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Por um momento, o outro lado da linha ficou completamente silencioso.

"Onde você ouviu esse nome?" Jisoo pergunta baixinho.

Há algo estranho no tom da voz dela, algo que Yuna nunca ouviu antes. Ela está preocupada e com medo. Jisoo não tem medo de muitas coisas. Com certeza isso não é um bom sinal.

"Acabei de ouvir isso." Yuna diz casualmente. "Estou falando sério, Ji. Preciso que você me diga tudo o que sabe."

Mais silêncio, então ela diz: "Tudo bem. Espere um pouco."

Jisoo se remexe novamente, e então Yuna ouve uns cliques mudo viajando em distorção granulada. "Não sei muito, mas o que não sei posso pesquisar." diz sua prima distraidamente. Yuna presume que ela está digitando no computador.

"Você trabalhando?" Yuna pergunta, ao que Jisso cantarola em afirmação.

"Eu disse que precisava ir ao banheiro e entrei no armário de vassouras no final do corredor." suspira Jisoo. "No momento, estou sentado em um balde de veneno de rato. Irônico, não é? Obrigada Yuna."

Rindo, Yuna se sente relaxada um pouco pela primeira vez, confortada pela voz de sua prima. "Sério?" Yuna rir. "Ninguém percebeu que você carregou seu laptop com você para ir ao banheiro?"

Os cliques param. "Ninguém está prestando atenção em mim, Yuna. Eles estão tentando encontrar você."

Yuna suspira e dá outra olhada em si mesma no espelho do banheiro onde estava escondida. Seu cabelo está desgrenhado e espesso, e suas bochechas ficaram rosadas pelo friozinho no ar lá fora. As olheiras circundam a parte inferior de seus olhos. Ela parece morta. Por que alguém está se preocupando em procurar alguém assim?

"Por que eles não podem simplesmente me deixar em paz?" Yuna resmunga ao telefone, expressando suas reclamações a sua amiga mais confiável.

Jisoo zomba na linha. "Até parece. Você sabe que é muito importante para isso. Sangue é sangue, e você é um puro-sangue."

A declaração força a mente de Yuna a se lembrar de todos aqueles anos, o mesmo número de anos que ela está tentando muito não lembrar. Ela fecha os olhos e se concentra para se arrastar para longe daquele deserto mental de solidão.

"Jeon..." Jisoo de repente sibila sobre a linha. "Jeon Jungkook? Foi isso que você disse?"

"Sim, por quê?"

Sua prima engole em seco. "Eu já sabia que ele tinha sido abordado antes." diz ela, trêmula. "Mas eu não sabia por quê. Você não o viu de verdade, viu?"

"O que? Não!"

Sim.

"Ótimo." Jisoo suspira. "Se você fizer isso, saia o mais rápido que puder. Ele é má notícia, Yuna, e eu quero dizer muito ruim."

Então, afinal não era apenas um traficante de drogas de nível inferior. "O que ele fez?" Yuna pergunta curiosamente.

"Hum... não, não é só ele individualmente. É do que ele faz parte." Mais alguns cliques e Jisoo continua. "Ele está no radar da nossa família há um tempo. Alguns anos, pelo menos. Ele e toda a sua equipe."

Ah, também não é só ele. Yuna pode apostar seu par de meias laranja favoritas que sua 'equipe' é um grupo de seis tatuadores, tendo uma loja como capa. Honestamente, dói um pouco pensar que pessoas gentis como Jimin e Hoseok podem ser capazes de atividades criminosas. Yoongi? Com certeza, ela pode ver aquele como um criminoso, e Namjoon pode ser provável também, mas o doce Hoseok? E Jin? Seu lábio inferior se projeta em decepção.

"Eles são chamados de Bangtan Boys." diz Jisoo. "Fizemos negócios com eles no passado, mas todo mundo fez o mesmo. Eles até se envolveram com a polícia, eu acho. Yuna, esses caras têm uma rede de contatos maluca."

Bangtan Boys.

Loja BB.

Yuna solta um suspiro pesado e frustrante. "Por quê?" Ela pergunta, um pouco confusa. Ela não está acostumada a falar desse jeito, sobre coisas de crime fora do radar. Mas dessa vez ela estava muito interessada no que aqueles noves caras faziam por aí. "O que eles fizeram?"

Há uma pausa de silêncio e mais alguns cliques no teclado do laptop. Outra pausa. "Você promete que não os viu?"

"Prometo." Yuna mente descaradamente. "Vamos, Ji."

Ela geme. "Eles são mercenários da família do crime, Yuna. Hitmen. Assassinos, um grupo inteiro deles."

O coração de Yuna afunda, a descrença bate nela. Ela não tinha certeza do que estava esperando; talvez órgãos no mercado negro ou drogas, mas não isso. Não são assassinatos profissionais. O pensamento de que ela passou tanto tempo, sozinha, com um grupo de homens que caça pessoas como animais e os matam envia arrepios de horror em sua espinha.

Eles colocaram as mãos nela. Ele tinha colocado as mãos em nela. Ele tinha tocado a pele dela enquanto tatuava aquele lindo desenho em seu corp- Espera. Mais terror flui em Yuna como uma cachoeira quando ela se lembra de algo, como um foguete de memória explodindo em sua mente.

Esta tinta é propriedade de Jeon Jungkook.

Então Yuna se lembra que Jungkook tem uma tatuagem quase idêntica à sua, e que ela viu trepadeiras floridas subindo pela lateral do pescoço de Jimin também. Sua mente também puxa a imagem de Hoseok naquele primeiro dia, e a visão pouco nítida de uma grande trepadeira descendo ao lado de seu peito.

Puta merda.

"C-como você sabe..." Yuna sussurra. "Se alguém faz parte dos Bangtan Boys? Existe alguma marca, ou..."

"Uma marca?" Jisoo digita novamente no computador. "Eu não vejo nada sobre uma tatuagem ou marca ou qualquer coisa. Isso não seria um pouco óbvio?"

Sim. Muito óbvio. Yuna zomba e balança a cabeça. Jisoo está certa. Não há como um grupo de assassinos se conectar tão obviamente assim, com algo tão grande e visível. Portanto, não há nenhuma maneira dela ter a tatuagem de uma gangue gravada em sua coxa. Eles simplesmente não fariam isso. Isso seria estúpido. Certo?

"Obrigado Ji." Yuna diz, a voz suave de contemplação e choque. "Isso é tudo."

Ao longo da linha, a voz de sua prima fica terna e calorosa. "Tenha cuidado, Yuna." ela murmura. "Eu não sei o que você está fazendo, ou o que está planejando, mas eles estão caçando você. Tenha cuidado."

"Eu irei ficar bem." Em seguida, Yuna desliga o telefone.

Cuidado? Isso é tudo que Yuna teve. Ela está pronta para ser algo mais do que cuidadosa. Ela já estava cansada de ter cuidado, mas esse é o problema. Não há como ela não ter cuidado, não agora.

Yuna salta no ar quando um punho bate na porta do banheiro e uma voz feminina grita: "Ei! Você não pode simplesmente se trancar aí! Outras pessoas precisam usar o banheiro."

O tempo dela acabou, mas deveria ter sido longo o suficiente para o homem assustador e Jungkook sumirem. E agora Yuna sabia; se ela voltar a encontrar alguém da loja de tatuagem do BB, ela deveria correr para salvar sua vida.

"Desculpa." Ela diz levemente para a mulher parada do lado de fora da porta, um brilho assassino em seu rosto. "Eu não queria ser incomodada."

A mulher resmunga, mas Yuna a ignora completamente.

Lá fora, não há sinal de Jungkook ou do homem assustador da loja da esquina. São apenas pessoas normais, totalmente alheias ao mundo ruim e cruel que as cercam. Um mundo com pessoas perigosas.

Os assassinos.

Tremendo, Yuna enfia as mãos nos bolsos do casaco e começa a caminhar de volta para casa.

BLOOD INK: Property of Jungkook [Tradução PT/BR]Where stories live. Discover now