Mesmo sendo filha de jogadores de volêi, futebol sempre foi o esporte preferido de Aiyumi, mas após a notícia de que seu pai teria poucos meses de vida, ela resolve dar a ele a chance de vê-la jogar uma vez. Porém ela acaba sendo recusada no time de...
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— Aí você faz assim e "pom". — O ruivo disse juntando os braços para fazer o que ele estava chamando de recepção.
— E... "pom"...? — Jogo minha cabeça para o lado, confusa com sua explicação.
— Eu não sei explicar muito bem. — Hinata diz, afagando sua nuca com um sorriso tímido no rosto. — Kageyama, você disse que ajudaria!
— Vamos deixar isso pro Nishinoya. — Kageyama pronuncia.
— Nishinoya? — Pergunto.
— É o nosso líbero! — Hinata responde. — Você pode ficar até mais tarde, os demais integrantes do time irão chegar para treinar em breve! Assim, posso apresentar eles para você.
— Vamos treinar seus cortes. — Kageyama diz ao me entregar a bola. — Você lembra do movimento que eu te ensinei, certo?
— Sim, mas... — Tento protestar enquanto o maior me leva para atrás da linha de saque.— Eu são sei cortar uma bola no ar!
— Apenas jogue a bola para mim, corra, pule e efetue o movimento. Eu levarei a bola até você. — Ele começa a se afastar. — Seja rápida. Se você não for rápida o suficiente eu não levantarei mais pra você.
— Kageyama! Por que você tem que ser assim...? — Hinata lamenta.
Apertei a bola entre as mãos, hesitante em jogá-la. Visualizei o ponto da rede para o qual eu iria efetuar o meu corte. Joguei a bola para cima na sua direção e corri o mais rápido que pude. Flexionei meus músculos e dei impulso com a com a mesma força como se estivesse chutando uma bola.
A sensação da vista de cima da rede foi incrível...
Selei as pálpebras e esperei pela bola. Efetuei o movimento do saque esperando a bola que me foi prometida.
Mas que não veio...
Abri os olhos assim que pousei no chão, encarando a minha mão que havia cortado o ar.
— Por favor... — Me virei para Kageyama. — Eu vou ser mais rápida, eu prometo! EU-
— Desculpe. — Disse Kageyama.
— Hun?
— Eu não acompanhei você. — Disse ele novamente. — Você foi... rápida demais.
— Eu fui... — Comecei a dizer mas fui logo cortada.
— De novo! — Kageyama me arrasta para atrás da linha de saque. — Não se contenha.
O garoto me lançou um olhar, como se eu estivesse desafiando ele.
— C-certo. — Segurei a mesma antes de jogá-la para cima novamente. — Correrei o mais rápido que eu puder.
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— MAIS UMA VEZ! — Kageyama diz colocando a bola em minhas mãos.
— Você conseguiu acertar a bola nas minhas mãos na 5° tentativa. — Eu disse. — O que você está fazendo?
— Preciso me adaptar ao seu ritmo. — Ele respondeu.
— O objetivo era você você me ensinar a jogar, não ficar me usando para treinar. — Protestei.
— Kageyama! Levante para mim! Levante pra mim! — Hinata se empolgou e o maior apenas deu os ombros ao concordar.
Fui até o fundo da quadra e apanhei as coisas que eu havia deixado ali. Me virei ao ouvir o barulho da corrida de Hinata, ele era incrivelmente rápido. Arregalei os olhos ao ver seu pulo. Por fim, cortou a bola num tempo impecável.
— Incrível... — Balbuciei com o desejo insaciável de vê-los colocar tal ataque durante um jogo.
Kageyama revezou seu olhar entre Hinata e eu por um instante antes de finalmente dizer olhando diretamente para o ruivo:
— Você é lento.
— HUN?! — O menor emitiu um som de indignação.
— Há algo que eu possa fazer para ver vocês jogando? Ou treinando? — Perguntei, relativamente encabulada com minha própria audácia.
— Podemos perguntar para a Hitoka se ela precisa de ajuda. Ela é a atual gerente da equipe. — Kageyama respondeu. — Você deveria falar com ela.
— Sério? Vocês fariam isso? — Me aproximei dos dois garotos.
— Hm, sim, é claro. — Hinata pronuncia.
Não consegui conter minha felicidade e pulei entre ambos para um abraço.
— Obrigado! Eu agradeço de verdade! — Digo ao me afastar, sorrio ao vê-los corar diante minha ação. — Eu estou indo, vejo vocês amanhã?
— C-claro! — Responderam simultaneamente.
Segurei minha bolsa e meu casaco ao lado do corpo e corri para fora do ginásio. Eu estava tão feliz que absolutamente nada poderia arruinar o meu dia.
Ao virar para trás do ginásio trombei com algo, acabei desequilibrando e caindo num canteiro lamoso pela chuva do dia anterior.
— DESCULPE! Eu... — Ele estendeu sua mão. — Você é do ginasial?
Ah não... essa pergunta de novo NÃO!
Dei um tapa em sua mão, afastando a mesma.
Levantei sozinha e senti a lama escorrendo pelas minhas pernas. Fechei a cara e cerrei os dentes enquanto começava a me preparar mentalmente para a bronca que levaria de minha mãe.
— Droga! — Passo a mão pelas minhas pernas, numa falha tentativa de me limpar.
— Então você estuda aqui... Você não olha por onde anda?
— COMO É?! — Praticamente gritei.
Levantei o rosto, encarando o garoto de cabelos pretos penteados para cima, com um tufo loiro caindo em sua testa. Suas bochechas coraram levemente assim que me viu.
— D-descupe. — Disse ele.
— Isso só pode ser brincadeira. — Murmurei para mim mesmo. — VOCÊ não olha por onde anda?
— Ei! Foi você que trombou comigo!
— Não importa! Droga! — Eu comecei a andar. — Meu dia estava perfeito!
— Espere! — O mesmo me chamou.
Uma blusa voou em minha direção e eu a agarrei no ar. O garoto me olhou uma última vez antes de sair.
Agarrei a blusa em meu peito antes de ir para o banheiro. Consegui tirar a maior parte da lama em minhas pernas e braços, porém minha roupa e cabelo mantinham-se em péssimo estado.
Vesti a blusa que me foi dada, a qual era um pouco maior do que eu, e fui embora para minha casa.