Eu já gosto do escuro, gosto de temas fúnebres, de velas negras e vermelho sangue em rosas espalhadas por um jardim ou cemitério numa noite embriagante
Aquele velho ritual que faz parte de mim, no mundo que me condena e me julga, ali sou livre, para desejar, livre para apreciar um alvorecer de mim mesmo que está a se entregar
Esquisito e muitas vezes esquecido, triste, sozinho, mas ali como bruxo, bruxo de mim, sou capaz de mostrar que nas trevas eu não me escondo, eu vivo, eu me desmonto
Sou eu mesmo no escuro, sou eu mesmo ali olhando e observando outro sorri, queria saber o significado daquela expressão, me fascina mas ao que dizem eu não tenho coração
Só queria poder conversar, mostrar que a muito mais em mim do que eles estão a me rotular, um passo de cada vez, pelo menos eu já sei, eu não estou sozinho, encontrei você
Poeta: Amauri Lima
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Poemas Obscuros
PoetryUm resignificado para tantos que no escuro, abordando várias palavras e dando novo significado a elas, mostrando uma visão diferente do que escuro, da noite, do que se tem medo, do diferente, tudo em forma de poesia. Uma visão particular minha, que...