Capítulo 11

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Maxwell

Depois de um jantar longo, com minha filha contando como foi na escola, dei um banho na Ayla, e ela dormiu. Aproveito e vou ver a Melinda, e tentar descobrir o que fiz para ela me tratar daquela forma.

Torcendo para que Ayla não acorde, vou calmamente e a passos largos para fora de casa.

Chegando na casa dela toco a campainha e logo ela é aberta pela minha vizinha.

— Podemos conversar?

Ela permanece em silêncio por um segundos e só aí percebo como ela está vestida. Ela é linda de qualquer jeito.

É a primeira vez que a vejo com roupas assim, ela tem um estilo sério como a Maya, mas as vezes a vejo usar uns vestidos que a deixam fofa, ela é linda de qualquer jeito e eu estou completamente ferrado.

— No que posso ajudar, Sr. Smith?

— Nisso — ela me olha confusa. — Nessa formalidade toda, não já tínhamos combinado nos tratar pelos nomes?

Ela respira fundo e parece relutante no que vai dizer.

— Quer entrar? — ela fala abrindo mais a porta e me dando espaço para que entre.

— Obrigado — digo e entro na sua casa, que é muito bonita por sinal. É a primeira vez que entro aqui, e sinto algo bom, tem um jeitinho de casa de família.

— Era dos meus pais — ela fala e olho para ela. — A casa. Era deles.

— É muito bonita — ela sorri em agradecimento, mas não o sorriso lindo que ela tem, e sim um sorriso triste. — Você está bem?

— Aham — ela murmura. — E a Ayla?

— Dormindo —  sorri ao lembrar dela. — Estava muito cansada, tanto que nem enrolou na hora de dormir.

— Imagino — ela fala apenas.

— O que eu fiz, Melinda? — pergunto e dou mais um passo me aproximando dela e sigo andando até parar em sua frente. — Me diz o que fiz de errado com você para que eu possa corrigir.

— É... n...não fez nada, Max — ela gagueja e quando ameaço chegar ainda mais perto ela recua um passo.

— Por que está nervosa? — digo em um sussurro, estamos tão próximos que se eu falar no meu tom de voz habitual vai parecer que estou gritando.

— N... não — ela fala, respirar e fecha seus olhos. — Não estou nervosa.

— Me fala, por que está me tratando assim?

— Não estou te tratando de nenhuma maneira, você é o pai de uma das minhas alunas e devo te tratar como trato os demais — ela fala olhando para o chão.

— Mas eu não sou como os outros pais — ela me olha. — Somos amigos, é normal termos mais intimidade um com o outro.

— Mas a escola é o meu trabalho e devo separar minha vida pessoal da profissional — ela fala e desvia o olhar novamente. — Acho melhor a gente se afastar.

— Você não quer isso, Melinda — digo. Passo uma mão por trás dela, a segurando pela cintura e a outra uso para segurar o seu queixo e ergue-lo para que a mesma me olhe nos olhos. — Eu não consigo mais ficar longe de você e sei que você sabe tanto quanto eu que rola alguma coisa entre a gente.

— Não diga bobagens — ela fala sussurrando. Como a voz dela fica sexy assim. — Acho melhor nos afastarmos.

— Se você não se sente atraída por mim me diga olhando nos meus olhos e prometo que te solto — digo e ela me olha nos olhos.

Minha Pequena AylaWhere stories live. Discover now