse sorrindo e ela apertou a mão de Christopher 

—Força amor—disse assim que viu que vinha outra contração 

—Não dá mais—disse suada e cansada

—Só uma Dulce— a médica avisou e Dulce agarrou a mão de Christopher e com a outra a cama e fez força mas foi pouca não dando resultado

—Não dá—dizia cansada e a médica olhou para Ucker

—Amor é só uma.. Por favor por ela—Dulce assentiu e apertou mais a mão dele

—AHHHHHHH—gritou  mais forte que nunca na última contração e caiu para trás sem forças. 

Ouviram um choro e os dois ficaram com os olhos marejados. A médica cortou o cordão e colocou a bebé nos braços da mãe que ainda chorava 

—Oii meu amor—sorria enquanto passava a mão no corpo da bebé 

—Ela é linda—Ucker disse fascinado pela bebé e agarrou na mão da menina que lhe apertou o dedo fazendo os dois rirem

—Temos de levá-la— a enfermeira avisou e Dulce olhou preocupada—mas eu já a levo ao quarto é só para fazer os primeiros cuidados— sorriu e Dulce entregou a bebé 

—Christopher se quiser sair para avisar os outros pode.. Eu vou só acabar de cuidar da Dulce e ela já vai para o quarto—a médica avisou e Ucker assentiu

—Então eu vou avisar as pessoas lá fora e vou ter com você ao quarto tá?—perguntou e ela assentiu 

Ele saiu da sala com um sorriso nos lábios e quando saiu estavam lá os pais, Heloisa, Mónica e os amigos que o olhavam curiosos 

—Nasceu—todos sorriram—e é linda. Uma princesa 

Rebeca foi a primeira a abraçá-lo e depois todos os outros. A época de felicidade tinha acabado de começar

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—Mas porque que você fez tudo isso?—Inês uma companheira de Vitória na prisão perguntou depois de ouvir a história toda 

—Eu sei que fiz mal, que não há nem nunca houve razão para eu odiar ver aqueles dois juntos mas eu não consigo. Eu estou sim arrependida do que fiz contra eles e a criança que nem tinha nascido mas pelo meu sobrinho não por ela. 

—Você odeia esse menina.. Porque? 

—Não sei—deu de ombros despreocupada—mas não vou fazer mais mal por mais que tenha vontade, não vou.—respira fundo e olha pela janela—Já aprendi a lição 

—Você ainda tem vontade de fazer mais mal?—pergunta incrédula 

—Não.. Eu sei que errei mas as pessoas lá fora não se arrependeram de nada e sei que mesmo que não façam nada, a família unida nunca mais vai ser a mesma. Tudo porque eles se juntaram.. 

—Familia unida?—revira os olhos— coitados desses dois.. 

—Você também está aqui.. Não se faça de santa porque se fosse estaria lá fora

—Eu estou aqui porque matei o meu pai depois dele violar uma menina. Não sou como você—diz com raiva—mas eu vou ser querida e não vou contar a ninguém aqui a sua história, caso contrário o seu inferno aqui vai ser muito pior.. Faça o mesmo e não conte a ninguém. Você não tem ideia do que acontece aqui dentro quando alguém é preso por fazer mal a uma criança.—Vitoria assentiu

***********

No hospital todos entraram para ver a Dulce que estava muito cansada e quase a dormir mas com um sorriso na cara. 

—Já a viram?— Dulce perguntou 

—Não mas a médica já vem trazer para você amamentar e nós vemos— Rebeca sorriu—Parabéns querida—abraçou-a e todos fizeram o mesmo

—A Claire vai ser cheia de tios—Chris sorriu e a porta foi aberta com uma enfermeira que trazia a bebé no berço do hospital 

—Aii que coisa pequena— Any sorriu e todos se aproximaram para ver a carinha 

—Acho que para o momento da amamentação é melhor deixar os pais sozinhos—a enfermeira disse e todos concordaram e sairam— Vamos mamãe?— perguntou e Dulce assentiu nervosa

A enfermeira colocou a bebé na posição certa no seio da mãe que depois de um tempo agarrou e começou a mamar. Dulce e Ucker sorriram bobos ao ver a filha e a enfermeira saiu ao ver que não era mais necessária mas antes avisou que voltava mais tarde. 

—Dói?— perguntou ao ver a filha 

—Só um pouco— sorriu—ela é linda Ucker.. 

—Ela é—concordou— obrigado por isto meu amor

—Obrigada digo eu—sorriu para ele—quem diria que o meu amigo de infância se ia tornar o homem da minha vida 

—E que a menina que subia as pedras comigo ia ser a mulher que eu mais ia amar no mundo—sorriu

—Olha que ela fica com ciúmes—apontou a filha e ele beijou a testa da menina

—Eu te amo—disse com felicidade e amor nos olhos 

—Eu também te amo—sorriu e beijou-o e ficaram a olhar a pequena Claire, o primeiro fruto do amor e desejo proibido deles. 

Ela pensou na Vitória e em tudo o que ela fez para separá-los. Pensou nos pais e em como gostaria que eles tivessem com ela assim como a avó e o avô mas ao olhar para o Ucker percebeu que não era isso que precisava e sim dele junto com os amigos e aquela bebé já tão amada pelos dois. Percebeu no olhar dele que o amor verdadeiro passa por tudo e não acaba, pelo contrário só cresce. O sangue? Bom ter sangue em comum com alguém não significa amar essa pessoa nem ter que ser amado por ela porque o amor vem da alma sem nenhuma relação com o sangue. É o verdadeiro supera todas as barreiras.

Christopher pegou na Claire por primeira vez depois dela mamar e Dulce entendeu que era aquilo e nada mais que precisava para o seu final feliz ou na verdade para o seu parágrafo porque ainda tinham muito que viver. E o mais importante,  juntos!

FIM!

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E chegamos ao fim.
Espero que tenham gostado, está foi a minha primeira história publicada e foi incrível partilhar tudo o que ela significa para mim.
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Obrigada por acompanharem até aqui.. Um beijo traumadas!

Desejo Proibido (Finalizada)  em revisão Where stories live. Discover now