Capítulo 7 - Sem rastros

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► Moonlight — Ariana Grande

Portland, Oregon — Estados Unidos.
Sexta-feira, 10:55 P.M.

Samuel Adams Point Of View

E o silêncio continuou.

Se a sequestraram eu nunca irei me perdoar, eu estava a quase um cômodo de distância dela e simplesmente não a ajudei, deveria ter ido mais rápido, se eu não tivesse levado na brincadeira, talvez ela ainda estivesse aqui.

— Para o nosso azar, não tinha milho de pipoca, deveríamos ter ouvido vocês. — comentou o Isaac entrando na cozinha com a Alana com cara de decepcionado. — Não se faz brigadeiro com o fogo desligado... cadê a Mandy? — ele fitou o fogão e logo em seguida fixou o olhar em mim.

Eu não respondi, eu não sabia o que falar. Estou perturbado demais para responder a qualquer pergunta.

— Cadê a Mandy? — a Alana repetiu a pergunta. — Estou ficando preocupada...

— Foi tudo tão rápido, ela se... — eu parei de falar porque minha garganta começou a ficar arranhando.

— Foi para onde? Samuel, eu vou perguntar mais uma vez e eu quero que me responda: cadê a Mandy? — ele estava nervoso.

— Eu não sei. — falei bem baixinho com a cabeça abaixada. — Eu só fui pegar a tigela para a pipoca e... escutei um grito... ela tinha gritado... — eu estava gaguejando, estou com medo. — E quando eu voltei, ela não estava mais aqui. A porta está entreaberta.

Isaac Parker Point Of View

Eu me culpo pelo desaparecimento dela. E se eu tivesse comprado a pipoca antes? Eu estaria lá com ela, prometi protegê-la e não cumpri e eu sou um fracassado por isso.

O Samuel é o que tem mais culpa, ele estava praticamente do lado dela e deixou isso acontecer?

Só confirmo uma coisa: eu vou encontrá-la, nem que eu reviste Portland inteira, eu irei.

— COMO VOCÊ DEIXOU? VOCÊ É TOTALMENTE IRRESPONSÁVEL. — urrei com raiva.

— Isaac, entenda... a Mandy... você sabe, né? Ela é bem brincalhona. — a Alana parecia estar um pouco receosa ao dizer isso.

— Você está mesmo a culpando? — falei tentando me controlar. — Olha, se você tivesse... PRESTADO MAIS ATENÇÃO E NÃO TIVESSE FICADO DE PALHAÇADA. — voltei a gritar me aproximando do Samuel.

— Parem agora vocês dois! Vejam isso. — ela olhou para o chão e eu acabei de notar algo que não tinha notado antes.

Pegadas. O sequestro não ficou totalmente sem rastros, tinha um.

— São pegadas de um homem. — afirmou o Samuel.

Não conseguia pensar em outra coisa a não ser o que estariam fazendo com ela agora. Estariam a abusando? Estariam a machucando? Estariam a torturando? Ou será que ela está...

Morta.

Um turbilhão de pensamentos não paravam de passar pela minha mente, não consigo negar que eu não consigo me concentrar em mais nada.

Tenho que fazer alguma coisa, ela precisa de mim e eu preciso dela.

— E se... — falei com um tom de esperança que emergiu em minha voz. — Ele não deve estar muito longe a essa altura, não é? Vamos supor que ele estivesse a carregando nos braços, isso leva tempo, não é?

— Sim, e o Samuel não falou nada de ter ouvido barulho de carro. — a Alana concordou.

— Eu não ouvi mesmo não. — confirmou.

— Ótimo, vamos primeiramente ligar para a polícia e procurá-la. Não esperaremos a polícia chegar, se sairmos agora, teremos chances de recuperarmos ela ainda hoje. — falei esperançoso.

E eu estou aspirando para isso, ansioso para abraçar a Mandy e sentir seus belos cabelos macios em meus ombros, vivenciar mais uma vez seus olhos castanhos encarando os meus enquanto nós flertavamos acidentalmente.

E assim, procuramos pela Mandy e eu não desisti tão fácil, faltavam 5 minutos para o pôr do sol. Estava cansado? demais, mas só vou parar quando eu achá-la. A polícia fez as típicas perguntas que sempre faz;

Qual foi a última vez que vocês a viram?

Como ela desapareceu?

Viram algum rastro?

Enxergaram o sequestrador mesmo que rápido?

Eu ficara frustrado porque nem o Samuel ou a Alana e muito menos eu, não sabíamos responder a última pergunta. Só tínhamos um rastro: era um homem que, segundo a polícia, calçava 42. Quantos homens tem em Portland que calçam 42? Centenas. É uma pista, mas não é muito concreta.

— Vamos voltar para a casa da Mandy, Isaac. — hesitou a Alana em tentar novamente me chamar.

Já era a terceira vez que ambos me chamavam para voltar para lá, talvez se... a polícia tivesse deixado passar alguma coisa? Preciso verificar.

E cá estou eu procurando algo, sinto-me tão burro por procurar alguma coisa onde a polícia já passou o pente fino.

É só pensar, Isaac.

Sentia-me em êxtase, porém depois de muito tempo refletindo, cogitei em uma possibilidade:

— E se... — estava tentando completar meu raciocínio até que fui interrompido.

— Posso ajudar vocês? — ouvi uma voz familiar falar atrás de mim.

Quem será o sequestrador da Mandy?

A fanfic chegou a 400 visualizações, vocês tem noção disso? 400 pessoas vêem o meu trabalho e o acompanha. Cada visualização para mim é um presente. Muito obrigado a todos. Continuem votando e comentando para que eu permaneça entusiasmada para postar sempre os próximos capítulos.

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