[EM ANDAMENTO]
Taehyung é um jovem inconsequente e tatuado que toca como tecladista de uma banda ainda não muito conhecida. Após reprovar duas vezes o último ano do ensino médio seus pais o mandam para um colégio interno muito mais regrado e mesqui...
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Eu nunca fui um cara muito vaidoso.
Além da higiene básica e do cuidado com minhas tatuagens, eu nunca me preocupei tanto com o resto. Minhas roupas não estão na moda, eu não tenho cremes de pele ou hidratantes corporais e meu shampoo está no fim.
Então foi apenas quando acordei, vi que meu cabelo não parava quieto e que havia uma espinha enorme na minha testa, percebi que precisava de ajuda.
Chamei Hyerin no grupo de chat, que ela havia criado com todos os meninos, e pedi para que me ajudasse com o cabelo e a pele.
E suponho que ela se animou demais.
Em dentro de vinte minutos estávamos todos sete no meu dormitório, fazendo um "dia de spar" gerenciado por Jin, Hyerin e Hoseok.
Enquanto Hoseok, Jungkook e eu estávamos pintando as unhas com máscaras faciais no rosto, Jin e Hyerin retocavam os cabelos de Yoongi e Jimin.
— Quer parar de reclamar? — Jin esbravejou dentro do banheiro enquanto passava a tinta verde menta, que Jimin tinha comprado no domingo passado, nos fios de Yoongi.
— O cheiro da tinta é ruim e só você está de máscara, idiota — Yoongi resmungou, com a fala um pouco abafada pelo pirulito de cereja que chupava e pelo silêncio que se instalou no banheiro presumi que a pequena discussão havia acabado.
— Meninos, está na hora de tirar as máscaras faciais! — Hyerin exclamou, aparecendo no corredor do quarto com as mãos vestidas pelas luvas sujas da tinta laranja — Venham.
Eu assenti positivamente e cutuquei Jeongguk apontando para a máscara e para o banheiro como uma forma de dizer a ele – já que com as unhas pintadas seria difícil escrever – que pareceu entender e se levantou junto a mim e Hoseok. Tiramos as máscaras e massageamos nossos rostos, todos no aperto do pequeno banheiro.
— Ei Taehyung, venha aqui — Hyerin me chamou, estava no canto do box do chuveiro e eu fui até ela sob o olhar curioso de Jeongguk, que antes passava o protetor em minha pele — Me deixe tirar esse vulcão da sua testa, está muito amarelo — ela tirou as luvas sujas de tinta e eu me aproximei da garota — Se abaixe gigantão, eu não tenho mais que um metro e meio.
Eu ri baixo e me agachei rente a garota que segurou meu rosto com as pequenas palmas e apertou minha testa sem dó.
— Aí está doendo! Que mão pesada — resmunguei, mas a garota apenas riu de mim e continuou a apertar minha testa — Quer espremer meu cérebro junto Hyerin?
