• Se Arrependimento Matasse •

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Algo em meus braços pinicavam meus pulsos a ponto de prender metade do meu sangue e impedir minha circulação sanguínea. Ao abrir os olhos devagar, uma forte e torturante náusea tomou minha visão.

Mal conseguia pensar e simular o lugar em que me trouxeram. Ainda que meus pés estivessem livres de cordas ou algemas, meu corpo gritava e pedia por socorro pela posição dolorida que me colocaram.

Me ajeitando na cadeira de madeira o bastante para que eu pudesse dar uma breve olhada no que parecia ser um galpão, tudo estava escuro, exceto por um círculo de luz que me rondava. Outra cadeira estava posta a minha frente e uma mesa de metal recheada de facas e objetos de tortura ao meu lado.

- Senhorita Ae-Cha. - De repente algumas luzes se acenderam e tive a chance de ver alguns homens de preto cuidando das saídas do galpão. O que me intrigou foi ver Sung perto do Senhor Kim, que vinha diretamente na minha direção.

Sung não parecia feliz e nenhum pouco gostando da situação em que ela mesma me colocou. Ao contrário do Kim, ele sim estava começando a se divertir com a careta que eu fiz ao olhar para todos totalmente surpresa.

"Não, eu não vou demonstrar susto ou medo, é exatamente o que ele quer".

- É um prazer vê-lo novamente, senhor Kim, e você também, Sung. - Dei um sorriso mínimo aos dois que ficaram surpresos com a minha reação - É uma pena que vocês não saibam sequestrar uma pessoa de forma atual... sério? Me dopar com sonífero e me trazer para um galpão? Isso é extremamente ridículo, além de que só prenderam minhas mãos, meus pés ainda estão livres. Não acha isso uma burrice da sua parte, senhor kim?

Uma parte da sua felicidade se transformou em puro ódio no momento em que um sorriso ousado se formou em meu rosto.

- Seu teatrinho não vai rolar comigo, garota, por que acha que consegui te sequestrar?

- Sei lá. - Dei de ombros, meus lábios se uniram em forma cínica e brevemente eu acabei olhando para Sung - Talvez porque você é um babaca e prende o seu filho num conto de fadas criado por sua mente de merda.

Concordando comigo, o senhor Kim andou até Sung e colocou os braços envolta do pescoço dela. Sua reação foi assustadora, ela tinha receios e seu medo cheirava mal de longe.

- Sung me deu todas as informações que eu precisava para te derrubar, mas não eram o bastante para que eu... - O interrompi.

- Eu sabia que não podia confiar em você, imaginei que aquele almoço não foi só para comermos como amigas de verdade... mas você não é minha amiga de verdade, né? - Dei risada. Não acredito que ela fez isso comigo, está mentindo pro marido dela e cometendo erros só para agradar ao senhor kim.

- Eu não quis... não foi intenção minha me descul...

- Já chega, sem ressentimentos! Sua hora chegou, eu lhe dei uma escolha antes e você negou, agora vai morrer com uma morte dolorosa e bem torturante. Amanhã ninguém vai se lembrar de você, querida. - Ele se aproximou muito de mim, segurando meus dois ombros e olhando profundamente em meus olhos.

- Pera, você não falou que ia matar ela, esse não foi nosso combinado. - Sung pronunciou de forma perplexa, mas isso não impediu o mais velho de sobreatacar.

- Oh, minha cara nora, você caiu direitinho nas minhas armadilhas e fez exatamente o que eu quis que fizesse. - Foi até ela e descaradamente acariciou o rosto da Sung - Pode escolher se juntar a mim, ou vá embora e finga que nada aconteceu, ah! E caso diga algo a alguém.... - Levantou o rosto dela - Eu mesmo mato você.

Totalmente pasma, Sung saíu correndo para fora do galpão sem ao menos dar uma palavra. Estava frio, meus pelos se eriçavam com frequência. Só agora percebi que estava descalça e metade da saía do meu vestido rasgado por esses idiotas.

𝕸𝖞 𝖇𝖔𝖘𝖘 °𝕂𝕀𝕄 𝕊𝔼𝕆𝕂𝕁𝕀ℕ°  [Terminada]Where stories live. Discover now