Capítulo 35

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NO OUTRO DIA

Lucero acordou cedo e fez as higienes, logo indo procurar Viviane e a encontrando já de banho tomado enquanto Ana penteava seu cabelo. Lucero parou na porta, escutando um pouco a conversa das duas.

− Mas ela está mudando mesmo, coração. – Ana falou.

− Eu espero que dessa vez esteja mesmo porque já me cansei de acreditar nela, passar um bom tempo de bem e depois ela voltar ao que era antes. – Viviane suspirou.

Lucero sorriu. Ela iria provar a Viviane que tinha mudado e dessa vez seria para sempre.

− Bom dia! – Lucero entrou animada.

− Estava aí há muito tempo? – Viviane perguntou assustada.

− Não, cheguei agora. – Lucero mentiu, dando de ombros. – Posso terminar de pentear seu cabelo?

Ana e Viviane se encararam.

− E você não vai trabalhar? – Viviane perguntou.

− Só mais tarde. Você é mais importante. – Lucero sorriu lindamente.

Ana e Viviane se olharam novamente. Para elas, era uma enorme surpresa que Lucero renunciasse ao trabalho.

− Pode. – Viviane respondeu.

Ana e Lucero sorriram e a babá logo se levantou com cuidado segurando Viviane para ela não cair para frente.

− Bom, então eu vou deixar vocês aqui e vou dar uma olhada no que as meninas estão fazendo para o almoço. Com licença. – Ana sorriu, entregando a escova na mão de Lucero.

Lucero segurou Viviane para Ana sair e com um pouco de esforço, a mulher se colocou por trás da filha e começou a pentear e acariciar o cabelo dela devagar. Viviane fechou os olhos, aproveitando o momento. Os carinhos de sua mãe eram os melhores, apesar dela ter sentido poucas vezes. Ela também amava os carinhos de Ana, mas nada se comparava a ter o de Lucero. Minutos depois, Lucero terminou de pentear o cabelo de Viviane e beijou sua cabeça.

− Pronto. – Lucero sorriu.

− E agora você vai trabalhar?

− Eu... Tenho algumas coisas para fazer, mas se você quiser, eu posso ficar. – Lucero falou sem graça.

Viviane resistiu muito à vontade de testar Lucero e pedir para ela ficar, queria ver se ela era mesmo capaz de trocar o trabalho por ela como disse, mas ao mesmo tempo a moça não queria que a mãe fizesse nada forçadamente, ela queria era que Lucero estivesse com ela porque queria estar e não por obrigação.

− Não. Você tem que ir. – Viviane forçou um sorriso.

− Tem certeza? – Lucero encarou Viviane.

− Claro, a gente se vê depois.

− Então tudo bem. – Lucero se levantou com cuidado, apoiando Viviane nos travesseiros. – Você quer ficar aqui ou quer que eu te coloque na cadeira para ficar com a Ana na cozinha?

− Não, eu fico aqui mesmo.

− Tá, então eu vou ligar a TV aqui para você. – Lucero pegou o controle da televisão e ligou, aumentando o volume. – Pronto. Até mais tarde. Qualquer coisa pede para a Ana me ligar. – Lucero beijou a testa de Viviane. – Eu te amo. – ela sorriu.

Viviane ficou surpresa. Lucero nunca era de dizer que a amava espontaneamente. A mulher aguardou resposta, mas como não veio, ela pegou a bolsa e ia saindo.

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