Opostos

Adeus

Depois das palavras que ele disse eu não queria parar de beija-lo, eu nunca escutei essa frase sendo solta com tanta sinceridade e com tanto carinho. Paramos de beijar para respirar e ele sorriu. Me pediu para ir dormir em sua casa até o dia de eu viajar. Pensei um pouco e não sei se seria uma boa ideia, minha mãe entrou no quarto com lanche e ele logo perguntou:

— Seria algum incomodo, ele dormir lá em casa?

— Não, claro que não, ele precisa saí já tem dias que não sai e que não come também.

Depois disso ela sai e me deixa contra parede.

— Não está se alimentando que bonito em.

— Estou sem fome.

— Come só um pouco vai, por mim.

— Só um pouco.

— Eeeeeeeee. Soltou um berro alto

Olhei de cara fechada e não disse mas nada.

— Vamos dormir lá em casa então?

— Não sei se seria uma boa ideia.

— Ah, por favor.

— Só essa noite.

— É tudo o que eu preciso mesmo.

Terminamos de lanchar, peguei uma roupa e saímos para ir a sua casa. Entramos no carro e estava tocando logo a música que me fazia chorar e infelizmente lembra do Jack.

— Pode trocar de música?

— Por que já se apaixonou pela pessoa errada?

— Com certeza.

— Todos fazem isso pelo menos uma vez na vida.

— Então, já aconteceu com você?

— Já. No colegial eu me apaixonei por um garoto, achei que íamos ser para vida toda. Mas ele só quis experimentar e tirar fotos minhas e me expor por aí.

— Que babaca.

— É, ele foi um babaca mesmo, sofri por meses, virei o assunto do ano. Mas com ajuda de uns amigos consegui superar.

— Imagino o quão ruim foi... Aconteceu quase a mesma coisa comigo.

— Como o que?

— Tiraram fotos minha e do meu primo transando e mandaram para o meu pai, por isso ele descobriu que eu sou gay e vai me mandar pra longe.

— Chegamos.

Subimos em silêncio para o seu apartamento, chegando lá ele diz.

— Quer fugir,então?

— Que!? Como assim?

— Ué pelo visto você não quer ir, então só nos resta fugir.

— Não, não nos resta fugir. E outra eu não vou meter você nisso, eu não tenho nada com você.

— Eu sei que não temos nada,mas eu não quero perder você. Não consegue perceber isso, quando você sumiu eu fiquei desesperado. Achei que tivesse feito algo errado ou que só fui mais uma noite.

— Você não foi só uma noite, eu quero ter você em todas. Mas eu não posso te envolver nisso, você tem seus amigos, tem a escola e não vale a pena largar tudo isso por um garoto que nem eu.

— Você é um garoto especial, que eu não vou deixar ir com  tanta facilidade. Alguém como você eu jamais vou encontrar.

— Você é jovem, tem certeza que achará outros.

— Eu quero apenas você...

Eles ficaram se olhando por um período e Oliver se aproximou e o beijou suavemente. Pediram comida e Oliver foi tomar um banho. Theo deitou no sofá e começou a assistir um filme qualquer que estava passando na televisão. Horas se passou eles comeram e foram deitar. Theo foi banhar e deixou a porta aberta, Oliver como não é nem um pouco bobo ficou o espiando e começou a ficar excitado, até que não aguentou e invadiu o banho.

— Tá fazendo o que aqui Oliver? Não já tomou banho.

— Não resisto ver você aqui sozinho.

Alguns beijos quentes começou a rolar. Saíram do banho, colocaram uma roupa e Oliver perguntou:

— Posso dormir na cama com você?

— Claro.

Eles deitaram, se beijaram algumas vezes até caírem no sono. Logo pela manhã, Theo acorda e já se depara com ele trazendo o café na cama.

— Não precisava disso.

— Só quero fazer você se lembra desses momentos comigo.

— Jamais me esquecerei de você.

O mesmo o beijou suavemente e tomaram o café. Theo foi para a sua casa, deitou em sua cama e não conseguia parar de sorri.

Os dias se passaram e no dia seguinte seria sua viagem. Seus pais foram a uma reunião voltaria logo pela manhã para deixá-lo ao aeroporto. Theo estava deitado na sala, até que tocam a campainha de sua casa. Para sua surpresa era o Oliver, lindo como sempre.

— O que faz aqui?

— Não consigo para de pensar em você.

Ele pula para cima dele da um beijo intenso e com muita sensualidade. Eles vão andando até cair no sofá, as coisas ficam cada vez mais intensas até que. Theo para com tudo.

— Isso não pode acontecer.

— Achei que estava curtindo

— Eu estou, só estou falando que não pode acontecer aqui na sala. Solta um sorrisinho malicioso

— Vamos para onde quiser.

Sobem para o quarto de Theo e lá começam a se pegar novamente. Theo tira o blusa dele e Oliver faz o mesmo as coisas ficam intensas ao ponto deles nem perceberem que só estão de cueca.

— É isso que você quer?

— Sim, eu desejo você.

Theo desce a mão até o membro do mesmo e começa a toca-lo até ele chegar ao ápice, ele se posiciona em cima de seu membro. Oliver segura em sua mão e o penetra, o ritmo aumenta conforme o prazer de ambos. Até que se cansam.

— Vou sentir sua falta.

— Também vou sentir a sua. Não se esqueça de mim quando parti amanhã.

— Impossível esquecer.

Ele sorrir e o beija. Pegam no sono, até que Theo acorda assustado procurando as horas. Eram 4:15 hora do Oliver ir.

— Ei, você precisa ir

— São que horas?

— 4:15

— Jajá eu vou.

— Meus pais podem chegar a qualquer momento, você tem que ir ou então eu nunca mais vou poder vê-lo.

— Tá bom, estou indo.

Eles descem e dão um beijo de despedida. Ele volta e se joga na cama, acorda com sua mãe o chamando para se arrumar. Ele toma um banho, se arruma, toca café e saí. Durante todo o trajeto, ninguém diz nenhuma só palavra. Chega o momento da partida se despede dos seus pais e de longe vê que Oliver o observa, solta beijo quando ninguém observa. Vira e parte. Lágrimas começa a cair eles as limpa.

— Vida nova mas não sozinho...