Ilha da Lua

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     O som da água batendo no casco de madeira tranquilizava o garoto de olhos azuis, deitado no teto da cabine do capitão. Em toda essa viagem, esse foi o único momento de paz e tranquilidade que Oswaldo conseguiu arrumar para descansar um pouco da bagunça, relativamente gostável, que ele entrou.

     A viagem vai bem, todo mundo estava tranquilo. O oposto disso era Percedal, no qual continuava passa mal... esse era um dos motivos do pessoal manter uma certa distância dele.

     Do outro extremo do barco, Yugo e Amalia pescavam para passar o tempo e ter algo para comer em algum momento. Apesar que seria de imaginar que a Sadida não esteja mais aguentando frutos do mar como refeição.

    Oswaldo abriu os olhos para encarar o céu sem nuvens, apenas o azul claro que se estendia até o mais escudo do mar. Tão simples e entediante, sobretudo entediado com tanta calmaria que o grupo se encontrava.

     Ele gosta de calmaria, sobretudo para conseguir relaxar depois de pão gigantes, gênios carteiros, um jogo de Gobbowl nada amigável, e um shushu aranha. Esse último causou dor de cabeça pela bagunça que vez nas coisas do Oswaldo.

      Mas esse estado abria espaço para Oswaldo refletir sobre sua situação. Mais precisamente, com quem se encontrava.

      Oswaldo gostava muito de Yugo. O pequeno amava qualquer coisa que o garoto de olhos azuis contava, desde os contos que sabia ás suas próprias histórias de vida. Ambos não sabiam de tudo sobre sua origem, não conhecendo sua verdadeira família, tornando-os parecidos, porém, como modos de ver a vida diferente. Enquanto o jovem via tudo com olhos realistas, a criança enxergava tudo com um ar de esperança.

       Percedal e Ruel são quase a mesma coisa na visão do garoto de olhos azuis. As características principais deles — Orgulho do Iop e ganancia de Ruel — distanciavam muito Oswaldo dos dois, principalmente por essas duas coisas o irritavam profundamente. São boas pessoas, ele reconhece isso, mas esses detalhes permaneciam como uma barreira. Isso pode cair com o tempo, principalmente para o "cérebro de iop".

       Evangelyne era a pessoas que mais chamava a atenção de Oswaldo após Yugo, mas os motivos disso eles não estava gostando de pensar muito profundamente.

       Mas diante disso tudo, o problema era a sadida. Como ele odiava aquela garota de cabelos verdes e tudo que ela era, é e será. O jeito mimado dela, fruto de ter crescido naquela família repugnante, e o fato dela nunca ser taxada como errada ou mesmo saber que estava. Parecia que o mundo mostrava que tudo na vida dela ser certo.

       Não ache que é ciúmes, estava longe de ser isso — Além de ser um sentimento que Oswaldo desconhecia — ou qualquer coisa que poderia ser reconhecido como característica de uma criança igual Amalia. O garoto de olhos azuis possuía seus motivos e sabia dos erros que a sadida cometeu, justamente com ele e as pessoas que amava.

       E Oswaldo sentia medo que esses erros sejam cometidos com as pessoas que ele se importava novamente.

       Mais acima de tudo, ele não deixaria esse ódio cega-lo. Oswaldo sabe os efeitos que isso pode trazer. Ódio queima a alma da pessoa que sente e daqueles próximos, mesmo sendo pessoas amadas.

       Sentimentos são, em sua opinião, armas mais poderosas que uma pessoa pode ter.

       E ele não deixaria os seus agirem da maneira que os outros esperaram.


//W//


        O céu agora era coberto por pelo azul escuro da noite, mas as nuvens ainda apareceram. Pessoal já descansava em certos pontos do barco, embora Percedal ainda estava sentindo enjoo e afastado do resto.

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⏰ Last updated: Jun 29, 2020 ⏰

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Wakfu: Conto EsquecidoWhere stories live. Discover now