O Ninja Que Copiava - Parte 2

Cobras

Algumas horas depois…

Genma começou a recuperar sua consciência lentamente, após abrir os olhos notou que tudo ao seu redor estava branco e exageradamente iluminado.
Por um momento achou que estava sonhando, mas quando tentou se sentar, notou que seu corpo estava pesado e sua perna direita bem dolorida, foi aí que ele teve a plena certeza de que estava acordado.
Não só acordado, mas como sozinho dentro daquela sala também.
Quando olhou para trás viu que havia uma porta de metal e nada mais.
- O que aconteceu comigo…? - Perguntou a si mesmo, ainda meio desorientado.
"Tampem o nariz! Acho que estamos inalando alguma substância química…"
Sentiu um estalo em sua mente ao lembrar do que Hikari havia falado antes dela cair desacordada no chão, em seguida ele se lembrou de que havia sentido uma certa irritação em seus olhos antes de sentir que estava prestes a desmaiar também.
Isso podia explicar a sensação estranha que ele estava sentindo em seu corpo naquele momento.
Genma então levantou-se, precisando fazer um certo esforço para manter o equilíbrio do próprio corpo.
A dor em sua perna tornou-se ainda mais incômoda agora que ele estava de pé, uma dor próxima ao joelho que parecia estar meio lesionado.
Quando olhou para cima, notou que no teto havia uma abertura, que devia dar acesso ao  corredor aonde ele estava com Kakashi e Hikari antes de cair nesta sala vazia.
"Será que eu caí de lá de cima?"
- Hikari! Kakashi! - Gritou.
Porém o silêncio foi a única resposta que ele obteve enquanto esperava encostado em uma das paredes.
Engoliu em seco ao se sentir que estava ficando sem ar de repente, como se estivesse sendo asfixiado. Sua frequência cardíaca e respiração estavam mais aceleradas e por causa disso sentia uma dor se formando em seu peito de repente.
Quando levantou uma de suas mãos notou que estava tremendo, o suor começava a brotar em sua testa. Estava se sentindo apavorado por estar sozinho naquela sala tão pequena e claustrofóbica. 
Lutava contra aquela fobia desde criança e embora tivesse melhorado bastante com os tratamentos médicos, ainda sentia pequenos ataques de pânico e ansiedade quando acabava entrando em lugares apertados como esta sala.
Está tudo bem… Vai dar tudo certo… Você está bem e vai sair deste lugar agora mesmo, ele pensou, tentando se auto encorajar.
Respirou fundo por alguns segundos para tentar acalmar o seu estômago nauseado e em seguida olhou para a maçaneta daquela porta de metal, precisava se concentrar em ir até ela e pressiona-la para baixo.
Apenas isto.
- Eu consigo fazer isto… - Disse ele, se afastando lentamente da parede.
A dor que ele estava sentindo em sua perna momentos atrás não era nada comparada com as dores agonizantes que ele sentia quando tentava enfrentar essa fobia.
Quando enfim chegou até a porta, ele pressionou a maçaneta para baixo, porém nesse mesmo instante ouviu um barulho estranho de algum alarme sendo acionado. Quando ele olhou para trás viu uma fresta próxima do teto se abrir e dela cair centenas de pequenas cobras pretas no chão.
- Mas que droga está acontecendo aqui?
Genma virou-se rapidamente e tentou abrir a porta novamente, mas havia sido em vão, ela estava trancada.
Quando passou a mão em seu ombro, notou que estava sem sua mochila, ele então levou  suas mãos até sua bolsa de armas e puxou suas senbons.
Respirou fundo e em seguida voltou a olhar para aqueles seres venenosos que se rastejavam em sua direção. Eram tantas que por um momento Genma se perguntou se teria senbons suficientes para acabar com todas elas. 
Sentindo-se sob controle do próprio corpo agora devido a adrenalina, ele se posicionou e lançou uma das senbons contra uma delas que se aproximava.
Quando a cobra caiu morta por causa da senbon em seu pescoço, algumas cobras  que estavam ao lado dela sumiram no mesmo instante.
- Eu devo estar ficando louco… - Disse ele, piscando seus olhos algumas vezes. - Ou então isso é obra de algum genjutsu.
Genma então pensou em um plano, levantou suas mãos e atirou todas as suas senbons nas cobras que estavam na linha de frente, para a sua sorte, o plano havia dado certo, as cobras reais haviam sido mortas e as que estavam ao redor haviam desaparecido como fumaça.
- O que é isto? - Perguntou, aproximando-se de uma delas.
Quando ele se abaixou para analisar o corpo perfurado daquela cobra, notou que algo brilhava dentro dela.
- Uma… chave?