O Sequestro De Um Príncipe [COMPLETO]

Capítulo 5

O rosto moreno e com traços delicados da brasileira tomou novas formas com a longa peruca. Os fios do falso cabelo chegaram próximo a cintura, e se estendia por leves ondas enroladas. Do outro lado Élliot com os cabelos agora negros, e parte do rosto coberto pelo óculos escuro se olhou no celular sorrindo do visual estranho.

_Ok, precisamos de nomes falsos- Cacau explicou- nada chamativo, tipo escolhe de alguma série ou livro que você goste.

_ Série?- ele repetiu tentando se recordar de alguma- Pode ser Leonardo? Eu gosto do Da Vinci, e é único nome normal que consigo pensar.

_ Perfeito, eu vou me chamar Gina- a garota comentou- é minha personagem favorita de Brooklyn-nine-nine.

_É algum documentário?- o príncipe perguntou confuso.

_É a melhor série já feita-ela explicou- mas estamos sem tempo, vem!

Cacau limpou o assento cheio de poeira e depois se sentou na bicicleta, apoiando a ponta dos pés de cada lado. De princípio Élliot apenas ficou olhando-a, talvez repensando se realmente faria aquilo.

Ele fez uma careta como se discutisse internamente consigo mesmo, e depois subiu nos pés de apoio. As mãos apertaram o ombro da garota com força assim que ela tirou os pés do chão dando o pontapé para a rua.

Cacau pedalou com força direcionando até a saída. A rua perfeitamente asfaltada ajudou a garota a chegar até a esquina em segurança, ela olhou para os dois lados, e então girou o guidão pedalando em direção a uma descida ao lado do canal de águas cristalinas.

_ Cacau, você conhece a cidade?-Élliot perguntou assustado.

_ Não, mas eu tenho um ótimo senso de direção. Relaxa príncipe, tá comigo, tá com Deus- ela gritou alto pelos ventos fortes que passaram pelos ouvidos, ocasionados pela descida rápida.

_ Eu vou morrer!- ele exclamou totalmente em pânico.

As casas ao lado, de aspecto antigo e coloridas, deram a viagem um tom alegre. Do outro lado o canal do rio cheio de barcos, e caravelas iluminadas pela lua remexeram ao balanço da corrente do rio que deságua ali.

Por ser uma área comercial, a brasileira esquivou de algumas cadeiras e até de um trailer de batatas assadas. Por alguns segundos a garota desviou o olhar cheio de lágrimas pelo vento frio e cortante para as construções.

Azul. Vermelho. Amarelo. Verde. Todas cheias de janelas brancas, e com letreiros divertidos e atrativos. Um banner enorme próximo a outra esquina indicando a existência de uma padaria, avisou a garota que estava perto de seu destino.

Cacau virou depressa a outra rua, e ouviu um resmungo irritado de Élliot. Assim que os olhos se acostumaram, os dois avistaram uma casa enorme, repleta de jovens pelo jardim e dentro da residência. Luzes coloridas piscavam, e copos neons e vermelhos estavam espalhados pelas mãos e grama.