V. A força de um tolo ⚔️ PARTE IV ⚔️

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A embarcação com o símbolo de corvo, rumava na direção da praia

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A embarcação com o símbolo de corvo, rumava na direção da praia. Sua intenção era obviamente a de não ser notada, de outra forma eles atracariam no porto, Han sabia disso.

― Theodore, rápido! Vá avisar seu pai sobre esse navio. Não esqueça de falar sobre a vela com o corvo, ele deve saber do que se trata.

― Como assim? Você não vem comigo?

― Não... vou tentar descobrir quem são essas pessoas e segurá-los na praia. Todos estão desprotegidas na ilha. Com alguns homens e armas, sujeitos mal-intencionados podem fazer um estrago...

Theodore balançou a cabeça e correu na direção da cidade, Han observou bem o penhasco e calculou que seria impossível descer por ele. As pedras molhadas pelas ondas do mar e a altura eram demasiadamente limitantes para seu objetivo de cortar caminho, resolveu que precisaria contornar pela praia.

Movia-se com velocidade entre a mata, se esquivava de galhos, pedras e buracos como na infância quando brincava com as outras crianças naquela região, avistou o navio ancorar próximo à praia e os homens descerem três pequenas embarcações. Eram cerca de vinte homens que remavam na direção do litoral.

Quando Handriak finalmente conseguiu se aproximar deles, já em posse de armas e dois estandartes pretos com o símbolo de um corvo dourado, eles estavam preparados para marchar na direção da cidade, abandonaram seus três pequenos barcos na areia e marchavam para fora da praia.

Eram poucos, mas estavam determinados, homens barbudos com diversas cicatrizes que indicavam certa experiência em campos de batalha. Um deles obviamente o líder do esquadrão, era um homem que destoava do restante: sua pele não tinha cicatrizes, seu rosto era limpo com todos os pelos bem aparados, possuía uma armadura reluzente e prateada com uma capa preta que dançava com o vento litoral.

Handriak aproximou-se, de cabeça erguida, e se colocou na frente da pequena comitiva de guerreiros, fazendo com que parassem sua marcha diante da presença do jovem.

Ele encarou bem nos olhos do líder e depois voltou seu olhar determinado para os outros.

Um dos homens sorriu com desdém e se aproximou dele.

― Vejam só! O primeiro a aparecer é um rapaz de pele tão branca e lisa que chega a ser rosa, parece um leitão. Você perdeu alguma coisa aqui, meu jovem bastardo? Você está no caminho se não percebeu.

Todos riram.

― Julgo que vocês cometeram um erro. Aqui é a Ilha de Khan, uma zona livre de combates e protegida pelos homens livres. Não é permitida a entrada de pessoas armadas nestas terras.

― Olha só, que porquinho valente! Nós viemos fazer uma visita para o rato que governa essa ilhota ― disse o homem sujo erguendo os braços roliços para mostrar seus aliados. ― Você está diante dos Corvos de Kaytru, já ouviu falar de nós, porquinho?

TRÍADE - Filhos dos DeusesWhere stories live. Discover now