Capítulo 23: Um plano brilhante

1.4K 120 88
                                    

Sirius Black narrando.

Quando vi a híbrida daquele jeito, a preocupação e medo tomaram conta de mim, por um breve momento esqueci que ela é imortal, até Dumbledore me lembrar disso. Ele me disse para procurar Remo, mas estava muito aflito para isso, então encontrei Rabicho no caminho e o pedi para avisa-lo por mim.

Quando voltei para conferir se ela estava bem, percebi pela porta fechada e pelos sussurros que Dumbledore ainda se encontrava no quarto. Às vezes fico intrigado com essa amizade dos dois, e imagino o que os trouxe a esse ponto, não são pessoas muito parecidas posso dizer.

Não foi intencional, mas não pude resistir ao barulho de sussurros sem prestar atenção na conversa deles. Ouvi alguns trechos dela falando sobre alguém, que claramente a deixava irritada o suficiente para mudar seu tom de voz, e notei certa preocupação em sua fala.

Assim que o diretor abriu a porta me afastei, e ele apenas acenou com a cabeça, gentil como sempre. Antes de ir embora, porém, Nick perguntou se ele tinha certeza, e ele respondeu que tinha absoluta. Não pude deixar de imaginar teorias. Certeza de que? Teria alguma relação com a pessoa de quem eles estavam falando? Eu sei que ela é imortal, mas queria poder proteger essa garota.

Acabei deixando isso para lá com tudo o que aconteceu depois, me perdi em meus pensamentos. Gostei do que ela me disse antes de sair, adoro quando ela me provoca desse jeito (se dependesse de mim, entrava com ela naquele chuveiro). Depois que sai de seu quarto fiquei imaginando as "outras circunstâncias" que ela disse, enquanto caminhava até o salão para jantar, perdido em minha própria mente nebulosa.

- O que aconteceu? Porque Rabicho me disse que a aula com Nick foi cancelada? – Perguntou Remo me trazendo de volta à terra.

- Aconteceu um acidente com a híbrida, eu conto quando estivermos sozinhos – respondi me concentrando na comida que apareceu nas mesas.

Todos comemos depressa e fomos para o nosso dormitório, assim que fechei a porta garantindo que não havia ninguém por perto, me voltei para meus amigos para contar o que houve.

- Quando estava lá fora mais cedo, vi um vulto entrar pela torre onde fica o quarto da híbrida, achei estranho e fui ver. Assim que entrei lá, a vi coberta de sangue e parecia ter levado um tiro nas costas – contei a eles, que me olharam assustados. – Ela estava fraca e pediu para chamar o diretor, e foi o que fiz, depois me pediram para sair e te avisar da aula, aí encontrei Rabicho e pedi para fazer isso por mim, quando voltei ouvi só o final da conversa e não entendi nada. Mas amanhã ela disse que vai contar tudo – podia ver pelos seus olhares que estavam formando teorias. – Ah, Remo o que é verbena? Ela disse que tinha na bala que a atingiu.

- Que estranho. Eu falei a Thiago antes, verbena é uma erva que pode ser usada contra vampiros, meio que os queima. E quem a bebe se torna imune à hipnose deles, e também torna o sangue impuro, se eles beberem vão "queimar" por dentro – respondeu Remo com seu ar intelectual, lembrando um pouco a professora Minerva.

- E porque vão colocar isso na nossa bebida? Acham que a Mikaelson vai nos atacar, estão ficando loucos – Pontas disse indignado e eu concordei.

Ela nunca nos atacaria é claro, mas com certeza atacou alguém hoje, pelo sangue em sua boca, tenho certeza que tem uma boa explicação para aquilo, não acredito que ela seja um monstro. Posso não saber tudo sobre ela, mas quero saber do seu passado, de todas as coisas que fez, por mais ruins que sejam, nunca quis tanto saber da vida me uma garota quanto quero saber da dela, é um mistério a ser desvendado, e eu adoro um mistério.

O dia amanheceu mais bonito que ontem, o sol iluminando o dormitório, mas ainda estava frio lá fora. Levantamos colocamos nossas vestes e descemos para o café, teríamos aulas a manhã toda, já a tarde só tínhamos duas. Estávamos todos ansiosos para saber de tudo que aconteceu ontem, todo o tempo eu e Pontas trocávamos ideias, conspirações sobre o que pode ter acontecido, e Remo nos mandava calar a boca e ouvir o professor (estraga prazeres).

Black LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora