11 - A QUASE PRIMEIRA NOITE

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Noah Urrea

— Enfim, a sós! — A puxo pela cintura e começo a desabotoar seu casaco. Perco a paciência e o abro com um puxão e todos os botões estouram e então, a puxo para mais perto e beijo seu pescoço. Ela tem um cheiro doce... aquele mesmo cheiro que predominava seu quarto.

Puxo o casaco para baixo e ele cai no chão. E então, coloco minhas mãos por dentro do fino vestido branco que cobre seu corpo e beijo o topo de seu seio. Suas mãos estão em meus braços — Você tem um gosto delicioso, sabia?! — digo e jogo seu cabelo para trás para dar-me uma visão mais livre dela e assim, explorar melhor minha ninfeta —A gente vai se divertir, amor!

Sento-me na cama e a guio para que ela sente em meu colo. Tê-la em cima de mim, com as pernas abertas é tudo que meu pau precisava para acordar com força total.

Estou tão impaciente, que rasgo a parte de cima do vestido sem nenhuma delicadeza. Ela está com um pequeno sutiã de renda branca que é quase transparente e mostra um pouco dos bicos dos seus seios. Passo minha língua por cima do tecido e arrasto meus lábios novamente para seu pescoço. Quero prová-la de todas as formas, mas hoje não.

— Agarre meu pescoço! Eu preciso de você rápido. — digo excitado — As preliminares que fiquem pra mais trade... eu preciso te foder agora mesmo. — Rasgo sua calcinha por baixo do vestido branco e minha paciência é curta.

Ela põe os braços ao redor de meus ombros e eu a giro para pôr suas costas no colchão, fico ainda mais frenético. Estou no meio de suas pernas e esse vestido rasgado já não cobre mais suas pernas decentemente e isso me faz perder totalmente o controle. Eu pressiono meu quadril no dela e isso me deixa com mais vontade, e minhas mãos passeiam por todo o seu corpo, por fora e por dentro das roupas que sobraram. Foda-se a calma, eu quero transar com ela e é agora.

— Você tem tomado pílula? — pergunto e ela balança a cabeça em negativa.

Me levanto e pego um pacote de preservativos no criado-mudo. Pergunto se ela tem preferência, mas ela balança a cabeça dizendo que não — Você tem problemas com lubrificação, amor? — ela balança a cabeça em negativa.

Pego um pacote de camisinhas e jogo em cima da cama e volto ficar em cima dela, mas quero ficar entre as pernas, então as separo.

Subo ainda mais seu vestido e vejo um roxo acima de seu quadril, e me lembro que fui eu quem causei quando tentei pôr seu cinto de segurança, e por extinto, eu beijo o hematoma. Subo meus beijos molhados por seu torso até chegar em seus lábios. Eu até comecei o beijo devagar, mas seus lábios eram tão macios, que não me controlo, enquanto meu pau raspa de leve em suas pernas.

Seguro seus pulsos acima de sua cabeça, e quando deixo seus lábios para pôr meu pau em sua entrada, vejo uma coisa que não esperava...

— Eu te machuquei? — Pergunto preocupado.

— Não! — Ela fala ainda com lágrimas nos olhos.

— O que houve? — Insisto.

— Não é nada. — Ela diz baixo— Continue... por favor!

— Como não? Você está chorando... — digo — Any, o que foi? — insisto.

— Por favor, eu imploro... continue! — ela chora e me olha soluçando — Não me faça falar o que eu quero de fato falar. Então, faça isso de uma vez... Por favor! — Estou perplexo.

— Eu não vou transar com você! — digo — Olha o seu estado... Any, o que houve? Eu não quero sentir como se eu estivesse violando você! — reafirmo — Por favor, me fala o que houve. — Continuo insistindo e tento manter a calma, mas minha voz sai alta demais, como em um grito — Por que você está chorando?

— O que houve?! Eu fui forçada a me casar e você me pergunta o que houve? — ela diz magoada — Eu não queria me casar, eu não queria estar aqui. — Ela chora como se algo nela estivesse doendo e parece que em mim, algo também dói ao ver seu desespero — Eu queria estar em casa... com papai, com Arth e com Cat. Eu queria estar com a minha família.

— E por que você não me disse? Eu só aceitei me casar nessas condições porque achei que você havia concordado, ao menos, foi isso que me foi passado, Any. — E de fato, o pai de Any disse que ela tinha concordado com um casamento.

— E que escolha eu tenho? — pergunta — Ah, é! Eu não tenho! — ela diz — Eu não posso dizer não. Eu nem ao menos mando em mim! — limpa a garganta — Passei de propriedade de meu pai para ser sua propriedade. Passarei de obedecer a ele, para te obedecer. De fazer as vontades e seguir ordens dele para fazer suas vontades e seguir as tuas ordens. Não é isso que eu sou? Manipulável?! — diz e abaixa os olhos — Então, por favor, acabe logo com isso.

— Any, você não é minha propriedade. Você é minha esposa! — digo inconformado — Eu não tocaria em você se eu soubesse que você não queria. Eu jamais, em hipótese alguma, te forçaria a fazer algo sem o seu consentimento. Eu não sou observador no sexo. Se seu desespero não estivesse tão nítido, eu não teria notado. — falo a verdade — E se eu penetrasse você sem seu consentimento? — pergunto — Como você acha que eu me sentiria depois? — induzo a reflexão — Você ia mesmo deixar que eu continuasse?

— Sim! — Ela diz ainda chorando.

— Mesmo contra sua vontade? Por quê? Eu não entendo. — pergunto perplexo — Eu nunca obriguei mulher nenhuma a nada, não seria você, minha esposa, a primeira.

— Porque é o que um casal faz, não é? — Ela não para de chorar — Eu tive que largar tudo! Minha família, meus amigos, minha faculdade... meus sonhos.

— Não, não é! Um casal fode porque quer foder, não por obrigação — Falo quase gritando — Se um casal fode por obrigação, provavelmente, são infelizes e não é nada saudável. — digo — Mesmo no casamento, sexo forçado é estupro, Any! — grito, mas respiro fundo e passo as mãos no cabelo na tentativa de ficar mais calmo — E eu nunca tive a intenção de te obrigar a foder comigo. Nem de te tirar da faculdade e nem te isolar... — Respiro fundo —Eu sei que eu posso ter muitos defeitos, mas, eu não sou essa pessoa, Any.

— Me desculpa... eu não quis dizer isso. — ela diz ainda chorando — Você pode, por favor, se vestir?

— Não podemos nos separar... não agora! — digo — O prazo mínimo estabelecido no contrato é de 3 anos. Mas eu não vou tocar em você nesse período sem que você queira. — explico — Eu posso ter diversos defeitos, mas eu não vou obrigá-la a transar comigo.

Levanto-me, pego uma calça e uma camisa e me visto. Ofereço minha mão e ela aceita sentando na ponta da cama, puxando os pedaços que restaram do vestido, na tentativa fracassada de se cobrir.

Pego seu casaco no chão e a cubro. Ela parece ficar calma, mas ainda chora.

— Vá tomar um banho. Descansa um pouco. Temos assuntos a discutir!

— Quais assuntos? — Ela pergunta ainda secando as lágrimas.

— De como faremos para todos acreditarem que somos um casal normal e sobre as condições que viveremos. Eu darei a você o tempo que precisar, Any.

— A gente pode conversar amanhã? Eu não estou passando muito bem. — Ela me pede.

— Tudo bem, nos falamos amanhã. Eu vou deixá-la sozinha, dormirei na sala por hoje. — Lhe dou um beijo na testa e saio.

Minha cabeça de cima entendeu a situação, a cabeça de baixo não. Preciso de um banho gelado!

Enquanto tomo o banho penso no que levou essa garota doida a chegar a esse ponto. Por que ela aceitou se casar se não queria casar-se? Por que não concordou logo com um casamento de fachada? E por que ela tinha que ter um cheiro tão gostoso?

Notas Finais:
Oq estão achando?
Bjus, até amanhã ♥️

Perdendo-me Em Ti | NoanyWhere stories live. Discover now