Capítulo 2: A Fuga

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Changing could be difficult, we are used to do things always in the same way, until we realize that this way is broken, and if you want it to gets better, we are the only ones able to do that. We are the only ones who can make this world a better place. That's our world, and we should take care of it.
(Mudar pode ser difícil, nos estamos acostumados a sempre fazer as coisas do mesmo jeito, até percebermos que esse jeito está quebrado, e se você quiser que fique melhor, nós somos os únicos cartazes de fazer isso. Nós somos os únicos que podem fazer do mundo um lugar melhor. Esse é nosso mundo, e devemos cuidar dele)

Abri o armário e, fazendo o menor som possível, rasguei o tecido de alguns dos vestidos, amarrando as pontas. Depois de um tempo (que pareceu uma eternidade com a ansiedade de que Val pudesse voltar ao quarto a qualquer minuto), os tecidos rasgados se tornaram uma corda forte o suficiente para aguentar o meu peso (assim esperava) e comprida o suficiente para escapar.

Fui até a janela aberta, removi o quadro de uma bela moça pálida de vestido azul marinho, amarrei a corda e joguei-a pela janela. Após descer alguns metros, percebi que a corda estava muito curta, no final dela, a altura ainda era extremamente alta, mas não tanto a ponto de eu me acidentar, então pulei mesmo assim.

A queda foi pior do que eu pensava, e como caí em cima do meu ombro, ele se deslocou, sentia uma dor horrível e não conseguia correr, mas andava o mais rápido possível.

Não andei nem três metros quando senti algo fazendo força contra o meu pescoço e me derrubando no chão. Era Gion, podia ver a decepção em seus olhos quando ele disse a Mark que estava logo atrás:
- Você tinha razão...

- É normal ela tentar ir embora. Ela não sabe.

Aquilo já estava me irritando, eu detestava ser deixada na escuridão, e aquele claramente era um assunto importante.

- Você não é nossa prisioneira, está livre para ir embora quando quiser. Mas nós precisamos de você, Rebecca Evelyn, nos dê um dia. Se amanhã depois de lhe explicarmos tudo, você ainda desejar ir embora, eu mesmo prometo levá-la de volta.

Foram as palavras de Gion.

De repente, Val se aproximou de nós correndo com sua velocidade de beltor, fazendo exatamente o mesmo trajeto que eu havia feito, me senti mal só de vê-la fazer aquilo com tanta facilidade. Ela colocou com leveza um pé sobre meu peito, levantou meu braço machucado e o puxou, me fazendo gritar de dor, mas o ombro estava novamente no lugar.

- Eu não achei que ela ia se machucar, senão nunca concordaria com isso.

- Você sabia? - perguntei me levantando com a voz embargada pela dor.

- Nós fizemos até uma aposta! Gion está nos devendo uma lança nova por sua causa. - disse ela rindo.

- Val é a melhor de nós! Acredite, Beck, você nunca conseguiria escapar se ela não quisesse. - disse Mark com um sorriso triste.

- O que aconteceu? Eu conheço vocês. Algo não está certo. - disse Val.

- É o Mikke, Val. Ele se foi!

Val ficou em torno de um minuto processando as informações, até cair no chão desabando em choro, Mark rapidamente a cobriu em seus braços, fiquei sem entender o que estava acontecendo, Gion percebendo isso, gesticulou com os lábios "era seu irmão" e entrou no abraço para reconfortar a amiga.

- Vamos, Val, vamos entrar. - disse Mark levantando a amiga, e se dirigindo a mim perguntou:
- Você vem?

Suspirei sabendo que não teria outra chance de escapar, mas que nunca conseguiria deixar Val, mesmo que não a conhecesse tanto, naquele estado.

- Sim.

Rebecca Evelyn- A MestiçaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant