CAPÍTULO VIII

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Jimin havia retornado da capital após passar alguns dias na cidade, encomendando seu terno e enxoval de casamento.

— Por favor, levem isso com cuidado. — Naeun falava com os criados que ajudavam descer as encomendas. — Estou quebrada, foi horrível. As estradas estão todas esburacadas e cheias de poeira, as pousadas são uma porcaria... — Ela continuava a reclamar.

Jimin pegou algumas caixas e levou para dentro, sendo acompanhado por Minah. A criada contou que há dois dias atrás havia chegado uma carta para ele e que deixou em seu quarto.

O rapaz não a deixou falar mais nada, subiu imediatamente para seus aposentos na esperança de que o tenente tivesse entrado em contato. Achou a correspondência, que para sua decepção foi enviada por Jungkook.

Seu coração pesou, por não ser uma resposta de Taehyung dizendo que tudo não passava de um engano, e também porque sentia remorso ao ler cada palavra carinhosa que Jeon escrevia na carta.

Ele parecia ser alguém tão gentil, de bom coração. Não merecia ser enganado daquela forma. A tia entrou no quarto para deixar mais algumas coisas. Ao ver o papel nas mãos do sobrinho perguntou o que era, ele mostrou para que ela lesse.

— Aí filho que pensamentos tão bonitos. Tem que responder. — Naeun falou assim que terminou de ler a carta.

Jimin nada respondeu, ficou apenas refletindo sobre sua má conduta e da família em enganar o homem. Sentia-se a pior das pessoas, já que estava compactuando com aquela mentira, sabendo que não conseguiria corresponder aos sentimentos do futuro marido. Continuou calado, se martirizando internamente. Após alguns instantes, seu pai entrou no quarto para cumprimenta-lo.

— Vocês compraram muitas coisas. — Jungsoo observou, assim que viu a quantidade de caixas no quarto de Jimin.

— Minha mãe insistiu. — Jimin respondeu sem ânimo.

— Me diga, filho. Você está apaixonado por seu prometido? — O senhor perguntou curioso, já que há dias notava o desânimo de seu filho mais novo ao falar do casamento.

— Bom, ainda não o conheço o bastante, mas sinto apreço. Ele é muito atencioso. — Jimin não queria preocupar o pai, dizendo que Jeon o deixava tenso. Mas também não iria mentir, e falar que estava perdidamente apaixonado.

— Mas você não me parece muito animado. — O senhor insistiu.

— Não estou apaixonado, ainda. Mas quero me casar e ninguém melhor do que Jungkook, meu pai. — Tentou convencer o general.

— Por que é rico? — Park questionou. Não queria que o filho se casasse apenas por interesse. Claro que almejava alguém de posses para seu garoto, mas também desejava que ele casasse feliz e apaixonado.

— Não, meu pai. Eu gosto de Jungkook de verdade. Ele é atento, muito bom, solidário e até me faz rir. — O ômega exaltou as qualidades que havia percebido em seu noivo.

— Eu espero que você tenha me dito a verdade. Primeiro, porque não gostaria que se casasse por interesse. Segundo, porque Jeon é um homem decente, correto que não merece um cônjuge que a única virtude que vê nele é o que tem no bolso. — O senhor elogiou o futuro genro.

— Não sou assim, meu pai. — Jimin tentou forçar um sorriso.

— Eu sei que não é, por isso é meu maior orgulho. — O general sorriu, beijou a testa do filho e saiu.

Jimin se sentiu tão frustrado consigo mesmo. Era chance de terminar com tudo, falar ao pai que não desejava esse casamento, só estava fazendo para salvar a família. Porém, era um covarde. Toda vez que via o pai andando apoiado em uma bengala, ainda um pouco debilitado, perdia toda a coragem. Restava apenas sofrer calado toda a sua infelicidade.

Amor Real 🌈 JJK & PJMWhere stories live. Discover now