capítulo 1

5.8K 465 800
                                    

Luna Hargreeves Pov's

- Crianças, hoje é um dia muito importante, que entrará na história da Umbrella Academy. - Reginald falou em um tom alto para que todos no salão o ouvissem. - Hoje, a Academia receberá uma nova integrante.

- O que? Ben acabou de morrer. Você vai substituí-lo assim como se ele fosse um objeto? - Um garoto de cabelos escuros e olhos verdes disse.

- Número Cinco, a Número Seis não veio para substituir ninguém, ela só veio fazer seu trabalho, assim como vocês. - Reginald continuou.

- Eu não tô nem aí para o que ela veio fazer aqui. Só não quero que substituam Ben. Nenhum de nós quer essa garota estranha no lugar do nosso irmão! - O mesmo garoto falou.

- É, já vi que eu sou odiada por quem nem me conhece. - Eu disse soltando uma risada sarcástica.

- Ainda bem que você sabe. - O garoto disse.

- Número Cinco! Não quero falta de educação com a sua nova irmã. Quero que todos sejam receptiveis com a Número Seis e a acolham. - Reginald falou. - Reunião encerrada. - Disse o velho ajeitando o monóculo e se trancando no escritório.

- Não liga pra ele, todos ainda estão muito abalados com a morte do Ben. - Uma menina com franja e cabelos escuros disse.

- Obrigada. É bom saber que nem todos me odeiam. - Eu falei revistando os olhos.

- Eu sou Vanya, a Número Sete. - Ela disse apertando minha mão.

- Eu sou Luna, a nova Número Seis. - Eu disse e ela sorriu.

- Qual o seu poder? - A garota disse me olhando.

- Eu consigo controlar a água e o fogo, e o seu? - Perguntei.

- Bem, eu não tenho poderes... - Ela falou.

- Como assim? Isso não era uma casa de crianças com super poderes? - Eu disse rindo.

- Eu vim com defeito, e eu sou o defeito. Pelo menos é isso que papai diz. - Ela falou com um olhar triste.

- Se você não tem poderes o que você faz o dia todo? - Perguntei.

- Eu fico tocando violino. É a única coisa que eu posso e gosto de fazer aqui. Todos me rejeitam, então eu sou meio solitária, entende? - Ela falou.

- Entendo, deve ser um saco. Pode me mostrar o meu quarto? - Perguntei.

- Posso sim. - Ela sorriu.

- A Vanya traíra já foi se aliar com a desconhecida. - Um garoto disse olhando para o outro, e eles riram.

- Não liga pra eles, mal os conheço mas vejo que são idiotas. - Eu disse enquanto subimos.

Ela me mostrou o quarto, parecia que ainda dormia alguém ali. Era estranho estar no quarto de alguém morto, e ser chamada pela identificação de alguém morto.

Eu me sentia como se aquilo não fizesse parte de mim.

Eu arrumei o quarto e tentei deixá-lo o mais parecido comigo o possível, ou seja, coloquei vários pôsteres de rock, alguns de caveiras, coloquei minhas roupas no armário preto e também pedi lençol, travesseiros e cobertores novos.

Não seria nada legal dormir na mesma cama que Ben já dormiu. Afinal, ele estava morto.

- Você não acha isso um tanto quanto meio dark? - Um garoto disse entrando no meu quarto.

- É o meu quarto, eu posso decorá-lo como achar melhor, não é? - Eu disse.

- Desculpa pelo que Klaus disse lá embaixo, ele tá mal com a morte do Ben, eles se davam muito bem. Foi um choque pra ele tudo isso, ainda mais saber que papai adotaria você. - O garoto falou.

- Eu me sinto mal por ocupar o lugar de alguém. Todos aqui me olham feio e parecem me odiar. Por que você não veio despejar seu ódio gratuito em mim? Fazem isso há anos. - Eu falei.

- Eu não te odeio, você não tem culpa.

- Não é isso o que a maioria acha. - Eu falei.

- Não deveria se importar com eles, todos são babacas, principalmente o Luther.

- Obrigada pelo apoio. Mas se você tá tentando me enganar pra ser meu amigo e depois ficar falando mal de mim, saiba que não vai dar certo. - Eu disse e ele riu.

- Eu sou Diego, é um prazer. - Ele falou.

- Meu nome é Luna. - Eu disse.

- Se quiser podemos ir lá no meu quarto, eu posso te ajudar a treinar seus poderes, quaisquer que eles sejam, já que eu já domino os meus. - Ele falou.

- Não sei, eu prefiro ficar na minha. - Eu disse.

- Ah não, vai ser legal. Por favor. A única parte ruim é que eu divido quarto com o Cinco, mas de resto vai ser legal. - Ele implorou.

- Tá bom, tá bom. Vamos. - Eu disse.

Ele me levou ao seu quarto e abriu a porta, era o mesmo garoto que ficou fazendo comentários desagradáveis sobre mim enquanto Reginald me apresentava.

Cinco Hargreeves, ele parecia um tanto quanto misterioso, e eu sou ótima em desvendar mistérios, especialmente quando eles são pessoas.

problem girl, number five.Onde histórias criam vida. Descubra agora