(Uma história de Alta Fantasia)
Duas décadas após o fim da Era Varuniana, os habitantes do continente de Chakran tentam lidar com a presença constante das criaturas que caem dos céus, Os Filhos dos Deuses, contudo o embate entre a Ordem dos Homens L...
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A embarcação com o símbolo de corvo, rumava na direção da praia. Sua intenção era obviamente a de não ser notada, de outra forma eles atracariam no porto, Han sabia disso.
― Theodore, rápido! Vá avisar seu pai sobre esse navio. Não esqueça de falar sobre a vela com o corvo, ele deve saber do que se trata.
― Como assim? Você não vem comigo?
― Não... vou tentar descobrir quem são essas pessoas e segurá-los na praia. Todos estão desprotegidas na ilha. Com alguns homens e armas, sujeitos mal-intencionados podem fazer um estrago...
Theodore balançou a cabeça e correu na direção da cidade, Han observou bem o penhasco e calculou que seria impossível descer por ele. As pedras molhadas pelas ondas do mar e a altura eram demasiadamente limitantes para seu objetivo de cortar caminho, resolveu que precisaria contornar pela praia.
Movia-se com velocidade entre a mata, se esquivava de galhos, pedras e buracos como na infância quando brincava com as outras crianças naquela região, avistou o navio ancorar próximo à praia e os homens descerem três pequenas embarcações. Eram cerca de vinte homens que remavam na direção do litoral.
Quando Handriak finalmente conseguiu se aproximar deles, já em posse de armas e dois estandartes pretos com o símbolo de um corvo dourado, eles estavam preparados para marchar na direção da cidade, abandonaram seus três pequenos barcos na areia e marchavam para fora da praia.
Eram poucos, mas estavam determinados, homens barbudos com diversas cicatrizes que indicavam certa experiência em campos de batalha. Um deles obviamente o líder do esquadrão, era um homem que destoava do restante: sua pele não tinha cicatrizes, seu rosto era limpo com todos os pelos bem aparados, possuía uma armadura reluzente e prateada com uma capa preta que dançava com o vento litoral.
Handriak aproximou-se, de cabeça erguida, e se colocou na frente da pequena comitiva de guerreiros, fazendo com que parassem sua marcha diante da presença do jovem.
Ele encarou bem nos olhos do líder e depois voltou seu olhar determinado para os outros.
Um dos homens sorriu com desdém e se aproximou dele.
― Vejam só! O primeiro a aparecer é um rapaz de pele tão branca e lisa que chega a ser rosa, parece um leitão. Você perdeu alguma coisa aqui, meu jovem bastardo? Você está no caminho se não percebeu.
Todos riram.
― Julgo que vocês cometeram um erro. Aqui é a Ilha de Khan, uma zona livre de combates e protegida pelos homens livres. Não é permitida a entrada de pessoas armadas nestas terras.
― Olha só, que porquinho valente! Nós viemos fazer uma visita para o rato que governa essa ilhota ― disse o homem sujo erguendo os braços roliços para mostrar seus aliados. ― Você está diante dos Corvos de Kaytru, já ouviu falar de nós, porquinho?