Clone

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O portal mais uma vez engoliu Midoriya. O garoto estava cansado, Toga e ele estavam fugindo de heróis a algum tempo atrás, agora poderia finalmente respirar. Sua localização atual parecia outra cidade, estava no meio da rua, não tinha nada muito chamativo, apenas um carro preto em sua frente. Próximo dele, apareceu Toga, que correu e se jogou em seu pescoço.


— Solte-o! — Ordenou Shigaraki com voz ríspida.

O vilão não estava muito longe, encostado na parede de um prédio, parecia esperar por eles.

— Ah~ você é tão ciumento. — Resmungou chorosa, soltando o garoto — O Izuku me prefere.

— Prefiro? — Midoriya perguntou sem animo, não lembrava de ter falado isso.

— “Tenho medo de você, mais do que todos.” — Toga imitou a voz de Midoriya — Foi uma declaração!

— Vai se tratar. — Shigaraki revirou os olhos — Venha, temos que sair. Pai disse que vai cuidar dos invasores, vamos atrás das pessoas comuns para forçar os heróis a pararem o ataque.

— Oh, tudo bem. Então, cadê o Dabi? — Toga olhou ao redor, confusa.

— Não sei, quem nos trouxe aqui foi o doutor. Mas, a partir de agora estamos sozinhos, nos jogar aqui foi a última coisa que o doutor fez antes de ser pego. — Tomura se aproximou e passou as mãos ao redor da cintura de Midoriya, amorosamente — Não se preocupe, vou te proteger.

— Ei, sou eu quem está protegendo ele! — Toga resmungou batendo os pés no chão.

Midoriya, sem expressão, apenas assistiu os dois discutirem. Provavelmente, os lugares com mais segurança eram os esconderijos. Não estava preocupado, sabia que as pessoas ficariam bem. No fundo, ainda tinha esperança nos heróis.

— Antes que me esqueça, eu contei que toquei no braço de Bakugou? — Shigaraki sorriu, os olhos voltados para Izuku.

— Hã? — Midoriya deixou escapar. Como assim tocou no braço dele? Quer dizer, desintegrou ele? Não... não é possível.

— O que?! Você matou ele? — Toga perguntou incrédula — Eu queria ver isso! Que pena.

Ao ouvir a possibilidade de morte, as pernas de Midoriya amoleceram, se não fosse por Tomura segurando-o pela cintura teria caído no chão. O seu coração bateu forte, por dentro se culpava sem parar. Não, Kacchan não morreria assim. Não, isso não é verdade. Não poderia, Kacchan é forte...

— Não, não deu tempo de mata-lo. — Shigaraki gargalhou ao ver a expressão de choque e terror de Midoriya — Mas, por ter tocado no MEU garoto, merecia perder pelo menos um braço. Você concorda comigo, certo, querido?

Midoriya sentiu suas entranhas se contorcendo de ódio e nojo. Não pensou muito e apenas voou na garganta de Shigaraki, os dois caíram no chão, mesmo que não tivesse o One for All, seus músculos ainda estavam lá. Queria apenas matar esse filha da puta, acabar com toda essa guerra, morrer...

— Tsk, tsk. — Shigaraki não se importou em ser enforcado, levou as mãos até as lágrimas de Midoriya e limpou gentilmente — Não precisa se culpar muito, eu te perdoei por sua traição. — Ao falar isso, agarrou o pulso de Midoriya com força e o tirou de cima dele — Mas, nunca erga a mão pra mim, eu fico bem irritado, sabe?

Não me deixeOnde histórias criam vida. Descubra agora