37 - Deus é Piedoso e Misericordioso.

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Ariane e Pedro se encaravam calados.

Paulo pegou sua bolsa, despediu do pai, e foi abraçar a mãe.

- Cumprimenta ele né mãe! Senti sua falta. - Disse sorrindo, deixando-a sem graça.

Acenou para o pai e entrou.

- Você parece cansada! - Disse Pedro, com um meio sorriso.

Ela se aproximou sorrindo, ficando um de cada lado do carro.

- Não é nada, é que eu saí para evangelizar com a Drica, e algumas senhoras, e as coisas não foram bem como eu pensei. - Disse frustrada.

- Elas apenas panfletaram. - Disse sorrindo.

- Exatamente! Como você soube?

- A minha irmã sempre lamentava comigo sobre isso. - Disse abaixando a cabeça.

- "E faz tempo que ela não faz isso. Como eu não vi as mudanças? Mesmo que pequenas? Belo irmão eu sou." - Pensou triste.

- Tudo bem? - Perguntou ela, pegando em sua mão que estava em cima do carro.

- "O seu toque é um bálsamo para o meu coração." - Pensou ele em falar, mas preferiu ficar calado, a assusta-la. Olhou para ela, e sorriu.

- Tudo bem. Só umas coisas em casa, que eu nem imaginava que estavam acontecendo! - Respondeu passando o polegar em sua mão.

- Em relação ao Paulo, na sua casa está tudo tranquilo, não está? - Perguntou preocupada.

- Sim. Tudo bem! Está todo mundo encantado, com ele.

Ela ergueu a sobrancelha.

- Que bom! Me preocupo, porque às vezes ele esquece de usar o filtro, antes de falar. - Disse cautelosa.

- Já percebi. Mas não se preocupe está tudo bem. - Disse ele sorrindo.

Com muito pesar ele soltou a mão dela.
Ela se afastou do carro.

- Se eu puder ajudar em alguma coisa, é só me ligar. - Sugeriu ela corando.

E ele deu aquele meio sorriso que a deixava boba.

- Eu vou aceitar a oferta. E vou ligar sim, obrigado Ariane.

Ela apenas sorriu e acenou.

Ele abriu a porta do carro, e ela virou para casa então, se virou de repente.

- Pedro/Ariane... - Chamaram juntos.

Os dois sorriram, e andaram até o outro. Suspirando e tremendo até os ossos, ela o abraçou. E ele a apertou fortemente.

- Você está tremendo! - Sussurrou nos cabelos dela.

- Isso é novo para mim. Não tenho o costume de abraçar rapazes no meio da rua, principalmente em uma cidade, aonde todo mundo vai está comentando antes de você chegar na sua casa. - Sussurrou no peito dele.

Ele sorriu em seu pescoço, e ela sentiu cócegas.

- Você ainda tem cócegas no pescoço. - Lembrou fechando os olhos.

Beijou de leve o pescoço dela, e ela se encolheu nos braços dele, sorrindo.

Os dois se afastaram, muito contra a vontade.

- Você tem razão, vamos sim orar, e que seja feita a vontade de Deus. - Disse ela sorrindo.

Ele beijou a testa dela, com um sorriso de orelha a orelha.

- Obrigado! - E de costa, olhando nos olhos dela ele voltou para o carro.

Ela ficou parada, olhando-o partir, com um aperto no coração.

No tempo de DeusWhere stories live. Discover now