Capítulo 10 - Psicopata imprevisível

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► Gangsta — Kehlani

Medford, Oregon — Estados Unidos.
Sábado, 5:15 A.M.

Mandy Williams Point Of View

— Eu não acredito... por que justo você está fazendo isso comigo? — tentei falar com o pano na minha boca. As palavras saíram abafadas, mas eu acredito que conseguiram ouvir.

É a Violet e um garoto que eu acho que ele é da mesma escola que a minha, mas eu não consigo me lembrar do seu nome. Ele tem olhos castanhos claros e cabelos lisos, tem a aparência de ser um pouco mais novo.

— Sério que não desconfiou de mim? Pelo menos eu fiz alguma coisa certa na vida. — ela deu um sorriso convencido e tirou o pano da minha boca para que eu pudesse responder suas perguntas com mais clareza. — Na verdade, é a segunda vez que faço algo bastante bom, a foto que eu tirei sua com o Isaac ficou ótima para sujar sua reputação.

Foi um erro ela ter feito isso, porque eu aproveitei a chance e comecei a gritar.

— Não vai adiantar, olhe ao seu redor. — disse a Violet, que aparentemente está calma.

Ao meu redor só tinha mato e uma estrada de barro que tenho certeza que foi por ela que nós chegamos aqui. A poucos passos encontra-se uma casa de madeira abandonada e assustadora no meio do campo, a sua impressão é de que tivesse sido deixada a anos para os cupins terminassem de destruí-la.

Tentei me soltar de outro jeito: mexendo meu corpo bruscamente, mas é impossível. São dois contra um.

— Então foi você que espalhou a foto para a escola toda ver? Sua... — não completei a frase, pois ela me interrompeu.

— Leve-a e cubra sua boca, a voz dela me irrita. — ela falou obviamente se referindo a mim.

— Sua idiota! Não tenho tempo para pegadinhas, me solte agora! — gritei ainda com esperanças de que isso fosse apenas uma brincadeira de mau gosto bem planejada e que eles irão me soltar.

— Pegadinha? Você é muito tola. — sorriu.

E assim, o tal garoto me levou para dentro da casa estranha, não é muito interessante, nem por dentro nem por fora. Tem móveis quebrados, uma escada que tem degraus caindo aos pedaços, muita poeira acumulada e muito mal iluminada.

Ele afastou o tapete e agora sim vejo uma coisa interessante: uma abertura que leva a uma escada; um porão.

O porão está nas mesmas condições que a casa inteira com exceção da escada que o acompanha, em vez de degraus de madeiras desgastados, tem pisos com uma aparência muito antiga e possuía uma janela muito estreita que só uma pessoa muito magra como o Isaac, por exemplo, passaria por ela.

E me lembrei de uma coisa: dos meus amigos, do Isaac, da Alana, do Samuel e até do Jordan. Será que eles estão me procurando? Ou nem notaram que eu desapareci? Será que estão sentindo a minha falta neste exato momento?

Fui largada em uma cadeira e amarrada com as cordas ao redor dela.

— Qual o seu nome? — perguntei ao garoto que ainda não se manifestou.

Lost Girl | Hailee SteinfeldWhere stories live. Discover now