Capítulo 21

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ELIZABETH CRANE

Estou agitada. Sofrendo por antecipação seria uma ótima definição para o meu estado. Depois de me ajudar na biblioteca por horas, Daniel saiu para verificar seus arrendatários. Certamente atrapalhei todos os trabalhos do dia. Cérbero também havia desaparecido e nenhum dos dois havia retornado para o jantar.

Agora estou aqui, trancada em meu quarto, vestindo minha camisola e pronta para dormir. Questionando do porquê Cérbero tem esse nome. Tantos nomes bons para animais e Daniel o nomeia como o cão de três cabeças da mitologia grega, que guardava a entrada do submundo, o reino de Hades.

Por Deus, e o acontecimento na biblioteca mais cedo? Que homem não conhece a regularidade com que a biblioteca é usada? É certo que os homens vão para a escola cedo, mas retornam nas férias e quando acabam os estudos podem ir para a faculdade, mas sempre retornam. Daniel alistou-se no Exército Real e comprou uma patente, não estava no país quando o pai morreu. Lembro-me de todos falando em casa sobre o estado de Isaac em um dia de visita surpresa.

Anos mais tarde o irmão também morreu e Daniel não comenta muito sobre eles. A vida do homem é um completo mistério, poucas pessoas sabem a respeito e as que sabem não comentam. Eu não posso pressioná-lo, mas preciso ter ciência do que aconteceu.

Como ajudar se estou completamente perdida?

Estava tão perdida em meus próprios pensamentos que não notei quando a porta de conexão se abriu e Daniel apareceu. Ao notar sua figura ali, inexpressiva e enigmática como sempre, não pude contar o alívio. Simplesmente corri para ele e me joguei em seus braços.

-Que bela recepção, Elizabeth.

-É Lilibeth. É assim que minha família me chama.

-Quer que eu a chame assim? Lilibeth?

-Sim, capitão.

-Por que me chama assim? - Eu deveria estar concentrada em sua pergunta, mas estava ocupada demais sentindo a felicidade explodir em meu peito. Daniel não me desceu de seus braços. Minhas pernas estão rodeadas em sua cintura e meus braços em seu pescoço. Suas mãos apalpando com firmeza a minha bunda.

-Era sua patente, certo? - Confirma com a cabeça - Combina com você. Capitão Crane.

-Como está se sentindo, Lilibeth?

-Muito bem, eu diria. Pronta para estar com meu marido.

-Oh, mesmo?

-Sim! - Dei um pequeno pulinho em seus braços.

Então um verdadeiro milagre aconteceu, Daniel Crane abriu um enorme sorriso e riu de minha animação. Ouvir sua risada soou como música aos meus ouvidos. Ele tinha o sorriso mais lindo que já vi e por estes breves segundos estive totalmente imersa  naquele rosto maravilhoso.

-O que foi?

-Você é lindo.

Daniel tomou meus lábios com grande pressa e possessividade, sua língua invadindo a minha boca e me permitindo provar seu sabor. Senti meu corpo ser depositado no colchão, com meu maravilhoso esposo em cima de mim, seus beijos me levando a completa loucura.

Uma de suas mãos segurava minha coxa junto ao seu corpo, esfregando nossos corpos. Um gemido baixo escapou de mim, arranhei suas costas por cima de sua roupa de dormir. Daniel rompeu o beijo, enterrando o rosto em meu pescoço, investindo contra mim por cima de nossas roupas.

-Elizabeth.

-Faça amor comigo, Daniel. Eu quero ser sua.

Sua resposta foi um gemido rouco antes de me beijar, desta vez com ainda mais intensidade. Mordiscando minha boca e nos esfregando mais. Sinto que estou prestes a explodir. Preciso dele.

-Quero ter você de novo.

-Estou aqui, Daniel. Me faça sua.

-Deus a abençoe, você já é.

Meu peito pareceu pegar fogo com sua declaração, a alegria tomando conta de mim. Ainda era cedo, mas  estou decidida a ter o coração desse homem. Ajudar com suas feridas.

-Espero que não seja unilateral. - Ponho a palma de minha mão em seu peito, sentindo as batidas de seu coração.

-Não sou divisível, querida. Você decidiu pelo meu sobrenome e honrarei isso.

-Não havia ninguém mais com quem eu queria estar.

Daniel ajudou-me a retirar a camisola, assim como ajudei-o a tirar sua roupa. Com uma expressão muito satisfeita voltou a se deitar sobre mim, sentindo seu calor, o contato de nossas peles. O enlacei pelo pescoço e o beijei com vontade.

-Estou ficando viciado em você, Elizabeth. -  Fala entrando aos poucos em mim, houve uma leve ardência inicial, mas logo dissipou-se. Daniel estava por completo dentro de mim, fazendo-me sentir preenchida e imensamente feliz.

Suas mãos agarraram meus seios antes de que ele os chupasse. Suas investidas levando-me ao paraíso.Não sei como, mas Daniel acertou algum lugar dentro de mim que deixou-me mais perto do clímax.

-Daniel. - Agarrei-o contra mim, cravando meus dedos em sua escola.

-Confia em mim, Lilibeth?

-Claro que sim. - Suspiro.

Daniel se afasta, retirando-se de mim rapidamente para me virar na cama. Apoiei-me em meus joelhos, mãos espalmadas no colchão. Senti-lo entrar em mim outra vez, parecia loucura, estava ainda mais completa. Joguei a cabeça para trás, abrindo a boca em um grito silencioso, escutando seus gemidos roucos.

Ele me enlouquecerá.

Um de seus punhos enterrou o colchão, a outra mão tomou a minha, guiando-a até um ponto sensível de meu sexo.

-Se toque, querida esposa.

Parecia uma tortura, uma tortura deliciosa. O clímax se aproximando cada vez mais enquanto Daniel investia em mim com voracidade. Perdi o controle sobre meu próprio corpo, gemendo e chamando por seu nome. A onda de prazer me levou, pude sentir meu corpo apertá-lo dentro de mim e meu marido esperou pacientemente que meu clímax para que continuasse suas investidas.

Meu tronco caiu cansado sobre a cama, o quadril empinado para cima, cativo pelas mãos de Daniel. Poucas investidas depois Daniel jogou a cabeça para trás com um gemido rouco, de olhos fechados. Seus músculos tencionaram e senti uma súbita vontade de beijar seus tendões fortes do pescoço. Sentir seu gozo dentro de mim foi a melhor sensação que tive.

Daniel cai ofegante ao meu lado, recuperando-se de nossa atividade maravilhosa.

-Vai correr hoje? - Perguntei, brincando com seus cabelos.

-Isso a chateia?

-Não. - Balanço a cabeça para enfatizar minha opinião - Se o faz sentir-se melhor, não me incomoda.

-Eu não mereço você, Elizabeth.

-Ainda temos um longo caminho em nosso relacionamento, Daniel. Não menti quando disse que não havia outro lugar que queira estar. - Beijei seu peito.

Um singelo sorriso surgiu em seu rosto antes que ele se aproximasse, dando-me um beijo casto e se levantando para pegar sua roupa e ir se trocar para sua corrida.

É cedo e eu sei que não devia entregar meu coração ainda. Todavia é algo maior que eu, estou me apaixonando verdadeiramente por Daniel Crane e não estou arrependida.

Capitão Irresistível - Os D'evill 03Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang