A maior perda

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Londres, 1927.

1927. Um ano difícil para as irmãs Dawson. Muitas coisas acontecerem neste período. Seu pai havia falecido vítima de um tiro. Até o momento elas não sabem o que de fato ocorreu naquele dia. Sua mãe suicidou-se após 2 meses da morte do marido. Não aguentou a vida sem ele. No final das contas, o homem vinha em primeiro lugar em sua vida, antes mesmo da luxúria e da riqueza.

As irmãs tornaram-se herdeiras da fortuna. Anya completou 18 anos e não precisava mais ser assistida por ninguém mais próximo de seus pais. Ela quem administrava o dinheiro. Não era expert em economia, mas podia-se dizer que usava bem a herança. Fazia doações constantemente para instituições de caridade e mudou-se para uma casa menor com sua irmã, ainda muito nobre, mas não era uma mansão. Segundo as meninas, sua antiga casa estava assombrada pelas lembranças do passado.

Assim como qualquer luto em determinado momento, os das irmãs Dawson, depois de um longo ano, também chegou ao fim. Anya era livre para sair e viver sua vida da forma que queria. Viajou bastante, fez muitas amizades e conheceu algumas outras cidades. Amélia passou a se soltar mais e viver aventuras como uma adolescente comum.

Apesar de toda a criação de seus pais, elas sentiram a falta deles por quase um ano. Eram novas. Mas ambas seguiram em frente com suas vidas.
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3 anos depois.

1930. Anya alcançou a maioridade absoluta e comemorava seu aniversário em uma festa regada a bebidas e música. Ela se divertia bastante rodeada de amigos. Algumas pessoas eram apenas convidadas. Estavam mais interessadas na festa em si do que em Anya. Mas ela sabia disso e não se importava. Era apenas uma noite e queria comemorá-la da melhor forma.

- Vem, Amelia. Dance comigo essa música! – disse a aniversariante à irmã mais nova.

Amelia sorriu em concordância e as duas puseram-se a dançar no meio do salão já um pouco alteradas por conta do gim. Depois de alguns minutos de dança, Anya avisou a irmã que precisava usar o toalete.

A menina foi em direção ao local. Cambaleava um pouco mas conseguiu chegar com tranquilidade. Na porta do banheiro, ao sair, deu de cara com um homem mais velho. Ela reconheceu seu rosto, mas não conseguia lembrar de onda.

Expremeu a vista e quando abriu a boca para falar algo, o homem se identificou antes.

- Anya, Jones William. Um velho amigo de seu pai. – ele disse estendendo a mão a ela.

Anya colocou sua mão por cima da dele, mesmo um pouco desconfiada. O reconheceu, mas ele não passava uma boa impressão. Jones levou a mão dela até a boca e depositou um beijo ali sem tirar os olhos dos da garota. Isso a intimidou.

- Claro, Sr William...hm, mas...posso perguntar... o que faz aqui? – ela falou analisando sua expressão.

O homem levantou os braços como se estivesse se rendendo. Provavelmente achou a pergunta um pouco absurda.

- Calma...não foi difícil saber de sua festa. Muitas pessoas estão sabendo, na verdade. Tem o controle de quem está entrando?

Anya sabia da repercussão que sua festa provavelmente estava tendo. Uma moça solteira dando uma festa com bebidas e outros homens? Má reputação na certa. Mas ela nunca se preocupou de fato com isso. Demorou para conseguir sua liberdade, não ia restringir-se por causa do que as pessoas falavam.

- Tenho ciência de que não conheço a todos aqui. Mas não me importo. Deixa que se divirtam. – ela respondeu tentando manter a pose.

- Certo... – o homem disse a olhando de cima a baixo. – venha comigo, quero lhe falar algo. Mas preciso de mais silêncio.

Sensível como uma bomba - Jhon ShelbyWhere stories live. Discover now