Lovely Lie! || Taekook

Capítulo 14

KIM TAEHYUNG

Ele tinha me beijado, mas não senti estar entrelaçado a ele, pode ser porque nem um beijo foi, apenas um selinho não contava para o universo, pelo visto.

Meu medo estava ali, em beijar ele. Apesar de uma pequena parte de mim ter gostado, eu não ia entrelaçar porra nenhuma, nem fodendo.

Jungkook agora estava me levando para aquela balada, passamos horas no jogo de basquete e o sol já tinha se posto. Sua mão não estava com a minha, o que me fez estranhar, ele sempre me dava a mão, independentemente de tudo que éramos.

Aquele era o nosso único contato e agora não tínhamos. Viu? Agora eu estou com saudades de andar de mãos dadas, ótimo, fui abduzido por mim mesmo.

O local já estava badalado, tocava uma música animada e como se fosse igual a da última vez, ele me levou até o balcão de bebidas.

— Hoje ele vai querer um martini de maçã.— pediu pra mim.

— Eu só bebo Martini? — puxei assunto encostando meu braço no balcão.

— E do que você gosta?

— Talvez eu goste daqueles uísque sour.— ele arqueou a sobrancelha.

— Aí credo, que horror, odeio.— fez uma careta.

— Já tomei muitos.— dei de ombros.

— Você não está aqui para ficar bêbado, está aqui para aproveitar o ambiente.— sorri admirando em volta.

— Igual da última vez? — provoquei.

— Achei que tínhamos esquecido isso.— entortou o sorriso.

— De você com ciúmes do seu ex namorado de faculdade? Jamais.— ri sem humor, eu ainda iria descobrir o que teve com o Yugyeom.

— Eu não estava com ciúmes.— pareceu ficar bravo.

Como posso gostar dele? Jungkook ainda corre atrás do ex! Parabéns universo, nem para me escolher alguém que pelo menos goste mais ou menos de mim.

Olhei em volta, Yugyeom estava ali, me viu, sorriu e veio em nossa direção.

— Foi só falar no diabo...— congelei meu sorriso e Jungkook seguiu meu olhar até o de cabelos cinza.

— Vem, senta no meu colo.— pediu.

— De novo? — franzi o cenho.

— Se você não sentar no meu colo, ele vai sentar aonde? — falou como se fosse óbvio.

— Por que não senta no seu colo? — sugeri nervoso.

— Por que seria estranho já que você é meu noivo.

— Ah, então a ideia passou pela sua cabeça? — cruzei os braços e semicerrei os olhos.

— O que? Não! Para com isso, senta logo aqui e para de tentar me enquadrar! — me puxou com força minha cintura para perto dele.

— Você está fazendo de novo.— reclamei me sentando em sua coxa.

— Seria indelicado ele vir aqui e não ter um lugar, eu juro que não é pra fazer ciúmes, tá bom? — meu bico foi se desfazendo aos poucos.

— Eu não acredito em você.— virei a cara para uma direção que eu não podia ver ele.

Sua mão estava em minha cintura, mas eu só reparei quando ele apertou com força, ignorei.