problem girl, number five.

capítulo 19

Five Hargreeves Pov's

Eu estava deitado no meu quarto com a mão cobrindo os olhos enquanto pensava no que aconteceria depois disso.

Até que alguém entrou.

- Posso entrar?

- Já entrou mesmo. - Eu falei não olhando diretamente para a pessoa.

- Eu queria conversar com você.

- Eu não tô afim. Me deixa em paz, Vanya.

- Você não precisa dizer nada. Só me ouve. Tudo bem? - Ela disse e eu assenti.

Eu me sentei na cama e ela se sentou ao meu lado e começou a falar:

- Você não deveria ter brigado com ela se fui eu que a beijei. Isso não é justo e você sabe. - Ela disse me olhando.

- Não importa quem beijou primeiro, o que importa é que vocês se beijaram. - Eu falei.

- Você tem sorte. Não deveria desperdiçá-la com brigas sem sentido e infantis. - Ela disse.

- Sorte? Eu? Desconheço. - Eu disse.

- Você tem e sabe que tem. Ela te ama, você deveria só ser feliz logo com ela sem enrolar. Se vocês se amam qual é o problema? - Ela perguntou.

- A pergunta quem vai fazer sou eu. Por que você está me dando conselhos sobre a garota que você acabou de beijar? - Eu perguntei.

- Por que acima de tudo o que importa pra mim é a felicidade dela, e não com quem seja. - Ela falou sorrindo sem mostrar os dentes.

- Não é tão fácil.

- Não é fácil porque vocês complicam. É só vocês pararem de serem infantis e sentarem pra conversar. Resolvam logo isso. Não é complicado. - Ela disse.

- Eu não sinto que a mereço. Ela seria tão mais feliz com você. - Eu disse sem olhar para ela.

- Talvez, mas quem ela ama é você.

- Obrigado por vir aqui. - Eu falei.

- Você não precisa agradecer. Agora vai lá, eu dei que você consegue. - Ela disse sorrindo.

Eu me levantei e fui até o quarto da Luna.

Bati na porta e ela abriu.

Seu rosto estava vermelho, e ao me ver ela limpou suas lágrimas e me deu passagem para que eu pudesse entrar.

- O que você quer? - Ela perguntou fechando a porta.

- Você tem razão. Nós não tínhamos nada então tanto faz quem você beija. Desculpe por perder o controle. - Eu falei.

- Olha agora eu dou valor. Porque você pedindo desculpas não é todo dia que se vê algo desse tipo. - Ela falou rindo.

- Você fala como se me ver pedindo desculpas fosse algo super hiper mega raro. - Eu falei revirando os olhos.

- Mas é, e até mais. - Ela falou. - Mas eu te perdôo, tá tudo bem. - Ela falou e sorriu sem mostrar os dentes.

Eu sorri de volta pra ela e perguntei:

- Você quer namorar comigo? - Perguntei.

- Cinco... Você prometeu que me daria um tempo, um dia não é o tempo necessário pra você decidir se ama alguém. - Ela falou.

Eu olhei pra ela que tinha um olhar singelo enquanto me olhava e depois eu falei:

- Ah, tudo bem... - Eu disse saíndo de lá.

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Luna Hargreeves Pov's

Ele saiu de lá e eu fechei a porta.

Depois eu fiquei relembrando tudo o que aconteceu e me lembrei de quando a Vanya me beijou.

E resolvi ir falar com ela.

Bati na porta de seu quarto, mas sem resposta.

Então entrei e não vi ninguém lá.

Revirei a casa inteira atrás dela e depois fui perguntar se Reginald sabia o que havia acontecido com ela.

- Cadê a Vanya? - Eu perguntei entrando em seu escritório.

- Quantas vezes eu tenho que ensinar a bater na porta, Número Seis? - Ele disse sem desviar o olhar do que estava fazendo.

- Fala logo, cadê a Vanya? - Eu disse chegando perto de sua mesa.

- De castigo. - Ele disse me olhando.

- Até quando? Onde? - Eu perguntei olhando em volta.

- Pelo tempo que eu quiser e onde eu quiser, está bom? - Ele falou com um olhar cínico.

Eu saí de lá e bati a porta com força.

Pensei que ela poderia estar lá embaixo, onde eu e o Cinco ficamos de castigo.

Então eu fui lá escondida sem que ninguém me visse ou suspeitasse que eu estava lá.

Logo após descer lá embaixo eu corri para o local. Estava escuro e eu não vi nada.

Mas daí eu comecei a bater na porta com força pra ver se ela estava lá.

Olhei através da porta transparente e ela estava jogada no chão.

Quem havia feito isso com ela?

Comecei a chamá-la para ver se ela acordava, mas lembrei que não dava pra ouvir nada de lá de dentro.

Então eu continuei batendo na porta com força para conseguir abrir.

E eu vi ela se levantando.

Depois de se dar conta que eu estava lá ela começou a bater na porta também e começou a chorar.

- Calma, eu vou tirar você daí. - Eu falei mesmo sabendo que ela não estava ouvindo.

Ela respirou fundo e depois fez um sinal para eu me afastar da porta, não questionei e fui para trás.

Ela começou a flutuar e seus olhos ficaram brancos. E ela de alguma maneira conseguiu explodir a porta.

Eu não vi direito pois saía uma luz de dentro dela.

Ela conseguiu sair e depois ela correu para me abraçar.

- Você tá bem? - Perguntei a vendo ainda chorando.

- Tô, eu tô bem. - Ela falou me abraçando.

- Vanya, o que aconteceu? Como você explodiu ou fez sei lá o que com aquela porta? - Perguntei me soltando do abraço.

- Eu preciso te contar uma coisa. - Ela falou.

- O que? - Eu perguntei.

- Papai me prendeu aqui embaixo porque quis. Não foi um castigo. - Ela disse.

- Como assim? Por que Reginald faria isso com você? - Perguntei.

- Eu descobri uma coisa. - Ela disse enxugando suas lágrimas.

- Uma coisa? Tipo o que? - Perguntei a olhando.

- Eu tenho poderes.