entre gatos e acasos ↯ beauany

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casa da any a cima ^^

-Pai, mãe, este é o Noah. Nosso vizinho. - Digo enquanto passo pela sala. -Ele nos ofereceu ajuda.

-Oi, Noah! - Diz corando.

-Oi. Sabina.

-Não sabia que morava por aqui. - Fala enquanto se aproxima.

-Se conhecem? - Minha mãe pergunta.

-Sim. Ele estuda na mesma classe que eu.

-Agradecemos sua ajuda, Noah.
Mesmo seja forçada. - Meu pai diz de maneira divertida.

-Ah, que nada! Fez até bem eu sair um pouco do vídeo-game.

-É que é seu crush? -Tia Delf sussurra em alto bom som para Sabina.

-Não mãe!! - Responde de um modo exagerado. 

-Mas você não disse?

-Não liga. É outro Noah.- Se explica com um sorriso constrangedor.

-Sem problemas. - Percebo que ele estava um pouco vermelho.

-Sim... podemos subir?- Pergunto.

-Não fazem bagunça com as tintas! - Papai fala enquanto seguimos a caminho da escada.

-Não quer me ajudar, Sabi? -Sorrio.

Ela pensa duas vezes, mas decide me acompanhar. Subimos para meu quarto.

-Obrigada, Noah. - Digo após chegarmos no quarto.

-Quer mais alguma coisa?

-Não. Obrigada.

Ele sorri e começa a caminhar, mas dá meia-volta.

-Como é seu nome mesmo?

-Any!

-Ah, Any. Então... Nos vemos por aí! - Ele diz enquanto deixa o corredor.

Fecho a porta e encaro Sabina com cara de tacho.

-Pela sua cara de urubu azedo, já percebi que ele é o cara que você gosta.

-Cala a boca! -Ela deixa escapar uma risada e me arremessa uma almofada.

-Ahhh, então eu acertei! Confessa, Sabina Soares! Sabe que entre nós não há segredos.

-Eu gosto dele desde a quinta série. - Ela cruza os braços e revira os olhos. -Só que eu nunca chamei a atenção dele.

-Hum, sei... - Pego um lápis e começo a rabiscar as paredes.

-No sexto ano, ele começou a namorar uma das meninas que estudavam com a gente. - Ela se lança de maneira dramática em cima da minha cama. -Meu coração se quebrou em pedacinhos. Então, nesse dia, eu jurei que não teria nenhum sentimento por ele. Mas foi só ele terminar o namoro após dois anos que esse sentimento veio a tona. - Ela grunhi e se remexe na cama bagunçado a colcha que minha mãe havia esticado minutos antes.

-Aham. E você já disse pra ele?

-Não. Sou nem doida! - Ela caminha até o meu lado. -Na verdade, boatos se espalham. - Coçou a nuca ao dizer isso. -O que está fazendo?

-Não sei. Acho que irei desenhar uma árvore e pintar o tronco de azul com folhas roxas. O que acha?

-Você é bem autêntica.

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xoxo, carol