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Caminhamos com as mãos entrelaçadas até o fundo do enorme quintal, abaixo de uma árvore, onde haviam poucas pessoas.

-Desculpe. Eu não queria... - Ele fica na minha frente. Tenho que levantar um pouco a cabeça para encara-lo. -Bom, te devo mais uma por isso. - Ele se escora na árvore e falou como se aquilo não fosse nada.

-Você me deixou constrangida na frente da sua irmã e de Taylor. Por quê você faz isso com a garota? Ela gosta de você, sabia?

-Eu sei. - Ele passa a mão nos cabelos deixando-os bagunçados. -Olha, não entenda mal. Convivo com a Taylor desde pequeno. Já tentei gostar dela mas é simplesmente impossível! Eu já expliquei que não gosto dela como ela imagina. Ela é ciumenta e possessiva, eu sinto muito se criei expectativas para ela algumas vezes, mas por me conhecer a muito tempo ela deveria saber que alguns beijos ou noites não são sinônimos de amor para mim.

Eu me sinto estranha, não sei porque isso me afetou. Ouvir ele falando claramente que beijos e sexo não é como amor pra ele foi como uma pontada no peito. Talvez seja porque sexo pra mim é algo bem pessoal, eu namorei um garoto da minha antiga cidade, ficamos juntos por mais de um ano e mesmo assim não me sentia pronta pra dar esse passo.

já deveria saber também que ele teve algumas relações com a Taylor, Josh galinha como falam que é não deixaria passar essa oportunidade rastejando ao seus pés.

-Eu te desculpo pelo seu ato impulsivo. Não quero que fique um clima constrangedor entre nós. - Falo por fim é ele assenti. -Eu só quero que você esclareça as coisas para sua irmã.

-Não se preocupe. - Ele se desescora da árvore. -E me desculpe mais uma vez por ter roubado um beijo seu.

Ele estava muito próximo de mim e eu ainda sentia seus lábios sobre os meus. Aquele beijo roubado despertou algo em mim que não sei como expressar.

E sem pensar, em uma atitude totalmente impulsiva, dou-lhe um beijo, um selinho igual o que ele me deu.

-Eu já peguei de volta. - Digo. Ele ainda permanece de olhos fechados. -Sem problemas.

-Gabrielly... - O meu nome sooa melodiosamente. -Não... faça mais isso, não confunda as coisas. Não sei bem..

-Não se preocupe. Não irei mais. - Digo, mas estou tão nas nuvens que suas palavras não parecem me magoar. Não aparenta ser uma ordem e sim um pedido de súplica. -Eu só peguei de volta o que me pertencia.

-Sem clima constrangedor? Ainda temos que ensaiar. - Ele me lembra.

-Sim. Vamos passar de fase? - Digo de modo divertido.

-Passar de fase? - Ele me pergunta desentendido com as sobrancelhas grunidas.

-Sim. Evoluir. - Falo gesticulando com as mãos. -De colegas para amigos. - Ele me olha increlobo.

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xoxo, carol

entre gatos e acasos  ↯ beauanyWhere stories live. Discover now