O Corvo ( Série Criaturas Noturnas - Livro 3 ) Concluída

Capítulo 14

Boa tarde! Chegueii!!!!

Vamos lá ao capítulo.

Capítulo 14

Selena foi abrindo os olhos bem devagar, colocou as mãos no rosto para proteger da claridade e se sentou na cama gemendo de dor, levou as mãos na cabeça e fechou os olhos. Aos poucos as recordações do dia anterior foram voltando, ficar na frente do lorde Stiffy pelado, depois aquelas pessoas estranhas chegando, o escritório, em seguida aquela cena deplorável do beijo entre Bram e a mulher estranha, livros e bebidas, então...

Ah meu bom Deus!

Por tudo que é mais sagrado aquilo aconteceu mesmo? Será que ele estava com raiva?

Suas mãos foram até seus lábios e foi como se sentisse o próprio Bram ali em sua frente a beijando de novo, a sensação tinha sido fenomenal, a boca dele era tão macia e suave. As mãos dele passando pelo seu corpo, uma sensação de ardência tomou conta do corpo dela e não teve como não morder os lábios e não pensar em como ele seria na cama com toda aquela força irresistível.

Não, o lorde não parecia ter ficado bravo.

Com certeza ele deve ter sentindo a mesma coisa que ela, quando se tocaram parecia que seus corpos eram um, parecia o certo. Selena não soube explicar, e aquele sentimento era sufocante, sempre tinha lido em seus livros como a paixão poderia ser e jamais imaginou sentir isso.

A cabeça dela latejou e gemeu de dor, uma leve batida na porta, fez seu coração disparar, será que era ele?

— Pode entrar.

A porta se abriu e quem entrou foi Isabelle com uma bandeja nas mãos. A cigana tinha um sorriso no rosto e os olhos transbordando em compaixão.

— Como a senhorita está?

Ela jogou o corpo para trás e caiu com a cabeça sobre os travesseiros gemendo baixinho em resposta. Ouviu a risadinha da outra mulher.

— Acho que isso quer dizer que está indisposta. — Sorriu a mulher, colocando a bandeja sobre a cama. — Coma um pouco, vai melhorar.

Então o estomago de Selena roncou alto, voltando a se sentar sobre a cama, abriu a bandeja e viu uma refeição, pão fresco, com bolinhos recheados e chá.

— Obrigada. Como sabia que eu estava mal?

— Bram me disse que a senhorita iria precisar da minha ajuda está manhã e sugeriu que eu caprichasse no café.

Ao ouvir o nome dele um rubor subiu para as suas bochechas, tentando disfarçar sua vergonha, comeu um bolinho.

— Como ele estava?

— Quem? — perguntou Isabelle com uma falsa inocência.

— O lorde Stiffy.

A mulher deu um sorriso charmoso e pareceu pensar bem na resposta.

— O mesmo de sempre, Bram é... — A morena pausou e ergueu uma sobrancelha —, o Bram.

— Ele não parecia bravo né?

Isabella riu e enrolou uma mexa do cabelo encaracolado no dedo polegar.

— Não, por que a pergunta? Aconteceu algo que o deixou bravo?

— Não, quer dizer, não sei... — Selena bebeu o chá e passou a língua nos lábios. — Depois do que houve ontem, Zaniel parecia zangado.

A cigana fez um barulho com a boca e virou os olhos.

— Zaniel é um caso perdido, não tem nada no mundo que faça aquele homem ficar de bom humor.

Ela riu e concordou.