Cap. 6- Trouxemos um alfa

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Após os três dias de viagem e muitas pausas para ir ao banheiro, eles finalmente chegaram ao México. Trataram logo de ir atrás dos tais Calaveras e acabaram descobrindo que eles davam festas naquela pequena cidade; apenas para pessoas "especiais", e eles resolveram entrar de penetra; se dividiram em duplas, para não chamar muita atenção.

—Que calor infernal— Lydia reclamava da temperatura pela quinta vez em um intervalo de dez minutos.

—Já disse que não devia ter trazido casacos para o México— Stiles falou já ficando irritado.

—Eu não imaginei que fosse estar tão quente! — A menina deu de ombros.

—É o México, Lydia! É claro que ia estar quente! — Stiles ergueu os braços.

A dupla chegou até um prédio que parecia abandonado, pararam na porta e encararam a entrada do local. Porta com tranca automática, duas câmeras, uma fixa e uma móvel, ao lado da porta, na direção da entrada. Stiles lembrava que alguém tinha dito para mostrar a carta para a câmera. Pegou a carta no bolso e encarou, havia uma caveira desenhada, ele imaginou que seria uma alusão ao nome da família. Lembrou das balas que encontraram no apartamento de Derek, também tinham uma caveira entalhada. "Mais egocêntricos impossível" pensou.

—O que está esperando? — Lydia perguntou esperando Stiles mostrar a carta.

A ruiva pegou a carta da mão do amigo e apontou para a câmera e, logo em seguida, foi possível ouvir a porta sendo destrancada. Stiles e Lydia entraram com calma, tentando parecer o mais normal possível; do corredor já era possível ouvir o som estrondoso, uma música eletrônica que tocava no máximo volume. Passaram direto pelo local da festa, continuaram caminhando corredor adentro, um homem apareceu no corredor para acompanha-los, caminharam calmamente.

Scott e Isaac esperavam o sinal para começarem, aquele monte de adolescente se esfregando estava começando a incomodar o alfa, enquanto o loiro parecia se divertir. Isaac via os casais se esfregando e se alisando, isso estava começando a deixa-lo excitado, olhou para baixo, era possível ver uma pequena pulsação por baixo de suas calças, olhou ao redor e quando viu que não estava recebendo muita atenção e que ainda não tivera nem sinal de Stiles e Lydia, encarou Scott e sorriu.

Vamos dançar! Gritou tentando ultrapassar o volume da música.

Eu to bem aqui! —Scott gritou sem se levantar do banco em que estava.

Eu não perguntei como você tá! Eu falei que a gente vai dançar! Agora! — Ele puxou o moreno.

Kira estava tímida, não se sentia confortável na presença de outros jovens e, com certeza, não estava confortável com a aproximação de Malia. Não que ela não gostasse da menina, ela gostava; mas a aproximação repentina era algo assustador, era da natureza das raposas desconfiarem de tudo e de todos. Kira estava em pé, abraçando seu próprio corpo, enquanto Malia dançava animada, em um momento de distração, a menina sentiu Malia tocar-lhe o ombro.

Precisa dançar! — A coiote sussurrou no ouvido da oriental.

—Ah... — Kira sorriu —Não... eu não sei dançar— Ela falou sem descruzar os braços.

—Você não entendeu! — Malia sorriu e girou a menina —Estão começando a desconfiar da gente— Ela falou e, automaticamente, Kira viu os seguranças da festa encarando a dupla.

As duas começaram a dançar juntas, suas respirações iam misturando-se ao cheiro de suor e excitação que tomava conta do recinto. A música era agitada, as duas se esfregavam com vigor, precisavam transmitir uma imagem e estavam fazendo isso direito. Desviaram a atenção dos seguranças, Kira acabou se entregando e agora dançava de verdade.

[...]

—O que fazem tão longe da Califórnia? — A voz da mulher era um pouco trêmula, Stiles concluiu que era por conta da idade.

—Estamos procurando um certo lobo... — Lydia falou analisando a sala, discretamente.

—Um lobo de grande porte— Stiles encarou a mulher —, um pouco azedo as vezes.

—Vieram tão longe por conta de um lobo? — Ela questionou debochada.

A sala estava em um clima tenso, a música ecoava baixo pelo local. A mulher falava enquanto afiava uma pequena estaca de madeira com um punhal, ela sorria ácida, enquanto o homem parado próximo a porta parecia sério.

—Ah... — A mulher sorriu após suspirar —A música jovem... — Voltou a encarar os adolescentes —Severo não gosta delas... — Virou-se para encaram o homem que estava armado e com a cara fechada —, mas eu... eu adoro, jovens são sempre... — Procurou pelas palavras corretas —Tão enérgicos, sempre surpreendentes— Sorriu.

—Três mil e quinhentos pelo Derek...— Stiles falou sem paciência.

O mais novo colocou os quatro malotes de dinheiro em cima da mesa, deu um olhar duro para a velha que sorriu animada. A mulher encravou o punhal na mesa, entre dois malotes.

—Derek Hale? — Ela sorriu.

—O próprio— Lydia falou sem tirar os olhos do punhal preso à mesa.

—O que os fazem pensar que estamos com ele?

—Isso... — Stiles mostrou a bala que encontrou no apartamento de Derek.

—Ah... isso! — Ela suspirou —É por isso que não mandamos novatos fazer os trabalhos sérios— Cruzou os braços —Nós, de fato, fomos até o Derek..., mas ele já não estava em casa quando chegamos, sinto muito meninos, ele não está aqui— Ela riu baixo.

—Então nós teremos um problema... — Lydia soltou encarando a mulher.

—Eu diria que teremos alguém muito estressado... — Stiles encarou a ruiva.

—Quer mesmo que acreditemos que não está com ele? Por que atirariam em um apartamento vazio? — A ruiva cruzou os braços.

—Nunca se sabe o que pode acontecer quando lidamos com lobisomens... — Severo falou, como quem não queria nada, verificando a carga da arma.

—Eu que o diga! — Stiles se ajeitou na cadeira —Lobisomens... sempre tão... — Gesticulou —Imprevisíveis.

A atmosfera na sala ficou pesada. Stiles agora tinha um olhar desafiador e a velha tinha um sorriso debochado montado no rosto. Ela sabia o que ele queria dizer, ela sabia ler o comportamento alheio, principalmente dos jovens.

—Vocês trouxeram um lobo para a minha casa?! — Ela gritou puxando o punhal da mesa e apontando para Stiles.

Sua voz não demonstrava nada de animação, ela gostava daquilo, ela queria aquele desafio. Ela queria vencer aquele desafio.

-Nós trouxemos o alfa! Stiles respondeu levantando olhar do punhal até chegar aos olhos da mulher.

Por dentro, ele estava apavorado, mas faria de tudo para nãotransparecer isso. Aos poucos, o sorriso no rosto dela foi desaparecendo, dandolugar para uma cara séria.


----Notas----
Sim, esse capítulo foi reescrito. Não mudei só a formatação, mas também acrescentei alguns elementos à narrativa, então é importante que leiam de novo, desculpe pelo transtorno!


Reescrevi, basicamente, todo o trabalho, mas mudanças no roteiro, foram só até o capítulo 12; a partir dele, só mudei a estrutura e corrigi alguns erros de português.


É importante vocês saberem que eu tenho um pequeno problema com atenção, então, mesmo que eu revise o texto 4548 vezes, alguns errinhos vão passar sem serem notados. Por favor relevem! 

Don't Be A Such SourwolfOnde histórias criam vida. Descubra agora