XXXI - Le migliori sensazioni

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POV Camila

Depois de ter tido um pequeno ataque de ciúme que só Deus sabe a explicação, fiquei martelando sobre o que Lauren estaria pensando da minha reação. Óbvio que a forma com a qual eu agi, reforçou ainda mais suas esperanças em mim. O que eu estava fazendo? Eu havia prometido a mim mesma que ninguém a magoaria, nem mesmo eu. E cá estou eu fazendo a maior merda possível. Camila você é uma imbecil!

– Não precisa falar nada. Você só agiu como amiga. – Lauren dizia com certa magoa. Talvez nem tão amiga assim. – Você ficou preocupada comigo. É compreensível. – cerrei os olhos notando que ela estava falando aquilo da boca para fora. Por que ela está mentindo? Lauren, você está se escutando? Me assustei um pouco quando sua mão veio até o meu rosto livrando-me de alguns fios que caiam. Lauren acariciou a maçã do meu rosto com cuidado. Meu coração batia acelerado e eu estava a ponto de ter um ataque. – Err... às vezes eu fico com medo de que você me esqueça. – respirei fundo fechando os olhos. Aquelas palavras ditas tão próximas a mim estavam fazendo um grande estrago. Eu estava enganando a mim mesma. Lauren está me desestruturando. Até quando eu irei resistir? – Porque eu me lembro de você todos os dias. É como se meu corpo cobrasse minha mente a pensar em você. – ela soltou uma risada nervosa me fazendo abrir os olhos. Não sabia o que falar, ou melhor, não tinha o que falar. Eu já estava extremamente envolvida naquela áurea toda.

– E-eu... eu também... me lembro de você sempre. – tentei ser o mais firme possível, mas ficou claro que Lauren não acreditou. Mas também... quem acreditaria?

Lauren me olhou com intensidade. Um olhar que fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. Ela se inclinou em minha direção deixando-me espaço para recuar. Meu corpo ficou tenso. Minhas mãos começaram a suar. Minha respiração furiosa se chocava contra o rosto de Lauren como se o acariciasse, e Lauren se aproximava. Ela não estava com medo de que eu fugisse, mas continuou me dando espaço para correr caso eu quisesse. Seu rosto ficou a centímetros do meu. Seus lábios se entreabriram indicando o que estava para acontecer. Eu queria, mas não podia. Eu não devia estar nesse carro. Soltei sua mão a tempo de que aquilo acontecesse de novo. Se nós nos beijássemos de novo, eu não sei o que seria de mim. Portanto, a única coisa que fui capaz de fazer foi sair fugida do carro. Não pensei no que Lauren falaria, eu estava me precavendo de um possível surto futuro caso nos beijássemos de novo. Você não vai me tirar o sono de novo, Lauren Jauregui.

– Boa noite, Sra Cabello. – passei pela guarita sem nem olhar para o lado.

Meus saltos se chocavam contra o caminho de pedras que levava até a entrada da minha casa com força. Enquanto isso, minha mente trabalhava em milhares de ideias sobre o que Lauren estaria fazendo ou pensando sobre o nosso quase beijo. Talvez ela estivesse me xingando, ou talvez ela estivesse se martirizando por "errar" novamente. Talvez estivesse desistindo de mim.

– Mademoiselle. – Juan abriu a porta me olhando de forma curiosa. – Aconteceu alguma coisa, senhora? – respirei fundo e joguei minha bolsa sobre seus braços.

– Vou subir e não quero ser incomodada. – Juan assentiu e eu tomei o rumo da escada. Precisava urgentemente de um banho. – Espero que Henry já esteja na cama. Está tarde. – Juan fechou a porta virando-se para mim.

– Ele já se encontra adormecido, senhora. – assenti subindo furiosamente os degraus.

Bati a porta do quarto sem pensar em mais nada. Meus ouvidos puderam escutar os pneus do carro de Lauren cantar. Soltei um suspiro aliviado por finalmente estar "sozinha". Fechei os olhos tombando a cabeça contra a porta.

Merda! O que eu ia fazer? O que está dando em você, Camila? – esfreguei o rosto com as duas mãos querendo gritar.

Minha mente fértil começou a imaginar o que aconteceria se eu não tivesse fugido de novo. Com certeza teríamos nos beijado, mas e depois? O que aconteceria? Será que nos trataríamos de forma diferente? Será que ficaríamos só no beijo? Lauren pode ser respeitosa, mas ela pode se cansar. Se esse jogo de chove não molha continuar, o que ela fará? Será que continuará tendo esperanças?

L'AMORE IMPROBABILEDonde viven las historias. Descúbrelo ahora