Capítulo 32

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Epílogo

Narração por Neji:

Era verão novamente, o sol se punha sobre nossas cabeças, dando um ar aconchegante e agradável para o dia. Eu estava sentado sobre a grama, a minha frente haviam bonecas e brinquedos espalhados pelo chão, os quais usávamos para brincar mais cedo naquele dia, a minha volta corriam as duas menininhas, exploravam de um canto ao outro, colhendo flores que foram uma a uma colocadas entre as mechas do meu cabelo enfeitando-o. As vezes, as pequenas traziam até mim dentes-de-leão para que eu soprasse na direção delas. Suas gargalhadas preenchiam todo ambiente, e faziam o meu coração se encher de alegria, suas risadas inocentes tinham algo de especial, como se fizessem eu amá-las mais do que já as amava. Um pouco mais ao longe, eu podia avistar meu filho, deitado sobre o colo da minha esposa, que nos observava com o olhar vivo e cheio de deleite. Seu sorriso era tão lindo quanto da primeira vez que eu a vi. Foi então que eu tive um pequeno vislumbre da vida incrível que possuía, eu não poderia pedir uma vida melhor, me sentia completamente satisfeito com a minha realidade, se eu houvesse planejado não seria tudo tão maravilhoso quanto é agora.


Narração por Hyuna:

Lá estava eu na campina, sentada sob uma toalha de pequinique, recostada sobre um salgueiro, sendo coberta por sua sombra. Sobre meu colo, o pequeno garotinho cochilava tranquilamente, descansando do longo dia de comemoração de seu segundo aniversário. A minha frente eu podia ver meu marido e minhas duas filhas se divertindo, as pequeninas enfeitavam com flores a trança que havíamos feito mais cedo no cabelo de Neji. Eu amava assisti-lo sendo um pai amoroso com nossos filhos, pois isso sempre me provara que me casei com a pessoa certa. Além deles eu podia contemplar o lindo e formoso pôr-do-sol que ornava o céu, junto de fofas nuvens brancas. De repente, o pequenino começara a se agitar sobre meu colo, e logo acordara choramingando.

- foi um pesadelo...esta tudo bem - acariciou o rostinho dele - eu estou aqui.

- mamãe, você pode cantar pra mim?? - indagou manhoso fazendo um biquinho

- é claro, querido... - então logo comecei a cantarolar minha canção preferida enquanto fazia carinho em seus cabelos

¹ Bem dentro da campina, sob o salgueiro
Uma cama de grama, um macio travesseiro
Deite a cabeça, e feche os olhos
E quando se abrirem, o sol vai surgir
Aqui é seguro, e aqui é aconchegante
Aqui as margaridas te protegeram de todo o mal
Aqui seus sonhos são doces
E amanhã traz verdade
Aqui é o lugar onde eu te amo ¹

Eram em dias como aquele que eu agradecia ao poderoso universo por ter me dado uma segunda chance, por ter devolvido a minha vida no dia em parti após conceber meu filho. De forma extraordinária e inexplicável eu sobrevivi, Karin salvara minha vida mesmo depois de meu coração ter parado. Graças a esse milagre, passei a adorar mais ainda dias como esse, dias em que a felicidade era plena e quase palpável. A alegria de poder ver meus filhos crescerem era imensurável, eu não podia me considerar mais abençoada.


Narrador onisciente:

Naquela noite, depois que as crianças haviam adormecido, os dois fizeram amor, nas noites que passava com Neji, ela se sentia mais viva do que nunca, ele a fazia se sentir assim, como se fossem eternos adolescentes desfrutando de seus sentimentos genuínos e intensos. Como de costume, Hyuna deitara a cabeça sobre o peito dele, ela amava poder ouvir o coração dele batendo e sentir sua respiração suave. Após um longo tempo refletindo, Hyuna se debruçou sobre o peito de Neji, acariciando o rosto dele com o indicador como sempre gostara de fazer.

- você ainda vai me amar quando eu não for mais jovem e bonita?? - indagou de modo solene

- que pergunta mais tola... - ele sabia que não precisava de respostas para aquela pergunta

- sim, eu sei que vai... - respondeu convicta

- prometo que vou te amar até o fim da minha vida e além dela...

- o dia de hoje foi incrível, nunca me senti tão viva, parecia que todo o amor que eu sinto por vocês ia transbordar de mim... - disse suspirando contente

- sabe, em dias como hoje...eu tenho medo de ser tudo um sonho. Medo de eu ter te perdido há dois anos atrás...e tudo não passar de um desejo meu. E na verdade eu estar vivendo uma fantasia maluca que eu mesmo criei... - desabafou em tom melancólico

- eu realmente estou aqui Neji...sempre estive - sentou-se na cama para olhá-lo diretamente - o que passamos ano passado foi a prova de que nosso amor é mais forte do que qualquer coisa... - afirmou delicadamente com ternura

- mas e se isso for eu mesmo me dizendo o que quero ouvir?? E se não passar de um sonho?? - indagou aflito e ainda cético

- você não está sonhando Neji...estou viva e bem...eu sobrevivi... - colocou os dedos dele sobre seu pescoço para que sentisse a pulsação de seu coração - nós dois somos casados, termos três filhos lindos aos quais amamos mais do que tudo, temos uma boa casa, uma boa vida...esse foi o destino que você escreveu para si mesmo...


"A preciosidade enfim descoberta
Surge para aqueles que a procuram,
Pois o Amor trabalha junto ao Destino,
E despe o véu do valor oculto" - Tennyson²




FIM

																												FIM

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Nota da autora: algumas falas desse capítulo foram inspiradas na seguinte música:

Young and Beautiful - Lana Del Rey

- esse epílogo foi inspirado no epílogo de Jogos Vorazes: A Esperança - Suzanne Collins

¹- tradução de Deep in The Meadow
Obs: em inglês faz muito mais sentido e cabe no ritmo da música

²- frase retirada da dedicatória do livro Anne da Ilha - Lucy Maud Montgomery

Born to Be Yours - Neji Hyuuga Where stories live. Discover now