PRÓLOGO

181 51 208
                                    

Tenha um bom coração, mesmo que nele haja dor.

ー Autor desconhecido.

PRÓLOGO

Ainda no salão que as empregadas me arrumaram, eu ando de um lado para o outro.

Ansiosa? Extasiada? Nervosa? Não sei. Mas no meu estado normal eu não estou, afinal, só consigo andar de um lado pro outro, pensando no que poderia dar errado, eu poderia tropeçar no meu vestido, alguém poderia não gostar de me ter no poder, me vaiarem ou até mesmo atacarem o castelo.

Pensando ainda nessa última possibilidade eu ando até a vidraça e observo as pessoas, plebeus que vieram ver a cerimônia

ー Princesa está na hora! ー Me fala algum guarda que eu não lembro o nome.

Enquanto eu ia ao salão que ocorreria a coroação, eu sinto meu coração acelerar, minhas mãos suarem e um frio na barriga me acertar.

"Vamos lá Anelise, você já enfrentou coisa pior." Eu tento me encorajar, porém, parece não fazer efeito.

E sem perceber eu chego em frente a porta do salão. Eu mando os guardas abrirem e finalmente começa a minha cerimônia!

Enquanto eu ia de encontro ao papa, eu sentia o meu vestido vermelho como sangue se arrastar pelo grande salão do Castelo.

Ao me aproximar do altar onde estava o papa, observei os nobres, os cavaleiros e os plebeus fitando cada passo meu em direção à coroa.

ー Eu, o papa Henrico, lhe nomeio rainha Anelise Reynolds, a primeira imperatriz dos cincos reinos do Continente Katal, que o seu poder seja pleno tanto na terra, quanto no mar ー Bradou o homem com a sua suprema potência ao dirigir-se à mim ー Que o seu reinado seja cheio de paz, glória e prosperidade! ー Finalizou erguendo a majestosa coroa que reluzia todas as suas pedras preciosas.

Ao ouvir essas palavras eu senti a coroa prateada, tão delicada quanto vidro e tão pontuda quanto gelo, pesar em minha cabeça... Pude enfim perceber toda a grandiosidade da situação.

A partir dali, eu não seria apenas Anelise rainha do Reino de Ghvatans... mas sim a Anelise Reynolds, imperatriz dos cinco Reinos de Katal.

Após o papa me dar licença, eu ando até a sacada do grande salão e observo os meus súditos agora celebrando a mim, a sua nova rainha.

E por esse motivo era inevitável não sorrir, depois de Matteo me dar a minha filha, eu abro ainda mais meu sorriso, eu sei que não tenho muito mais tempo de vida, mas isso não me impede de aproveitar o momento.

O momento em que o povo grita o meu nome em felicidade, o momento em que eu tenho certeza que o meu caminho valeu a pena. O momento em que o meu marido me abraça por trás e vem observar o seu povo.

My Mom Is A QuennWhere stories live. Discover now