Capítulo 34 - Palavras disfarçadas| pjm

32.7K 5.8K 10.8K
                                    

adivinhem quem estava esquecendo que era dia de att? enfim, me perdoem e nao desistam de mim.

boa leitura.

🥞

Muitas vezes um grande sentimento fica entalado na garganta, porém, vive intacto dentro de um coração. — eu.

Park Jimin
01:12 AM

Desço as escadas após acordar em um sobressalto, com o corpo suado e extremamente quente. Sim, mais um pesadelo — que desejaria não ter tido — para a coleção. Infelizmente não tenho escolha alguma quando tratam-se deles, apenas aceitar que farão parte da maioria das minhas noites de sono.

Meu passado, definitivamente, me condena e ele é uma merda.

Observo com atenção todos os lados do andar de baixo, não notando a presença de Soomin, muito menos a de Jungkook. Há horas que não o vejo, nem ao menos trocamos mensagens. Minhas paranoias estão me matando e a saudade está quase me torturando também, de várias maneiras possíveis. Poxa, será que está tão mal assim, ou apenas querendo me evitar? Se for a segunda opção ele está de parabéns, porque está conseguindo. Eu não conseguiria resistir a ele por tanto tempo. Se estivesse no seu lugar, provavelmente até faltaria no trabalho para lhe ver mais vezes ao dia.

Já sem sono e chateado pelo fato do Jeon, mais uma noite, não ter voltado para casa, eu resolvo esquentar um chocolate quente para aliviar os nós de tensão que apareceram em meu corpo, após outra noite mal dormida. Durante o processo, concluo que precisamos ir ao mercado. O homem havia feito uma compra bem reforçada, porém, não o suficiente para três pessoas, somente para uma. Talvez ele não estivesse contando que passaria mais tempo do que deveria aqui comigo e que, em breve, teria mais um hóspede.

Após preparar minha bebida levemente morna, saio da cozinha indo direto para o quarto novamente, desejando ler aquele romance pela milésima vez, para quem sabe assim esquecer minha vida amorosa real que, no momento, não está sendo nada boa. Entretanto, subo apenas dois degraus, pois quando estou prestes a subir o terceiro, escuto um tipo de música soar distante. Olho para trás, analisando cada mínimo canto do cômodo. O som não é alto, é quase que ilusório para ser sincero, se eu estivesse morrendo de sono diria que estou delirando, mas estou ouvindo o suficiente para saber que não é coisa da minha cabeça. E é quando meus olhos fixam-se em uma porta do lado da escada, no corredor dela, que me permito descer os degraus para seguir em sua direção.

— Jungkook tem razão, não vasculhei essa casa o suficiente.

Dito ao parar de frente para a porta que é da mesma cor que a parede, branca. Seria invisível se não fosse pelo trinco preto. Não nego, já a vi aqui diversas vezes, só nunca tive coragem de bisbilhotar. Pouso a mão livre na maçaneta, disposto a descobrir o que está acontecendo do outro lado, sem nem me importar se estou sendo intrometido demais, porque, neste instante, a curiosidade está tomando conta de todo o meu ser. Faço uma careta quando abro a porta e um som ensurdecedor preenche os meus ouvidos, tão alto que posso me considerar em um show ao vivo. E eu até correria até o aparelho que sai o som, para desligá-lo imediatamente, se a visão que passo a ter assim que irrompo o cômodo, não fosse mais interessante.

É Jungkook.

Sim, o meu Jeon Jungkook. Aquele que estou há quase dois dias sem ver, o motivo das minhas saudades frequentes. Ele está de costas para mim, sentado em um equipamento enquanto usa os braços para puxar um peso, malhando os bíceps que estão bem marcados. O moreno não usa camisa, está com as costas nua. Mordo o lábio, admirando a forma como ele trabalha os músculos do corpo com muita atenção, como faz cada movimento de uma forma precisa. Me encontro preso até mesmo no suor que seu corpo expulsa, o fazendo respirar pesadamente, demonstrando um cansaço de alguém que deve estar treinando por longos minutos.

In Your Hands × jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora