Um Highlander Em Minha Vida

Bônus: Eu Sou O Meu Próprio Lar

Eileen olhava para o irmão, sabendo que teria que se despedir.
Ela e sua amada sempre seriam um alvo para as pessoas.
Aghna e Eileen sabiam que não poderiam ver seus irmãos com frequência.
-É nossa culpa. Se nós não tivéssemos fugido, não teria a batalha e você não estaria distraído a ponto de ser pego pelo velho e pela vadia.
-Não! Não é culpa das duas! Bailenfour é alguém que eu já vigiava a muito tempo! Por isso armei seu casamento, para espionar ele de dentro. Ele se rebelaria de qualquer forma! E o Alasdair morreu por culpa minha! Por que ele se pôs na minha frente!
Ele abraçou a irmã, enquanto Aeryn deu um longo abraço em Aghna.
Eles sabiam que suas irmãs teriam que se esconder pelo resto da vida.
-Ele soube melhor do que eu. Ele viu que vocês prefeririam morrer a viver uma vida que não escolhessem. Me perdoem por não ter enxergado isso antes e ter separado as duas. Eu devia ter mandado as duas em fuga antes que tudo acontecesse.
Os quatro se abraçaram grupalmente.
Então se afastaram, e Aghna virou uma águia, pegando Eileen e voando para o longe.
Cayden e Aeryn assenavam para as irmãs em despedida.
-Um dia nos veremos de novo!

Tudo começou como uma fome, que durou por um bom tempo.
Famílias desesperadas abandonaram suas crianças na floresta.
Essas crianças nunca mais eram vistas.
Com o tempo, surgiu a lenda de que bruxas estavam na floresta, pegando as crianças para seus sacrifícios e o lugar se tornou temido.
Na verdade, eram Aghna e Eileen, que passaram a recolher por piedade as crianças jogadas a míngua pelos pais.
Sem elas, iriam morrer de fome.
Então quando menos perceberam, eram mães de dezenas de filhos.
Naquele dia encontraram mais um pobre menininho, que chorava bastante.
-Não chore querido! Qual seu nome?
-Merlin.
-Nós vamos cuidar de você, Merlin. Você é da nossa família agora.
Ele logo se enturmou com todos e agora elas olhavam para a sua grande família com um sorriso, abraçadas uma a outra.
-Construímos uma grande coisa, não?
-Nós construímos por que o amor não se importa com as barreiras. Não vivemos como a sociedade quer, vivemos como nós queremos.
E assim, elas viveram, a sociedade gostando ou não da forma que escolheram.
E sim, foram muito felizes.

Triste, louca ou má

Será qualificada

Ela quem recusar

Seguir receita tal

A receita cultural

Do marido, da família

Cuida, cuida da rotina

Só mesmo, rejeita

Bem conhecida receita

Quem não sem dores

Aceita que tudo deve mudar

Que um homem não te define

Sua casa não te define

Sua carne não te define

Você é seu próprio lar