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Os olhos de Jeon pareciam que iam saltar da caixa por tamanha surpresa.

Fiquei esperando uma resposta.

Se ele não for a pessoa dos bilhetes, eu estou ficando muito doido.

-J-Jimin...--ele olhou para a minha mão pressionando o seu peito.

Forcei a garganta e o soltei um pouco.

-É você, né?

-Eu o quê?

Ou ele realmente não fazia ideia do que eu estava falando, ou ele sabia fingir muito bem.

-A pessoa dos bilhetes! Não adianta mentir, é igual--quase cuspi minhas palavras nele.

Esse doidinho fusquerento.

Mas de hoje ele não me escapa.

-Jimin...do que você está falando?

Eu olhei pra baixo quando vi minhas pernas meio presas. Eu estava tão perto a ponto de está encaixado nas pernas de Jeon.

E meu pai...que coxas eram aquelas?

Foco, Park Jimin. Você não é câmera, mas precisa de foco.

Sopro o ar com violência e me afastei, jogando minha franja para trás.

Como eu queria tropeçar com o mindinho dele só pra ameaça-lo e fazê-lo dizer toda a verdade.

-Não se faça de sonso. Só tem um bobocão dos bilhetes por aqui.

-Ah...--ele riu.

-Tá rindo por quê? Pensa que tá em um show de Stand up?

-Hyung, não sei de onde você tirou isso, mas eu não sou nenhum bobocão dos bilhetes--ele soltou o ar que ele nitidamente estava segurando diante a minha ameaça.

-Fala sério...

-Eu estou--ele arregalou bem os olhos--eu juro pelo Bambo que não sou quem você pensa que sou.

-Hm.

Ele jurou pela geringonça...

Que merda hein Park. Que merda das grandes, essa.

Isso deve ser efeito da minha carência.

E quando eu falo isso, é porquê eu estou carente tipo cão sem dono.

Vergonha é o que sinto nesse momento. Ele deve me achar doido.

-Tá tudo bem?--ele perguntou.

-Hm...tá--falei, saindo de meus pensamentos exagerados.

Acho que vou ter um infarto. Eu tô muito sem graça.

Jeon ainda é um suspeito, mas ele teve a audácia de jurar pela geringonça. Eu não tenho mais argumentos no momento. Nisso que dá ser afoito. Eu poderia muito bem ter esperado mais pistas. Burranco do caralho.

-Eu vou...vou voltar pra lá--andei tropeçando em meus próprios pés.

Ele sorriu.

-Até mais, Jimin--acenou enquanto colocava o casaco no ombro com a outra mão.

Quando eu voltei para a mesa, apenas peguei meu potinho de morangos e saí. Não dei explicações do ocorrido. Precisava pensar.

Pensei tanto que achei que minha cabeça fosse explodir.

Não consegui manter o foco nas aulas pela manhã. E no almoço, quando eu resolvi contar toda a história, comecei a ser julgado.

-Agora você julga as pessoas?--falei para SeokJin.

Fusca Amarelo JiKookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora