Capítulo 30

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Melinda

Acordei um pouco tarde e não vejo o Max na cama.

- Será que dormi tanto assim?- olho para o despertador ao lado da cama onde marca 9h da manhã.

Franzi a testa e me levanto da cama. Percoro o quarto com os olhos e não encontro ele, me levanto e vou ao banheiro.

Estranho o mesmo não ter me acordado ou esperado, mas depois procuro por ele.

Faço minha higienes matinais e tomo banho. Separo a roupa que vou vestir, um vestido florido, e depois vou procurar a minha pequena.

Dou umas leves batidas na porta do seu quarto, mas sem resposta. Decido entrar mesmo assim, abro a porta e tenho a visão mais bonita do mundo.

O Max deitado abraçado com a minha pequena, os dois estão dormindo e não sabem que estou os observando.

- Acordou, bela adormecida. - Dona Elisa diz me assustando.

Ela acabará de entrar no quarto.

- Sim, passei um pouco do horário. - sussurro para não acorda-los.

- Ela teve um pesadelo. - Maya diz ao entrar no quarto também. - Estamos no quarto ao lado e conseguimos ouvir seus gritos, aí o Henri chamou o Max.

- Então acho melhor não acorda-los, devem está cansados. - Digo. - E obrigada por cuidar da minha pequena.  - sorri simpática para a Maya.

É óbvio que tenho ciúmes dela, mas ela é um amor, não consigo odia-la.

- Hoje vamos sair, só as garotas. - Ela avisa. - Depois se arrume.

- Eu?- estranho seu "convite".

- Claro, eu, você, a Ayla e a dona Elisa. - ela sorri. - a minha mãe meio que vai está ocupada demais brigando com o meu pai que está chegando. - Ela explica enquanto saímos do quarto.

- Eles são divorciados?

- Sim, faz alguns muitos anos. - Ela ri fraco. - E os seus?

- Se amaram até o último dia de vida deles. - Digo.

- Desculpe a pergunta, mas o Max comentou comigo que você os perdeu em um acidente. - Maya diz.

- Foi um acidente de carro, no aniversário de casamento deles, eles tinham marcado essa viagem, mas nem chegaram a entrar no avião.

- Sinto muito. - Ela aperta a minha mão.

- E os seus pais, por que se separam?

- Não sei direito. - Ela da de ombros. - Talvez pelo temperamento da minha mãe ou por eles terem gostos e sonhos opostos.

- Como assim?

- Meu pai sempre quis encontrar um lugar e firmar suas raízes, que foi o que ele fez depois da separação, e minha mãe sempre quis conhecer o mundo, ela realizou o seu sonho, mas só depois da separação e hoje finalmente firmou suas raízes, acho que eles até que se amam mas foram bobos demais para conseguir passar por essas coisas juntos.

- Mas como você e suas irmãs ficaram?

- Guarda compartilhada, meus pais nunca se encontraram depois do divórcio, eu fiquei com a minha mãe e minhas irmãs com meu pai, trocávamos nas férias.

- Nossa, que complicado.

- Sim, ainda fiquei uns seis anos sem falar com meus pais, e nos reconciliamos faz um ano mais ou menos.

- Que história em.- fico boquiaberta com seus relatos.

- Sim, mas agora tenho uma família maravilhosa, com meus pais, meus sogros, cunhados, irmãs, namorado, cunhadas e amigos; sinto que todo sofrimento foi recompensado. - Ela sorri.

Minha Pequena AylaWhere stories live. Discover now