Desejo Proibido

EPÍLOGO

Quando dois corações estão fadados a se amar, nem a Terra ou até mesmo os Céus conseguirão impedir que se amem.

Daniel e eu éramos como chamas atraídas uma pela outra. Ao mesmo tempo que nos atraímos, tudo gritava para nos repelirmos. Corríamos perigo, mas agora era tarde porque quando nós damos conta já estávamos presos nesta eterna brincadeira que desconfio que jamais teria fim.

Uma da qual quanto mais ficávamos juntos mais acabávamos perdendo-nos dentro de nós mesmos.

Agora eu sabia.

Daniel e eu éramos fogo, sede, paixão.

O sangue que corria em nossas veias era do mesmo elemento, e enquanto eu era matéria, ele, a antimatéria. O mundo, assim como nós dois, ainda era jovem demais para descobrir quais seriam as consequências do encontro catastrófico de dois elementos tão opostos.

Seria um atraído ao outro infinitamente até que se anulassem e causassem uma destruição em massa?

Ou será que talvez o dragão negro que tudo destrói junto com a fênix que sempre renasce o equilíbrio perfeito que faltava no universo?

A balança entre os dois mundos, a harmonia perfeita entre ambos extremos.

Existia uma série de perguntas a serem feitas, umas que eu não fazia ideia como perguntar, uma porção de outras que na realidade não queria saber e mais algumas que precisava descobrir.

Daniel mudou a minha vida no segundo exato em que entrou nela, e sem saber, eu mudei a dele antes mesmo que viesse ao mundo. Estávamos entrelaçados em um destino incerto e perigoso, um que poderia nos salvar de nós mesmos ou então nos condenar a uma eterna aflição.

De uma maneira ou outra uma coisa era certa, havíamos descoberto o nosso destino, bastaria ver como iríamos enfrentá-lo daqui em diante.

Eu escolhi que não fugirei mais, nunca mais. Ao contrário do que esperam, decidi traçar o meu próprio destino, nem que para isso tenha que enfrentar a ira da Ordem e do Caos.

Daniel também fez uma escolha, decidiu que seguiria meus passos. E independentemente de oráculos, das profecias, e destinos, ou qualquer lei, nós nos amávamos demais para deixarmos para lá, e por mais que estivéssemos cientes do preço alto que teríamos que pagar por amar um o outro, desistirmos não era algo que iríamos fazer.

Nosso amor era um incêndio que surgiu do nada, e cresceu sem que tivéssemos controle sobre ele. Assim como o fogo nós não tínhamos paciência para esperar nem mais um segundo. Éramos jovens e perdidamente apaixonados, o que eu queria ter sabido naquela época era que na realidade com aquele ato nós estávamos desafiando algo muito maior do que a nós mesmos.

Algo maior do que tudo.