entre gatos e acasos ↯ beauany

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As palavras de Joalin ainda soavam em minha consciência. Estar perto de alguém que você beijou no dia passado e fingir que nada aconteceu é no mínimo, desconfortável.

Josh è... Não tem como alguém ser tão perfeito assim.E como é possível ele gostar mim? Logo eu, mandona, prepotente e atrevida?

Não sou bonita. Pelo menos não me acho. Não sou a pessoa mais legal desta nação e nem sou boa em muitas coisas.

Mas ele... Ele é todo ele!

-Pensando em quê? - Josh pergunta ao perceber a minha total falta de interesse em responder a atividade de gramática.

-Na vida. Em como ela é injusta.

-A vida não é injusta. Cada um tem o destino que merece. - Ele me responde. -E o seu destino será bastante complicado se você continuar com essas desídias de não querer participar das aulas. Não irei me voluntariar a ser seu professor para você passar de ano.

-Arranjaria um melhor, já que meu amigo se recusaria. - Começo a apontar meu lápis.

-Não disse que não iria. Falei que não daria aulas grátis. Cobraria um determinado valor.

-Espero que não seja tão caro. Sinto que irei levar bomba. - Levo a mão ao peito com falso pesar.

-Nada! Se quiser nem precisaríamos envolver dinheiro - Ele fala e eu olho ele pelo conto do olho e percebo seu sorisinho safado cheio de malícia no rosto e seu olhos me secando.

Estaria me cantando? Fico com muita vergonha, finjo não entender a indireta e volto a escrever no caderno, mas acho que minha atuação não é uma das melhores pois ele logo solta uma risadinha quando percebe meu nervosismo.

quebra de tempo...

Joaquim ficara contente ao saber que possivelmente haviamos encontrado MiuMiu. O sorriso no rosto era um conforto e me dava esperanças.

-Any! Anda logo! Você não vai buscar a Padmé? - Joaquim me apressou enquanto engolia o almoço.

Ele já estava todo arrumado. Tinha colocado a camisa nova que havia ganhado de Tia Delfi. Toda essa produção para ir buscar MiuMiu.

-Você quer ter calma? - Falei pacientemente.

A campainha tocou. Joaquim correu para abrir a porta. Vozes ecooaram pela sala.

-Por que você veio? - Era Sabina.

-Joaquim!! Nossa... Tá cheiroso. O que está acontecendo?

-Licença. Joaquim, sua irmã está? - A voz rouca de Josh entrou pelos meus ouvidos.

-Tá sim. Almoçando. Mas pode entrar.

Engulo a comida de qualquer jeito enquanto caminho em direção a pia. Não gosto que me vejam comer.

-Gabrielly!!! - Sabi entra na cozinha aos berros. -Aí, credo. Mastiga isso devagar. - Ela me observa de baixo para cima.

Engulo a comida e estreito os olhos.

-O que o Joshua está fazendo na sua sala? - Ela pergunta nem um pouco discreta.

-Pergunta a ele. - Digo e jogo o prato na pia, indo em direção a geladeira pegar água.

-É sério. Se for o que estou pensando... - Bato o copo no balcão.

-Não é o que você está pensando.

-Você não sabe o que estou pensando.

-Coisa boa não é. - Guardo a garrafa na geladeira.

-E o projeto do meu tio Carlos Soares? Por que tá cheirosinho? - Ela estreita os olhos.

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xoxo, carol