A festa (parte 2)

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[...]

[Sana]

— Ei Minatozaki, por que você 'tá com essa cara de trasgo?

Ouvi Tzuyu perguntar rindo quando se jogou ao meu lado no sofá nos fundos da Casa dos Gritos onde a maioria dos Sonserinos estavam.

— Não 'tô no clima de festa, Chou – virei os olhos.

— Por que, não? – a corvina passou o braço no meu ombro — Levou toco de alguém?

Antes fosse isso.

Mas é só o fato desse maldito Torneio Tribruxo não sair da minha cabeça.

Obviamente não falei isso para a garota da Corvinal.

Só sorri de lado e a olhei finalmente.

— Você acha mesmo que eu levo toco de alguém nessa festa? – perguntei levantando uma sobrancelha.

— Sinceramente? – Tzuyu perguntou rindo.

Assenti

— Eu acho que leva, principalmente de mim – Riu alto bebendo o líquido verde fluorescente do seu copo.

— Ugh – sorri me rendendo — Você não conta, já desisti tem tempo.

Tzuyu deu de ombros ainda rindo e levantou o braço chamando atenção de um garoto que eu também reconhecia ser da Corvinal.

— Fala aí, capitã – o garoto chegou parecendo um labrador agitado.

— WinWin, você pode por gentileza trazer um drink forte para minha amiga aqui? – Tzuyu perguntou gentil.

— Claro, capitã! Você que manda! – ele respondeu ainda animado esfregando as mãos e olhou pra mim — O que você quer beber, Sana?

Lógico que ele sabia quem eu era, que inferno.

— Uma água, por favor – respondi forçando simpatia.

O garoto me olhou confuso e então olhou para sua capitã.

— Qual é, Sana? – Tzuyu me olhou — Vai fazer essa desfeita na minha festa? Eu quero você se divertindo como sempre faz em todas as festas que eu dou.

Suspirei desanimada.

Que saco eu realmente queria me divertir, mas essa droga de preocupação não sai da cabeça.

— Lembra daquela festa que nós ficamos loucas com elixir de chifre de unicórnio e fomos nadar nuas no Lago Negro? – perguntou sorrindo.

Assenti rindo.

— Eu, você e mais duas Lufanas hippies – completei a historia.

Tzuyu gargalhou e vi o tal WinWin arregalar os olhos com a historia, afinal o Lago Negro era conhecido por ser perigoso e lar de criaturas desconhecidas até hoje por nós humanos.

— Uivamos até pra lua nessa noite! –  a corvina ainda ria — Por favor, eu sei que você 'tá preocupada com algo, mas tente relaxar pelo menos hoje.

Tzuyu fez biquinho e eu assenti finalmente me rendendo.

— Tudo bem, mas não vou nadar nua com você hoje, Chou.

Adverti rindo e ouvi Tzuyu gargalhar.

A corvina assentiu para o garoto que ainda esperava por sua ordem e o mesmo saiu rapidamente pelo mar de pessoas que dançavam animadas parecendo não ter nenhuma preocupação no mundo.

Imagina ser assim...

— Ei, cadê a Myoui e a Hirai? – ouvi Tzuyu perguntar do meu lado também analisando a multidão.

Amortentia - SaiDaWhere stories live. Discover now