Conhecendo-o

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A mansão Wayne era imensa,mas sua particularidade eram os ruídos, que vinham junto com o retiro do sol.

O jovem garoto de olhos verdes,e cabelos pretos estava entendiado, operas,nunca lhe despertaram interesse... Contudo,os pais estavam juntos com ele em um mesmo local,bem, eles não estão exatamente juntos, o menino se encontrava ni digamos "camarote particular com a melhor visão,  e a mais inesquecível" ,e na sala exclusiva ao lado,  sua mãe se encontrava sentada conversando com a mulher do Governador Robbs Smith, enquanto seu pai fumando um charuto a direita, e trocando palavras com o Governador. Fazia meses que os três,pai,mãe e filho não ficavam presentes em um mesmo recinto,apesar de morarem na mesma residência.

Valia a menos, aturar esse momento, afinal, seu pai prometera que no dia seguinte lhe ensinaria a jogar beisebol, e dessa vez, não pediria desculpas por sua ausência, em virtude do trabalho. Ademais, sua mãe, praticaria seu alemão com ele. Quando finalmente as luzes se acenderam seu peito se encheu de alegria, no entanto, logo abaixou sua cabeça quando lembrou-se "é apenas o primeiro intervalo". Depois de algumas horas de sofrimento, finalmente a chatice havia acabado. Os pais dos jovem se despediram dos colegas, e a mãe tomou a mão do filho, cochichando em seu ouvido "está ansioso para amanhã?". Ouvindo como resposta, uma pequena risada do menino de onze anos, o carro estava a uma quadra do local, contudo o sapato novo da mulher machucava seu pé, o marido preocupado sugeria que utilizam um beco como atalho. Um homem de altura mediana com uma máscara preta surgiu em meia da escuridão, apontou uma arma para a família, o pai prostrou-se em face de seus entes queridos retirando a carteira e mostrando-a para o assaltante, este reagiu, apontando a arma em direção do peito e dois altos estrondos que pousaram no ar, juntamente com som de um queda e cheiro nítido de metal.

A mãe, estava abismada com o ato que acontecerá, e aquela mulher, que nunca se curvada nem mesmo para o seu amado, implorou enquanto soluçava para a que não tirasse a vida de seu filho. Em seguida sua voz se perdeu e um cheiro de pólvora queimada mistura com cheiro característico de sangue dominou o local, o assaltante baixou-se para pegar a carteira que o pai havia derrubado em sua queda, passando a centímetros de distância do jovem, e seguindo sua direção.

A primeira coisa que menino fez foi sentar-se no chão imundo, tingindo de uma cor carmesim e falar olhando em direção de seus pais "ele já foi".

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Esse sonho novamente.

Uma grande quantidade de suor percorria o corpo de Bruce, tanto a coberta quanto o lençol estavam encharcados. Mesmo atordoado , levantou-se da cama em direção da janela, após puxar bruscamente as cortinas uma claridade,atingiu o quarto, era simples, apenas com uma cama de casal, uma escrivaninha que nunca foi tocada, e uma cômoda de madeira. Duas portas, a primeira era do closet e a segunda, do corredor.

Alfred, o mordomo há mais de 40 anos na família Wayne, mesmo em seus setenta e cinco anos preparava a mesa para seu patrão na sala de jantar. Uma mesa disposta com 15 cadeiras, que neste momento todas estavam vazias, olhou para o patrão que entrava no local, outros podem o ver como um cobiçado marido, mas ele apenas via um garoto maroto de onze anos de cabelos desarrumados. Como sempre disposto no móvel uma salada de frutas, alguns pães com tigelas de pastas próximas, juntamente com um omelete e uma jarra de café, nesta casa cada um tinha seu próprio horário para refeições; o que era um pouco incômodo para Alfred.

- Teve um pesadelo novamente, Sr.?- perguntou o mordomo erguendo uma sobrancelha.

- Astuto como sempre... - sussurrou, Bruce.

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