Eu não aguentava mais, sentia como se diversos pesos estivessem amarrados em minhas pernas. Não sei de onde eu tirava forças para correr, mas eu estava o fazendo. Sabia que se parasse ou vacilasse por um segundo, cairia no chão e não conseguiria levantar mais. O ar pesado e gélido faziam meus pulmões doerem e minha visão estava turva por causa das lágrimas.— YUKIHIRO! — Ouço uma voz chamar pelo meu nome.
Eu tomo um susto por causa da voz, o que me faz perder totalmente a concentração, então minhas pernas falham de vez. Pensei que encontraria o chão, mas fiquei propensa sobre os braços de alguém.
— Yuki! — A voz de Tsukishima soa novamente. — VOCÊ É IDIOTA?
— Tsukki... — Meus lábio formam seu nome enquanto meus sentidos voltam.
— Suba! Te levarei até o hospital. — Disse ele enquanto me ajudava a subir em um banquinho infantil que tinha na parte de trás da bicicleta. — Se segure no banco.
Eu ignorei o que ele disse e passei os braços em volta de sua cintura, agarrando o tecido de sua roupa e encostando minha cabeça na superfície de suas costas.
— E-ei! Você tem algum problema de cognição? Eu disse pra se segurar no ban-
— Obrigado, Tsukki. — Eu disse com uma voz chorosa enquanto o apertava contra mim cada vez mais.
— Merda! — Ele diz e começa a pedalar. — Não me aperte tanto, eu preciso de algo chamado "fôlego" se você quiser que eu continue pedalando. Então não me atrapalhe!
Pude descansar um pouco enquanto o loiro me levava até o hospital. E após aproximadamente 15 minutos nós chegamos no local. Abandonei a bicicleta e corri para dentro do lugar, passando pelas pessoas e indo até a recepcionista.
— Shinsou Yukihiro! Onde ele está? — Perguntei para a mulher.
— Você é familiar?
— Sou a filha dele!
— Aiyumi! — Ouvi a voz da minha mãe e corri até ela.
— Mamãe! Onde está o papai? — Perguntei. — Ele teve uma parada cardíaca? O que aconteceu?
— Foi bem pior do que parece. — Ela diz se sentando em uma das cadeiras da recepção. — Ele está fazendo um cirurgia de emergência.
Senti meu coração apertar em meu peito. O medo da perda tomou conta de todo o meu ser e minhas lágrimas começaram a jogar pelos meus olhos.
— Não chore, Yu. — Minha mãe disse. — Seu pai é forte, não é...?
Olhei pra ela, estava sorrindo para mim. Apesar do rosto abatido com a pele pálida e têmporas avermelhadas de tanto chorar, ela tentava me acalmar. Minha mãe tinha uma personalidade extremamente difícil, fazia coisas exageradas e as vezes não me tratava muito bem. Talvez, se estivesse em seu lugar, eu também surtaria.
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Crows • [Haikyuu]
FanfictionMesmo sendo filha de jogadores de volêi, futebol sempre foi o esporte preferido de Aiyumi, mas após a notícia de que seu pai teria poucos meses de vida, ela resolve dar a ele a chance de vê-la jogar uma vez. Porém ela acaba sendo recusada no time de...